Cap 18

3.2K 221 43
                                    

Saio do apartamento do Oliver, provavelmente peguei pesado com as coisas que falei, mas agora não consigo processar de uma vez tudo que ele me contou. Eu precisava sair, precisava beber e esquecer que esse dia existiu, e é exatamente isso que faço, entro no meu carro e sigo afim de achar um bar e encher a cara, durante a viagem, o visor do meu celular se acende e o que eu não esperava era a mensagem dele.

Oliver: Não sai, você está correndo perigo

Ignoro sua mensagem e continuo seguindo em frente, o que quer que ele tenha para resolver ele resolva sozinho. Outra mensagem

Oliver: Não é hora de da piti, faz o que tô te pedindo

Quando estou a alguns quilômetros de distância, noto faróis se aproximando atrás de mim. Olhando no meu espelho retrovisor, eu piso no acelerador ainda mais, uma sensação de aperto no meu peito. Oliver me liga e eu atendo

-- Onde você está? -- Sua voz sai nervosa

-- Oliver tem um carro me seguindo -- Digo apertando o volante. E o carro atrás de mim está se aproximando perigosamente, quase desaparecendo atrás do meu carro

-- Dá meia volta e acelera

-- Não dá -- Meu coração dispara quando sou violentamente empurrada, um grito escapa -- Oliver eu tô com medo, me ajuda -- Sou empurrada mais uma vez e meu celular cai

Quem diabos está atrás de mim. Merda. Merda. Merda. A aceleração de seu motor é meu único aviso. Desta vez, estou preparada para o golpe, apesar da força ainda me tirar o fôlego. Antes que eu possa controlar o veículo, eles estão batendo em mim novamente. Meu carro chicoteia de um lado para o outro enquanto luto para manter a direção. Meu peito bombeia com adrenalina e pânico, e o pavor começou a se formar na boca do meu estômago. Tenho a sensação de que não vou conseguir sair dessa.
É preciso mais uma pancada antes de eu sair para a beira da estrada e cair em uma vala. Meu mundo gira quando o para-choque do meu carro bate em um ângulo antes de meu carro capotar, capotando duas vezes antes de aterrissar com força de cabeça para baixo. O impacto é ensurdecedor quando as janelas explodem. Cacos de vidro explodem contra mim de todas as direções, cortando minha pele em pedaços.

-- Você bateu nela com muita força, idiota -- Uma voz surge, derrepente a imagem de um homem aparece na minha janela

-- Esta viva -- Ele diz

-- Tire ela daí agora -- Uma voz exige bruscamente

-- O que querem de mim -- Falo em meio a dor, o homem retira o cinto de segurança e me arrasta para fora do carro

-- Cala a porra da boca -- Ele berra

O homem agarra meu braço e empurra meu corpo para fora do lado do motorista, arrastando meu corpo através de vidro e metal afiado. Me machucando ainda mais

-- Para com isso -- Gemo quase inaudível

— Uma vez que você esteja curada, você vai valer um belo centavo — diz ele, com um sorriso torto no rosto.

— Chega dessa brincadeira -- Outro homem diz -- Vamos levá-la para o Alex, logo logo a polícia vai está aqui, vamos

-- Bons sonhos bela adormecida -- Escuridão, tudo se apaga

(...)

Meu corpo está dolorido, tento abrir meus olhos, mas eles estão vendados.

-- Ela é a garoto do Satanael, sabe quanto ela deve valer em um leilão? Ficaremos ricos -- Um homem diz ao meu lado 

-- Precisamos ter cuidado, se ele achar ela a gente morre e não vai adiantar de nada ficarmos ricos -- Outra voz surge

-- Puta que pariu -- uma voz ecoa em algum lugar -- Precisava machucar tanto ela assim?

-- Desculpa chefe, mas ela estava correndo demais

-- Agora vai levar tempo até ela se curar e a gente se divertir -- O homem rir -- Então vamos ver a namoradinha da minha crianção -- Ele retira minha venda, um homem aparentemente velho, surge em minha frente -- Oi docinho

-- Quem é você? -- Digo olhando para todo o canto de onde eu estava

-- Me chamo Alex, meu garoto deve ter te contado sobre mim

-- Sim, incluindo as partes ruins que você fez a ele -- O homem gargalha

-- O que eu fiz a ele, não será nada comparado do que farei com você -- Ele segura em meu rosto e cheira meu pescoço, um embrulho no estômago se forma

-- Resolva isso com ele -- Afasto minha cabeça bruscamente das mãos dele

-- Ele tirou a minha filha de mim, nada mais justo que tirar você dele -- Ele volta a segurar meu rosto e dessa vez com mais força -- Ele me deve respeito, tudo que ensinei foi para a sua sobrevivência, e o que ganhei? Uma filha morta

-- A filha que você estuprava? Você merece se foder pelo o que fez -- Alex deposita um soco no meu rosto e meus lábios se cortam

-- Sua vagabunda -- Outro soco -- Sabe o que vou fazer com você? Vou foder com essa sua boceta até que fique arrombada -- Ele lambe meu rosto e eu gargalho com os dentes repletos de sangue -- Por que está rindo?

-- Tenho pena de você -- Cuspo o sangue em seu rosto -- Quando ele me achar -- Começo a rir -- Você vai pagar por tudo que já fez, tenha certeza disso Alex

-- Se eu fosse você, não ficaria muito feliz com isso

-- Começa a contar os dias, quero ver até quantos você consegue viver -- E ele não parou, me bateu, bateu até meu corpo ficar mole e eu desmaiar outra vez.

Oliver vai me achar, eu pelo menos quero acreditar nisso. Se eu não fosse tão imatura e voltasse no mesmo instante que ele implorou para eu não ir, eu não estaria aqui.






                                   ⚠️  Aviso ⚠️

A partir desse ponto tudo vai ficar muito pesado, pesado ao extremo. Se é sensível com o assunto desejo que se retire, sua saúde mental é mais importante, se até eu me sinto mal escrevendo isso eu consigo imaginar como vocês se sentem. A Winter vai sofrer muito até o Oliver acha-la, não será tão rápido, não espere por isso agora 🥲

AprisionadoOnde histórias criam vida. Descubra agora