25 de novembro de 1998
Diário,
É essa porra no meu braço.
Destruindo minha vida.
Draco
30 de novembro de 1998
Seis dias.
Já se passaram seis dias e nada.
Nem mesmo de Parkinson, que é uma fofoqueira tão talentosa que ela sabe ter informações muito antes do assunto.
O que significa que Zacharias não disse nada.
Hermione não gosta disso. Isso a deixa desconfortável. Porque ela já contou a Harry e Ron e Ginny e Parvati e todos os outros que perceberam a distância deles e se importaram em perguntar que eles terminaram, o que significa que ele poderia jogar sua mão a qualquer momento.
Mas como Malfoy disse, ele só tem uma carta.
Seu estômago dá um nó de marinheiro. Ela adicionou a casa de barcos a uma lista cada vez maior de lugares em Hogwarts que ela não pode mais visitar. E enquanto, se alguém perguntar, ela pode citar a morte de Snape como seu raciocínio, ela sabe por dentro que não tem nada a ver com Snape.
Malfoy esteve notavelmente ausente das aulas – tanto nos dias restantes da semana passada quanto hoje, ao que parece. Ausente das refeições também. Ela está quase tão preocupada quanto na manhã em que pensou que ele havia se afogado, mesmo que ela não tivesse o direito de estar.
Ela não deveria ter dito as coisas que disse a ele. Não deveria ter encorajado essa atração boba deles, quando o que ela sabia que aconteceria o tempo todo em seu coração aconteceu menos de cinco minutos depois.
Além do momento em que ela caiu de uma casa de brincar quando criança – viu seu próprio osso se projetando na pele de sua perna – Malfoy está ligado a todos os horrores de seu passado. A Mansão Malfoy vive em seus olhos, em seu toque e em sua voz, e ela foi tola por pensar diferente.
Ainda assim – mesmo a lógica disso não pode impedi-la de se preocupar.
Ginny é outro problema.
Hermione teve um pressentimento de que duvidava de seu relacionamento com Zacharias, e agora que provou ser tão efêmero, a suspeita em seus olhos dobrou. Metade do tempo, durante as refeições, Hermione encontra o olhar da linda bruxa deslizando sobre ela, e isso a faz adivinhar cada mordida.
Ela tem que ficar quieta. Ela tem que ficar longe de Zacharias – longe de Malfoy a todo custo. Não, na verdade – ela acha que tem que ficar longe de todos, por um tempo. As coisas tinham sido mais simples e seguras no início do semestre, quando ela se mantinha mais para si mesma.
Vai parecer uma regressão para os amigos dela, sem dúvida. Mas uma necessária. A Hermione com a qual eles se acostumaram – quebrada, desinteressante e vazia, como uma concha – bem, ela não é muito, mas certamente está segura.
Sim, voltar aos velhos tempos parece um plano brilhante.
Por vinte segundos.
Ela está preparando Skele-Gro para Madame Pomfrey, silenciosamente perdida em todos esses pensamentos, quando começa. Um estridente crescimento lento, em algum lugar no final do corredor da Ala Hospitalar. Gritos, brigas, várias séries de passos desesperados. Ela e Poppy erguem os olhos ao mesmo tempo e, de alguma forma, instintivamente, Poppy sabe como limpar a cama ao lado da qual está.
Um momento depois, uma massa amontoada de estudantes vem virando a esquina pela entrada.
— Pomfrey, Pomfrey, socorro! — Nott está gritando.
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Breath Mints / Battle Scars | Dramione
FanfictionTradução concluída. Por um momento, ela está quase tonta. Porque Draco Malfoy foi arruinado por esta guerra e ele está tão deslocado quanto ela e, sim, ele também tem cicatrizes. Ele tem uma ainda maior. Ela se pergunta se um dia eles vão comparar t...