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Renjun havia feito o primeiro ano em uma velocidade dupla. Agora, há um ano de sua graduação, boa parte de seus grandes projetos já foram finalizados. É por isso que agora ela se encontrava com maior frequência com o canadense. Os dois garotos, ainda em seu ano calouro, passavam a maior parte do tempo entre surtos universitários.

Sentavam-se lado a lado na mesa da praça central do campus, justamente ao centro de todos os prédios. Dividiam leite de banana, porque a Huang tinha essa fissura por aqueles que vinham em caixinha com desenhos infantis - e Mark sempre comprava para ela.

ㅡ Você andou falando com os meninos?

Ela meneou em negação, com o canudo entre os dentes. Bebericou mais um pouco, antes de suspirar ㅡ Eu meio que sei o que tá' acontecendo, de qualquer maneira. Chenle teve a crise dele comigo também.

ㅡ Qual delas?

Ambos vieram a gargalhar. A chinesa logo esboçou um sorriso curto, e formou um bico, antes de deitar sua cabeça no vasto ombro alheio ㅡ Eu estou preocupada com o Jisunggie. Ele falou com você?

O canadense suspirou, sustentando o corpo da menor, com o braço lhe abraçando. Sua cabeça repousou-se sobre a sua ㅡ Na verdade, não. Mas eu sinto que ele não quer falar, ainda. Ou melhor, antes de tudo acontecer tínhamos conversado, e ele parecia muito certo do que queria. Talvez ele não tenha motivo para falar por enquanto... Mas ele sabe se virar, eu prometo.

Renjun voltou a suspirar ㅡ É. Eu confio em você. E acredito que ele se cuida mesmo. É por isso que amor é uma praga.

ㅡ Não seja dramática. Você é uma das pessoas que mais acredita em amor - Puxou-lhe a bochecha com a mão que anteriormente segurava sua caixa de leite. Os dedos gélidos fizeram ela o encarar como se fosse um gato arisco.

ㅡ Eu usufruo do conceito de amor pelo bem da minha criatividade. Acho o amor uma merda. Acho amar uma merda ainda maior.

Mark ainda sorria em sua direção, com o braço firme em sua cintura, quando uma mão puxou-lhe a face pelo maxilar. Seu corpo até mesmo cambaleou, e suas orbes arregaladas fitaram quem se aproximava de forma tão abrupta.

O perfume era familiar, o toque tanto quanto. A língua da companhia surpresa passava por seus lábios, com as palmas agora segurando seu rosto. Minhyung sorriu ladino, dando-lhe permissão para um beijo sem muitos enrolamentos. A garota observava com desgosto.

Boa tarde para você também - Mesmo que o loiro ainda estivesse com o corpo semi-envolvido em uma das suas melhores amigas, seus olhos brilhantes agora só conseguiam alternar entre os olhos de Donghyuck e seus lábios fartos. ㅡ Você conhece a Renjun?

O Lee mais novo tinha uma expressão de repulsa em sua face, quando inclinou-se sutilmente para encontrar os olhos femininos. Ela sorria ladina, divertindo-se com o ciúmes que exalava do corpo alheio. Seus finos dedos balançavam no ar como cumprimento, e apenas para provocar o coreano, sua mão foi até a coxa do canadense, que sequer reagiu. Todos os minuciosos atos eram seguidos pelos olhos revoltos.

ㅡ Da cafeteira - Escarnou.

A mão vaga de Minhyung veio a se envolver na cintura de Donghyuck, e puxá-lo para mais perto da mesa de pedra. Seus olhos ainda brilhantes em sua direção. A chinesa, honestamente, queria rir alto em como o coreano poderia se importar tanto com o pouco de atenção que o canadense lhe dava, quando ele estampava em sua face a paixão pelo outro.

ㅡ Suas aulas acabaram por hoje? - O Lee mais novo meneou em concordância.

ㅡ O que vocês fazem aqui?

ㅡ Mark estava fazendo juras de amor para mim.

Os olhos do coreano cerraram ainda mais, e o canadense riu soprado ㅡ Estamos nos preocupando com nossos amigos.

Complexo coração: O caso dos gêmeos - markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora