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BILL KAULITZ'S POV

Seguimos até o carro da mesma maneira. Nós éramos os últimos na fila em que o grupo andava, sendo Tom na frente, Georg atrás do Tom, Gustav atrás do Georg e por fim, eu e Laurent no final nos abraçando de lado. Ao nosso redor, seguranças impediam as fãs de nos puxarem ou tocarem, mas a menina ao meu lado quase teve seu cabelo puxado e olhou para trás com raiva.

Nós dois éramos o foco principal das
câmeras assim como eu imaginei. Os diversos flashes em nossa direção fazia nossos olhos doerem e nos quase cegar com a quantidade absurda. Quase como de forma automática, minha mão tampou o rosto da garota e a puxei para mais perto de meu peito, fazendo-a olhar para mim com uma expressão confusa, mas logo olhou para frente e voltou a andar um pouco mais rápido. Senti seus braços se apertarem de forma sutil ao redor da minha cintura e sua mão acariciar meu abdômen por cima da camiseta suavemente. Eu achei que foi acidental, até a garota passar as unhas pontiagudas no mesmo local lentamente e levemente. Olhei para o seu rosto com surpresa pelo seu ato e vi um sorriso divertido tentando ser disfarçado em seu rosto.

Por causa da proximidade, eu conseguia sentir seu aroma suave de sabonete de bebê com o shampoo doce infantil para cabelos cacheados que estava na prateleira do banheiro. Além do cheiro açucarado do shampoo, existia um fundo de aroma de coco em seus cabelos, e um perfume amadeirado parecia exalar de seu corpo e roupa. Eu sentia algo com cheiro de amêndoas vindo dela, mas não sabia dizer o que era exatamente.

Assim que chegamos no carro, todos os outros já haviam entrado no carro e ido para seus lugares. Empurrei ela levemente para dentro do automóvel ficando atrás dela para tampar suas pernas já que ela estava de vestido e olhei para outra direção esperando que ela se sentasse. Fui o último a entrar, me sentando novamente entre Laurent e Tom, a diferença era que eles trocaram a janela em que sentavam. Enquanto entrava na van, notei que Tom me olhava com uma expressão confusa e nervosa, e eu sabia sobre o que era.

OLIVIER LAURENT'S POV

O caminho até à boate foi estranho e
pensativo pra mim. O que rolou no caminho da van com o Kaulitz? Quando sua mão tampou meu rosto dos flashes, eu achei que era parte do "fingir ser um casal apaixonado e blá-blá-blá", mas seus braços me puxaram mais para perto de si de forma íntima e intencional. No momento em que olhei em seu rosto surpresa com o que ele havia feito e ele retribuiu o olhar, eu não enxerguei desconforto ou raiva em realizar a ação, eu observei em seus olhos preocupação pura. Fazer contato visual com ele, era quase como apreciar uma tempestade castanha chegando a distância e me engolindo por completo. Seus olhos de tom claro e brilhantes quase me deixaram imersa neles se não fosse pelo fato de que estávamos em movimento e havia muitas fãs gritando alto o suficiente para começarem a me deixar desconfortável e inquieta. Mas por um único momento naquele dia, eu senti um aconchego diferente, porém estranhamente bom. Estar em seus braços e olhar em seus olhos marrons carregados de cuidado me passou conforto e paz por alguns segundos.

Ainda com medo e incerta da situação, abracei um pouco mais sua cintura fina e acariciei de leve sua barriga por cima da roupa não recebendo reação de sua parte. Não satisfeita, eu passei de forma ligeira minhas unhas em seu abdômen, recebendo uma contração e um olhar surpreso do garoto mais novo ao meu lado.

O fato de estarmos perto o suficiente na hora, me permitiu sentir seu cheiro nitidamente. Ele tinha aroma de talco de bebê com algum cheiro um pouco mais cítrico, suas roupas cheiravam como se tivessem sido acabadas de serem passadas com o cheiro fraco de amaciante para roupas leves. Seu cabelo exalava suavemente o cheiro de frutas vermelhas e seu perfume tinha cheiro de bebê.

Seu aroma suave e controlado deixaram o contato mais confortável e aconchegante, me fazendo querer ficar para sempre em seus braços quentes. Quando nos separamos para entrar no veículo, senti falta de seu toque quase que imediatamente. Era como se estivesse algo faltando. Uma peça essencial fora do lugar.

BAD ROMANCE - Bill Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora