23 de fevereiro de 1999
A magia da chave de portal não é refinada e aleatória, puxando-as com muita violência para firmar os pés. Ela atinge a pedra fria com rapidez e força.
— Puta merda, — cospe Pansy de algum lugar ao lado. Hermione junta seus membros, agarrando a costela que ela pode ter machucado e tentando manter sua varinha firme.
O corredor está escuro.
— Lumos.
A luz se espalha pelas paredes de mármore e tetos arqueados, retratos em molduras de obsidiana revestem a extensão.
Oh, Deus, ela pensa, prendendo a respiração dolorosamente em seu peito. Aqui não.
— Por que estamos na Mansão? — Pansy pergunta baixinho, aumentando a luz com sua própria varinha. Ela deve ter passado algum tempo aqui quando criança.
— Não sei.
Elas se levantam ao mesmo tempo, quase instintivamente ficando de costas uma para a outra e girando em círculo. O corredor está vazio. Vazio, exceto por um rastro pequeno e escuro do que parece ser sangue, brilhando na luz da varinha.
Hermione olha por cima do ombro para Pansy. Ela está sangrando onde bateu com a cabeça ao chegar – um gotejamento lento de sua têmpora.
— Isso não é seu, é? — Hermione gesticula para a trilha.
É o tipo de pergunta óbvia que Pansy poderia ter feito não muito tempo atrás, mas agora o movimento de sua cabeça é sóbrio.
— Vamos.
Elas seguem o sangue. Passos lentos, cuidadosos, mortalmente silenciosos. Nenhuma delas faz barulho, mas os movimentos de Pansy são tão hábeis – tão como os de um gato – que Hermione se pergunta quantas vezes ela teve que fazer isso.
Quando chegam ao final do corredor, é difícil virar a esquina. Hermione não sabe quase nada sobre a Mansão Malfoy, mas cada passo pode ser um passo mais perto da sala de jantar. Para aquela extensão de chão que ela não tem certeza se conseguiria ver de novo. A bile sobe em sua garganta, e ela quase tropeça antes de Pansy agarrá-la – um forte aperto em seu cotovelo.
— Fique firme, Granger.
— Estou bem, — ela respira, mas ela pode sentir a forma como a cor se esvaiu de seu rosto.
Pansy aceita sua palavra de qualquer maneira. Elas seguem em frente. Passando por vários outros corredores e uma escada sinuosa, não grande o suficiente para ser o hall de entrada, mas ainda incrivelmente luxuosa.
Todas as persianas foram fechadas, bloqueando a luz do dia. O brilho de suas varinhas os revelará muito antes de atingirem alguém.
Hermione tenta acalmar seu estômago revendo seus melhores feitiços em sua cabeça. Silenciosamente rolando as formas deles em sua língua. Ela diz a si mesma que lançará ao menor movimento, ao menor som – sem hesitação.
O rastro de sangue começa a diminuir ao virar outra esquina. Ela e Pansy trocam um olhar. Seu aperto na varinha aumenta, as costelas latejando a cada respiração.
E elas dobram a esquina, flanqueando uma a outra, com as varinhas em punho.
— Bem, isso levou séculos, — diz uma voz.
Seus olhos precisam se ajustar. Há luz nesta sala, brilhante do fogo na lareira.
Mas no momento em que ela consegue entender direito, ela está engolindo uma mordaça, as juntas travando no lugar. De alguma forma ela sabia que seria a sala de jantar.
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Breath Mints / Battle Scars | Dramione
FanfictionTradução concluída. Por um momento, ela está quase tonta. Porque Draco Malfoy foi arruinado por esta guerra e ele está tão deslocado quanto ela e, sim, ele também tem cicatrizes. Ele tem uma ainda maior. Ela se pergunta se um dia eles vão comparar t...