parecido.

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Por alguns momentos eu esqueci como é ser adolescente e aproveitar a vida.

Mesmo com toda essa reviravolta, eu ainda me ocupei muito aqui no Rio de Janeiro, mudanças, trabalhos e mais trabalhos, o que me deixava de cabeça extremamente quente e exausto.
Yuri sempre vinha me fazer visitas, às vezes antes de seu trabalho, às vezes pra almoçar e até pra dormir juntinhos.
Nossa intimidade se fortaleceu muito em 3 semanas, em 3 semanas eu me entreguei a ele como nunca tinha me entregado a ninguém.
Nossos momentos de intimidade eram surreais, ter seu corpo só pra mim era maravilhoso, nos tornar um só era surreal, inexplicável.

Era um sábado de noite, depois de mais um dia trancado dentro de casa, arrumando caixas e mais caixas, trabalho e mais trabalho, finalmente tinha terminado meu trabalho, e nada melhor do que sair, na melhor companhia.
Eu estava passando perfume quando escuto a campainha tocar.

- Quem é?!
- Eu, Yuri!
- Tá aberto, gatinho.

Ele se cala e abre a porta entrando, logo seu cheiro se espalha pelo meu apartamento, me fazendo entrar nas nuvens e voltar.
Ele estava lindo, como sempre, um sorriso se instalou em seu rosto assim que me viu, fazendo meu coração se aquecer.

- Você tá lindo, assim fico com ciúmes. - o abraço, dando um cheiro em seu pescoço.
- Você também está lindo. - ele dá uma gargalhada bem gostosa.
- Vamos?

Ele assente com a cabeça, me acompanhando no elevador, iríamos em algum barzinho daqui perto assistir a um jogo qualquer com nossos amigos, era do lado, então iríamos caminhando.
Encontramos o pessoal na porta do prédio, andando e conversando sobre assuntos banais, até chegar e pedir a nossa reserva.

A noite estava ótima, bebemos e comemos, conversamos sobre várias coisas, Yuri que estava do meu lado colocou sua mão em minha coxa, o que me fez assustar, mas não deixei transparecer.
Ele foi subindo, acariciando aquela região lentamente, me fazendo arrepiar a cada toque que ele dava, chegando sua mão em meu membro ele dá uma leve apertada, me fazendo estremecer.

- Ei, Roger, você está bem? - Du me pergunta com seu sotaque carioca.
- Estou sim...só preciso ir no banheiro. - me levanto rapidamente e saio de lá.

Chegando no banheiro eu me escoro na pia, meu corpo aquecia e estremecia, sinto uma presença atrás de mim e levanto a cabeça, encontrando aquele pilantrinha sorrindo pra mim.

- Seu desgraçado mirim! Por que fez isso?
- Ah sei lá... por diversão talvez? - ele dá de ombros e solta um sorrisinho.

Sem o deixar falar mais nenhuma palavra, eu o empurro pra uma cabine e tranco, o prensando contra a parede, olhando no fundo de seus olhos antes de colocar seus lábios contra o meu, o beijando com fervor.
Yuri pede passagem com a língua, que eu logo cedo, passando a mão pelo seu corpo inteiro. Separando do beijo pela falta de ar eu marco seu pescoço por inteiro, o fazendo soltar gemidos manhosos.

Ele se abaixa, retirando minha calça, dando uma mordidinha em meu pênis por cima do tecido preto, me fazendo arfar, ele dá uma risadinha e abaixa minha cueca, liberando meu membro já melecado de pré-gozo.
Ele coloca apenas a glande em sua boca, dando uma chupadinha tímida.

- Você tá me torturando... - falo entre gemidos baixos.

Em resposta ele engole meu membro de uma vez, indo até a base, voltando logo após, ele faz movimentos lentos com a boca, me fazendo enlouquecer com tudo aquilo, que seguro em seu cabelo, ditando seus movimentos que conforme ele ia chupando, iam ficando mais rígidos e rápidos. Ele retirou seu pênis de seus tecidos, o tocando conforme ia chupando, era uma cena pornográfica demais pra mim, que já sentia a ejaculação se formar no meu ventre, fazendo meu pênis vibrar em sua boca.
Foram mais algumas estocadas naquela boca deliciosa pra mim gozar, e gozei muito, o olhando ele engolir até a última gota.

- Bom garoto. - dou um tapinha em seu rosto e ele sorri.

O levanto, ele estava meio lerdo e ofegante, pois gozou tanto quanto eu, o beijo mais uma vez, mas agora mais calmo e apaixonado.

- Nunca vou me conformar que fui chupado em um banheiro de um bar...
- E nem eu vou me conformar que chupei alguém em um banheiro de um bar. - ele diz limpando sua mão.

Saímos juntos, mas eu fui primeiro pra ninguém desconfiar de alguma coisa, isso se já não desconfiavam por essa demora toda. Sento no meu lugar mais calmo, mais leve, sentindo um olhar mortal de Carlos Miguel sobre mim, o que me incomodou, confesso.

- Que demora hein! - diz Fábio, com um sorriso ladino.
- Acontece. - dou de ombros.

Yuri chega, sentando do meu lado mais sorridente do que o normal, o que faz Carlos bufar enquanto nos olha, aquilo já estava me matando.
Depois de um tempo pagamos a conta e cada um saiu a rumo de seu caminho, menos eu e Yuri que resolvemos dar uma desviada do caminho e ir visitar a praia que nos conhecemos.
Sentamos no meio, não muito perto da beira mar e nem muito na calçada, observando as ondas se quebrarem.

- Foi aqui que nos conhecemos... foi o melhor dia da minha vida.
- Quem diria que me perder por Copacabana daria nisso. - sorrio de lembrar sobre tudo até aqui.

O silêncio se paira ali, apenas o barulho das ondas se residia ali, um barulho totalmente confortante pra mim, e acredito eu que pra Yuri também.

- Sabe...desde que você chegou meu ódio pelo mundo cessou, consegui enxergar o lado bom de tudo...ou quase tudo, ainda odeio o Palmeiras. - aquilo me fez soltar uma gargalhada genuína.
- Nosso ódio é parecido, hahaha!

Nós caímos na risada juntos, aquilo me fez perceber que meu ódio pelo mundo era igual o dele nos meus 18 anos, ah como era mágico aquilo.

- Eu acho que te amo, Yuri!
- Eu também acho...


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como não pode faltar musiquinha, aí vai uma que eu me inspirei.

O CORINTHIANS AINDA VAI ME MATAR

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