Conversas e lágrimas-1ª

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Sureia on:

Depois da aula eu e a Suria estivemos a conversar melhor sobre as tatuagens.

-Eu acho que não doí assim tanto-disse a suria toda animada enquanto iamos a sair da sala

-eu acho, já vi gente a sair do salão de tatuagens a dizer que doeu bastante

-se tu o dizes, vamos fazer uma aposta sim?-ela pára na minha frente com um olhar de quem está a tramar algo

-o quê que estás para ai a inventar suria?

-eu digo que não doí e tu dizes que doí então vamos fazer o seguinte se quando estivermos a faze-las se alguma de nós mostrar algum sinal de dor por mais tempo perde e....

-faz os trabalhos da outra durante 3 semanas- disse com um sorriso na cara pois sei que quando a suria quer, ela não é capaz de resistir a dor

-combinado- ela esticou-me a mão para fecharmos a aposta

-combinado-apertei a mão dela e rimos- olha vou ao bar antes de irmos queres vir

-não eu vou ao casifo primeiro, vemos-nos na mota em 15 minutos ok?

-ok até já-ela foi para o bar e eu para o pavilhão do meu casifo.

Dani on:

Preciso de falar com a sureia para resolver as coisas entre nós, eu já não ando com a gabriela e não quero magoa-la( a sureia é claro),quando estava a sair da sala ouvi a conversa da sureia e a suria, acho que é assim que ela se chama,ouvi a sureia dizer que ia ao casifo e que a suria não ia com ela, por isso aproveitei podia ser a minha única oportunidade de falar com a sureia a sós.

-olá dani que fazer ai escondido?-perguntou-me a mariana acompanhada do hugo

-vou falar com a sureia já que a suria não vai estar com ela por algum tempo, mas preciso que empatem a suria sim?-pedi com a minha melhor cara de desespero

-quem é a suria?-perguntou a mariana

-a suria é a irmã gémea da sureia-falei depressa pois o tempo passava

- e como é que sabes de quem é que gostas?

-MARIANA VÁ LÁ-falei meio que alto

-eu explico tudo depois, para onde é que a suria foi?-falou o hugo já pronto para sair dali a correr

-para o bar, depois eu mando uma mensagem para puderem parar ok?-disse já meio que pronto para correr também

-ok vamos mariana

-sim-e sairam os dois disparados e eu também. Quando chego ao pavilhão do casifo da sureia parei a porta dele para quando ela saisse eu puder falar logo com ela sem perder tempo, ela saiu e parece que não me viu.

-sureia-ela parou e acho que se assustou quando ouviu a minha voz, porque ela desatou a correr, acho que vai ser complicado.

Suria on:

Chego ao bar e quando vou a sair já com o meu delicioso pastel de natas aparece uma rapariga meio que ruiva na minha frente.

-olá és a suria não és?-ela falou muito simpática, ok...ou esta rapariga é mesmo simpática ou é uma put@ qualquer.

-sim sou eu e tu és...?-perguntei a morder o meu pastel

-eu sou a mariana e acho que o meu irmão conhece a tua irmã-não a percebi ao principio e quando me lembrei a quem ela possivelmente se referia a minha expressão foi outra.

Mariana on:

O hugo explicou-me tudo sobre a suria e eu achei melhor ser só eu a falar com ela pois se for uma conversa de raparigas vai ser mais fácil ela repensar na opinião dela em relação ao dani. Quando começei conversa com ela parecia simpática mas quando toquei no assunto do dani e da sureia ela mudou completamente de cara.

-tu és irmã do dani?-ela mudou o tom de voz e parecia que ela não estava nada feliz por falar dele

-ouve eu sei que o dani e a sureia não têm nada um com o outro, mas sei o quanto ele gosta dela, por favor não podes falar com a sureia?

-está fora de questão, eu prometi a sureia que eles só se falariam quando ela já estivesse melhor daquele acontecimento.-ela mordeu o seu pastel

-suria por favor- o hugo pareceu por obra de artes mágicas e pregou-me um susto

-eu não posso fazer nada desculpem, não depende de mim-ela engoliu o resto de seu pastel e foi saindo.

-por favor suria, pensa na felicidade da tua irmã, se ela realmente fosse importante para ti não dirias isso-ela parou quando eu disse aquilo.

Suria on:

Eu nem os conheço como deve ser mas não vou deixar que me falem assim, virei-me para eles com os olhos meio húmidos por aquelas palavras:

-vocês não nos conhecem para tares a falar assim, eu não vos dei confiança para falem da nossa irmandade e muito menos estarem a falar assim de nós-limpei o canto do olho- não sabem pelo que ela já passou, pelo que eu já a vi passar, por todas as lágrimas e sofrimento derramados daqueles olhos, eu sou o seu porto de salvação e enquanto eu estiver aqui e ela não quiser falar com ele é favor de não insistirem a insistir.-virei costas e sai do bar, senti todos os olhos em mim e nem quis saber, aquilo tinha magoado, espero que a sureia não repare que eu estive a chorar.

Continua...

A rapariga da motaOnde histórias criam vida. Descubra agora