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BILL KAULITZ'S POV

Assim que o ruído da tranca foi ouvido na sala, eu tive raiva e culpa. Mas não por ela, e sim por eles. Eles não tinham que ver isso. Por mais besta que essa briga foi, não era legal e eu sabia que era desconfortável presenciar uma discussão. Eu senti raiva dela por conta de sua pose arrogante e superioridade que a rondava sempre que interagíamos. E senti mais raiva ainda de mim por achá-la atraente com todo esse jeito convencido e cheio de marra que não abaixa a cabeça pra ninguém.

Por mais que eu me achasse idiota e
odiasse o fato de achar ela atraente e muito bonita (demasiadamente), não poderia negar o fato. A garota era charmosa por mais irritante que fosse. Era perfeita em tudo que fazia. Era perfeita sendo arrogante, marrenta, chata, insuportável, e fazendo tudo que fazia. O defeito dela era fazer tudo que fazia e ainda sim ser perfeita em tudo aquilo que ditavam como "defeito". E me irritava saber que ela era assim. Porque tudo nela me atraia de forma sobrenatural mesmo sendo o oposto do meu tipo. Ela até mesmo me fazia esquecer que eu tinha um tipo quando ela entrava na sala e meus olhos encaravam seu corpo e rosto muito bem esculpidos.

- Se continuarem se encarando assim toda vez que se olham, a mídia vai desconfiar. - Gustav me tirou do meu pequeno surto com sua voz.

- Ele tá certo. Vocês não podem se
olhar dessa maneira hoje na entrevista, vão acabar com disfarce de vocês. - Georg concordou, virando sua garrafa.

- Eu não gosto dela de qualquer
maneira, então eu não ligo se vocês brigarem ao vivo. Você vai se livrar mais rápido se fazer isso. - Meu irmão se meteu, fazendo nós três olharmos para ele. - Ah, fala sério! Se ela continuar com essa pose de vadia arrogante pra cima do Bill, eu mesmo vou acabar com essa merda que não era nem pra ter começado.

- Eu sei que você quer proteger o Bill, Tom. Mas seja lá qual for o motivo dela, não acho que ela vai querer desistir assim tão fácil e o namoro com uma menina por um tempo vai ser o suficiente pra afastar os rumores sobre o Bill. Depois de no máximo 4 meses esse contrato vai acabar e vocês dois não vão ter mais que olhar pra cara dela. - O de cabelos longos refutou meu irmão.

- Eu não sei se aguento 4 meses
fingindo gostar dessa aí. E principalmente 4 meses divindo um quarto com alguém assim. Já vou avisando que se eu surtar a culpa é dela. - Eu disse me sentando no sofá de forma jogada e exausta. - E por que ela vai na entrevista com a gente essa noite? - Questionei confuso ao lembrar do fato citado à alguns segundos.

- A entrevista é mais pra vocês do que pra banda em si, eu acho. Provavelmente vai ser mais algo da carreira e do relacionamento de vocês. Eu só não sei como vocês vão fazer isso já que vocês nem ensaiaram respostas pra certas perguntas. - Georg respondeu parecendo desinteressado com o assunto.

- Uma entrevista com nós dois?! -
Minha voz saiu em puro choque. Eu tinha certeza que isso daria muito errado e seria um desastre se caso nós se irritassemos um com o outro em público (o que, pelas circunstâncias, era algo que iria com certeza acontecer). - Isso vai ser um completo desastre! - Conclui minha preocupação.

- A gente sabe! - Os outros três na sala falaram em um coro com diferentes tons. Tom proferiu irritação, Georg preocupação e Gustav tédio.

- Vocês sequer tem um roteiro para
cada possível pergunta e vivem implicando um com o outro, além de que vocês só sabem brigar quando abrem a boca pra interagir. - Gustav tinha o maior tédio que eu já ouvi. Parecia mais cansado do que com raiva ou desinteressado da situação atual.

- É exatamente por isso que vai ser
um desastre! Nós não vamos saber o que responder, vai acabar saindo coisas diferentes e a gente vai brigar em rede nacional por culpa da esquentadinha! - Cruzei meus braços franzindo os lábios, criando uma carranca raivosa e preocupada em meu rosto.

BAD ROMANCE - Bill Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora