Cap 1

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Onze anos antes

Avistei ele vindo na minha direção, com aqueles olhos castanhos escuro, cabelos negros levemente ondulado e um sorriso de tirar o fôlego, ele facilmente seria a oitava maravilha do mundo, se não fosse meu melhor amigo pelo qual tenho sentimentos secretos...

-- Winter? -- Ele diz chegando perto de mim e passando a mão no cabelo

-- Sim, Oliver. -- Digo com um sorriso no rosto

Éramos ligados como imãs, não vivíamos um sem o outro, onde um estava o outro também tinha que estar... Ele era meu e eu era dele Oliver Grayson. Mas não por muito tempo... Ele seria mandado para um internado, sua mãe faleceu de câncer quando tinha 6 anos e seu pai já não tinha muita paciência com seu filho, o dinheiro era mais importante que a família...

-- Vou na sexta -- Diz ele olhando nos meus olhos e colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha

-- Você não precisa ir, fica aqui... Minha mãe te adora, seu pai não precisa te mandar para longe, fica com a gente -- Digo com a voz embargada

-- Winter a gente só tem 16 anos, você é responsabilidade dos seus pais e eu sou do meu, mas prometo que volto para ficar com você - Tenta me passar confiança

-- São três anos Oliver, não é como você fosse hoje e voltasse amanhã, três anos que não vou te ver, três malditos anos

-- A gente vai se falar todos os dias, você não vai se sentir sozinha, não vou te abandonar...

-- Promete para mim? -- Pergunto a ele

-- Prometo... Promete não me esquecer? -- Me olha com tristeza

-- Prometo Oliver - Sorrio com lágrimas nos olhos

-- Até o infinito.

-- Para sempre e sempre! -- Digo por fim

E cá estava eu, dizendo adeus a meu único melhor amigo, a única pessoa que me sentia segura em todo o mundo... Ele se foi e para muito longe de mim...

Na primeira semana a gente conversava por uma hora, era sempre o mesmo horário de sempre, mas ele estava lá, meu Oliver estava lá... De uma hora foram para minutos, de minutos viraram semanas sem falar com meu Oliver, até que o telefone parou e as ligações cessaram, meu Oliver não estava mais lá, a distância tirou meu Oliver de mim...

Onze anos depois

Agora eu moro sozinha, em um apartamento, não é muito grande, mas é aconchegante, trabalho em um restaurante, não ganho muito mas é melhor do que não ter nada para fazer...

-- Bom dia seu Antônio -- Digo ao zelador

-- Bom dia minha querida menina, dormiu bem? -- Pergunta

-- Aquela cama ainda vai acabar com minha coluna -- Faço careta

-- Ja soube da fofoca? -- Diz com brilho nos olhos

-- Que fofoca seu Antônio? Que coisa mais feia fazendo fofoca da vida alheia -- Digo rindo

-- Quer saber ou não? -- Indaga de mim

-- Conte-me tudo e não esconda nada

-- Voce tem um novo vizinho -- Encaro o velhinho na minha frente

-- Aé? E como ele é? Será que é um velhinho fofoqueiro igual a você? -- Digo rindo

-- Nada disso... É um jovem, parece ter sua idade. Quem sabe vocês não namoram, faz tempo que não te vejo com ninguém -- Diz pegando em minha mão

-- Seu Antônio, melhor só do que mal acompanhada, já vou indo e deixa de ser fofoqueiro -- Dou um beijo nele e saio

(...)

O dia passou lentamente, já imaginava chegar no meu cantinho e relaxar... Saio do elevador procurando minhas chaves na bolsa...

-- Que droga, cadê essas chaves?! - Digo irritava vasculhando minha bolsa  -- Desculpa não te vi -- Me bato com uma muralha de homem na minha frente

Ele me encara por uns segundo que se pareceram eternidade, eu conheço esse olhar de algum lugar...

-- Tá procurando por isso? -- Diz balançando a chave

-- Onde que estava? Eu juro que não vi -- Fico envergonhada

-- Você deixou cair, tenha cuidado ao sair por aí mechendo na bolsa sem olhar para os lados -- Que cara babaca

-- Obrigado? Agora tchau --Digo saindo de perto dele. Minha curiosidade fala mais alto e paro no meio do caminho e lhe pergunto

-- Por acaso eu te conheço? -- Pergunto

-- Voce deveria me conhecer? -- Retruca a minha pergunta com outra

-- Talvez seja impressão, desculpa -- Vou me distanciando

-- Não costumo conhecer garotas desastrada igual a você  -- Diz com a voz rouca

-- Como é que é? -- Me aproximo dele

-- Nao costu... -- O corto

-- Olha aqui, eu nem conheço você e não te dei liberdade alguma para falar dessa maneira comigo, quem você pensa que é? --Digo irritada

-- Alguém que ainda vai ouvir você gemer  meu nome -- Diz ele perto do meu ouvido, calmante me fazendo arrepiar

-- Sai de perto -- Grito -- Nem te conheço caralho

-- Vai conhecer e quando realmente me conhecer vai desejar nunca ter cruzado meu caminho. Winter-- Diz o meu nome

-- Como? Como você sabe meu nome? -- Pergunto assutada

-- Tchau ratinha -- Se afasta

Vou direto para meu apartamento, trancando a porta. O que acabou de acontecer? Que cara maluco



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AprisionadoOnde histórias criam vida. Descubra agora