Dia seguinte - J
O dia estava muito muito muito quente.
Fui pegar ovos no galinheiro para vovó, ela disse que começaria a separar os ingredientes para fazer a ceia de Natal. Estava pensando em chamar Sn para ficar conosco, porém tenho medo dela recusar por causa de sua mãe ou daquele padrasto dela. Pelo menos ele ainda não tinha voltado de viagem, assim eu acho. Não vejo ela desde ontem de manhã.Peguei os ovos e fui até mimosa.
- Te devo uma- digo alisando sua cabeça - Não precisa ser tão agressiva da próxima vez
Vou para dentro de casa, não aguentando o sol escaldante.
- gosta de rabanada?- vovó pergunta, olhando um caderno, julho ser um de receitas
- Sem canela- coloco os ovos sobre a mesa
O rádio estava ligado um pouco alto. Passava notícias atuais da cidade vizinha.
- Vovó, ainda tem queijo do que fizemos ontem?- perguntei olhando a geladeira e tirando uma garrafa de água
- Tem sim- ela nem tira a vista do seu caderno - O queijo que você faz é o que está mais vendendo lá, ficou dois do que eu fiz na bacia
Tomei água e coloquei os queijos numa sacola.
- Vou na Sn, volto antes de anoitecer- digo colocando um chapéu da vovó na minha cabeça
Percebi que meus dias começavam a se dividir. Entre ficar aqui e ajudar vovó, e em procurar Sn.
- Mande um beijo pra ela por mim- sorri
- Pode deixar
O barro estava igual areia de praia em plena 12h de um dia de verão. Parecia que a qualquer momento iria pegar fogo.
Apressei os passos a fim de chegar o mais rápido possível e me acalmar sob sombra fresca. Comecei a suar por conta do passo.Cheguei e a portaria estava aberta, então fechei depois de entrar. Ouvi Sn gritando do outro lado da casa, supostamente no quintal. Invés de entrar na casa, dei a volta pelo o lado esquerdo. Em todos lugar tinha flores.
- cês me obedece ou vão tudo ficar de juelho no milho pro resto da vida- Ela grita e as duas crianças ficam olhando para os seus próprios pés. Eram duas meninas com a boca suja de areia. Elas pareciam tristes e envergonhadas. Me lembrei do costume de Sn de olhar para os próprios pés quando está envergonhada. - Vão tomar banho
As crianças correm para dentro e Sn olha pra mim, percebendo a minha existência.
Ela logo desvia o olhar por causa do sol.
A mesma deu passos para trás, até chegar na sombra do lugarzinho feito de madeira que tinha uma pia. Presumi que ela estava lavando roupa, seu vestido estava molhado e todo o lugar em volta dela estava um pouco úmido.
Ela me olha novamente, agora sem dificuldade pelo o sol e então sorri.
Tenho isso como um sinal verde de "pode se aproximar", e vou até ela.- Oi caipira - digo sorrindo de volta. Ela revira os olhos
- Oi estranha
- Ganhei um apelido também?- ela nada responde - eu vim trazer queijo pra você
- Ah- ela liga a torneira da pia e lava as mãos, logo depois enxugando no vestido- mamãe gostou muito do seu queijo
- Esse aqui foi a vovó que fez- estendo a sacola para ela pegar
- obrigada Jenna- ela pega e olha de sosleio
- Está lavando roupa?- pergunto
- Terminei agora- ela olha em volta e começa a andar em direção a casa. Eu a acompanho até a cozinha.
Uma menina quase do tamanho de Sn estava sentada na mesa, mexendo numa caixa. Ela nos comprimenta e vai para a sala.- Bom...- digo- eu vim saber se você pode ir lá pra casa hoje
- num posso- ela tira água da geladeira- quer água?
- Quero- suspiro- Mas por que não pode?
- tenho que fazer queijo hoje pra vende amanhã
Tomo o copo de água que a mesma me dá e espero alguns segundos.
- Eu ajudo você a fazer e terminar mais cedo, daí você dorme lá em casa- quando eu digo isso, ela me olha surpresa.
- Mas- ela iria terminar de falar quando eu interrompo
- Que tal começarmos logo?- coloco o copo sobre a mesa e a encaro
[...]
S
Ajudei Jenna até umas 17h da tarde. Parei quando precisei fazer a janta das crianças e da mamãe.
Quando ficou tudo pronto pra eles, Jenna já tinha terminado tudo com os queijos.
Pedi para ela esperar enquanto eu tomava banho para podermos ir.Demorei um pouco no banho e quando saí, Emma estava sentada na sua cama, parecendo me esperar.
- Que foi?- perguntei pegando a primeira roupa que vi na arara
- tu gosta dela?- escuto e congelo por alguns segundos
- hum? da neta de dona Joana?
- sim
- ela é tipo a Penelope pra eu, como se fosse prima
- num parece- ela levanta e vem até mim, mexendo no cabelo úmido- eu vi cês hoje a tarde toda. Ela te olha de um jeito estranho, e tu sorri mais do que de costume com ela
- tá imaginando coisa emma- digo me afastando e colocando a roupa em cima da cama
- pode ser que eu esteja mesmo- ela da de ombros - mas que ela olha com uns zói estranho olha
Troco de roupa em silêncio e dou um beijo na testa dela antes de sair.
- Ei- ela diz- da uma flô pra ela. Reviro os olhos e jogo meu travesseiro na sua cara - ai
- mãe deve tá dando mamar pro bebê, da o chá e janta com ela daqui a pouco.Vou trancar os portões e já sabe onde fica a espingarda. Juízo pestinha
Saio do quarto e encontro Jenna junto com minhas outras duas irmãs mais novas no sofá. Elas correm pro quarto de Emma. Escuto gritinhos delas lá dentro.
- Juízo!- grito batendo na porta e elas ficando em silêncio
Me viro para Jenna e ela já estava me olhando. Então olho para os meus pés, mexendo eles na sandália.
- Eu adoro essa sua mania quando fica envergonhada - ela se levanta se aproximando de mim
- hum?- a encaro
- você olha prós seus pés- faço isso imediatamente. Logo percebo e levanto meus olhos para encara-la.
Ela se aproxima mais de mim, fazendo meu coração acelerar mais. Não evito mudar a direção do meu olhar para os pés novamente.
Logo sinto seus lábios molhados tocarem minha bochecha em um beijo rápido.
A olho surpresa, tocando a bochecha que ela beijou.- Vovó mandou te dar um beijo por ela- ela sorri vai até a porta da sala, me esperando para sair.
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flower - Jenna e sn
FanfictionFérias era o que Jenna Ortega precisava para esquecer as redes sociais.