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TIME BREAK

    AUTHOR'S POV

    — Você tava tipo... dando muito em cima dela! – Georg falou em meio risadas, zoando o garoto de dreads.

    — Eu já entendi, Georg! Será que dá pra você fechar a boca agora?! – Tom falou irritado, tampando o rosto pela vergonha e para que a luz não irritasse mais ainda os seus olhos.

   O de cabelos longos ria cada vez mais em cada vez que o Kaulitz mais velho reclamava de algo.

    Desde que acordou, Tom não havia levantado da cama e estava reclamando de tudo e de todos. Reclamava da luz que adentrava o quarto pela janela e fazia seu olho doer, reclamava do barulho que Georg e Gustav estavam fazendo na cozinha enquanto aprontavam o café da manhã, reclamava da dor de cabeça que sentia, reclamava do mal estar que passava pelo seu corpo todo e reclamava da ânsia de vomito que a ressaca o fazia sentir. Ele se lembrava pouco da noite passada, então, como um ótimo amigo, Georg resolveu narrar para ele cada coisa que ele fez para que sua memória se refrescasse, enquanto Gustav olhava da porta e morria de rir da interação dos dois.

    — Alem de dar em cima da Olivier, você deu em cima de uma mina muito gata! Mas ela te dispensou porque disse que tinha namorado, ou porque não era daqui... eu não lembro direito, o som estava alto demais para conseguir ouvir o que vocês estavam dizendo. – Georg comentou, tentando se lembrar do acontecimento.

    — Eu achava que o Tom só dava em cima das loiras mais velhas. – Gustav falou da porta, se lembrando da garota parda de cabelos cacheados que o Kaulitz mais velho havia cantado.

    Tom havia realmente dado em cima de outra garota na festa. Tudo indicava que ela estava compromissada e que não era da Alemanha.

FLASHBACK ON

    AUTHOR'S POV

    Tom caminhava pelo salão lotado de pessoas suadas e bêbadas. A quarta garrafa de cerveja em sua mão estava pela metade, e logo ele a jogaria no lixo e pegaria outra. Seus olhos passavam pelos corpos e rostos de muitas meninas, procurando uma que ele se sentisse atraído o suficiente para cantá-la e talvez, só talvez, levá-la para cama. O álcool corria pelo seu organismo, mas não o suficiente ao ponto de que ele não soubesse o que estava sabendo. Ele sabia exatamente o que procurava e o que estava observando.

    Ele trombou em diversas garotas que dançavam na pista. Algumas loiras, algumas morenas, outras coloridas, ruivas... passou por negras e brancas, nativas e não nativas, mais velhas e mais novas. Algumas o olhavam com um certo desejo... um olhar de sedução, para ser mais direto. Outras o observavam com indiferença, e outras sequer olhavam para ele. E, de tantas meninas ao seu redor, seus olhos foram atraídos exclusivamente para uma garota sentada sozinha no bar, e que não fazia nada o tipo dele. Ou, pelo menos, era o que ele achava.

    A garota tinha cabelos longos e cacheados com a tonalidade castanho escuro. Suas madeixas seguiam até o meio de suas costas, e o topo estava preso em um coque desleixado. Sua pele era mais escura que a de Olivier, mas não chegava a ser retinta. Ela usava um top azul pastel, usando por baixo um sutiã rosa que tinha suas alças a mostra. Vestia uma calça de cintura baixa que era decorada com pequenos brilhos na costura. Nos pés, calçava uma sandália de tamanco baixa na cor preta, deixando a mostra as unhas bem feitas pintadas de um marrom café. Sua maquiagem era leve. A desconhecida usava apenas um brilho discreto nas pálpebras e um gloss que parecia ter partículas de glitter.

    Ela girava o copo entediada, apoiando o seu queixo em sua mão. Vez ou outra um suspiro saia de seus lábios e ela olhava em volta para ver se encontrava quem tanto procurava. Seu namorado havia ido com ela até a festa, dizendo que ia ser legal e que não sairia do lado dela, e olha só onde ela está agora. Quando estavam se levantando para ir embora, o garoto se levantou dizendo que iria apenas se despedir de um amigo e que voltaria em breve, e pediu para que ela o esperasse no balcão do bar. Havia se passado quase 30 minutos e o par da garota não havia retornado. Ela estava de saco cheio e queria com todas as suas forças sair daquele lugar que fedia a maconha e álcool e a pessoas suadas. O único jeito de sair dali era com seu namorado, que estava a 30 minutos se despedindo de um amigo.

BAD ROMANCE - Bill Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora