Capítulo 7

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Depois de acordar, fiquei sentada na cama, olhando pro chão. Ainda vestia a roupa de Sn, mesmo um pouco úmida quando cheguei ontem, me recusei a tirar.

Não evitei pensar no seu rosto que agora havia machucados. E o pior é sentir que essa não foi a primeira vez.  Sn não me contou nada, ainda não confia em mim e nem posso pedir que confie, contando os dias que nos conhecemos.

Preciso pensar em algo, algo pra poder ajudar. Mas o que?

- Jenna- Penelope bate na porta e entra logo em seguida

- hum, oi Bom dia- falo esfregando os olhos

- Porque você está vestindo as roupa de Sn?- seu semblante vai de normal para raiva em instantes

- Ela me emprestou ontem de tardezinha, acabamos pegando chuva

- Como pegaram chuva se estavam na casa dela? E porque você foi lá? Eu disse para evitar falar com ela-  Penelope estava aumentando o tom de voz. Fiquei em silêncio por alguns segundos.

- Eu fui com a vovó- respondi- por que você está assim?

- Assim como?

- Levantando a voz e sendo grossa comigo por causa de Sn- ela suspira

- Tudo bem aí meninas?- vovó grita da cozinha

- sim!- Penelope responde- Deixa a Sn sozinha, ela prefere assim

- Vou entregar a roupa dela hoje

- Não, eu entrego, melhor você ir com o vovô pra cidade no meu lugar - antes que eu pudesse responder ela saiu do quarto.

A Penelope conhecia melhor a Sn, então não tentarei questionar.
Também tinha planos de usar o telefone fixo do posto de gasolina para falar com mamãe. Queria lhe contar as novidades.


[...]

S

Mamãe tomou café comigo e com as meninas hoje. Ela elogiou o queijo e falei quem fez. Ela estava voltando aos poucos.
O marido dela já tinha ido embora de novo, isso as vezes a deixava triste.

Depois de tomar café, coloquei Emma para lavar a louça e fui para o galinheiro pegar ovos. Eu precisava juntas ingredientes para cozinhar no Natal. Eu tinha esperanças de que o marido de mamãe não viesse nesse Natal. Então eu poderia ir pro festival e cozinharia em paz no dia seguinte.
Apesar de não acreditar que Deus me escutasse, eu pedia para aquele homem morrer.

- Sn- Penelope aparece

- Oi Pe, espera- termino de pegar os ovos e saio do galinheiro com a cesta na mão

- Eu trouxe sua roupa- ela me entrega uma sacola

- Achei que tua prima ia trazer

- Não, ela não quis vir, foi pra cidade com vovô - ela diz e eu olho para a roupa na bolsa. Ela não queria me ver ?

- Claro- respondo.

Penelope me analisa. Olhando pro meu rosto mais que o normal. Então lembrei que estou com machucados no rosto.

- Foi ele?- ela pergunta

- É, mas ele foi simbora pra casa do capeta já

- Tu matou ele?- ela ri

flower - Jenna e snOnde histórias criam vida. Descubra agora