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TIME BREAK

    BILL KAULITZ'S POV

    Abri meus olhos com certa dificuldade pela claridade que entrava no meu quarto. O despertador na mesa de cabeceira ao meu lado tocava pela quinta vez naquela manhã. Minha cabeça doia como se eu tivesse batido ela com muita em algum lugar. Meu corpo estava detonado e eu estava fatigado. Minha visão rodava, e isso me deixava com uma vontade de vomitar absurda. Meu corpo estava pesado como se pedras estivessem amarradas nos meus pulsos e calcanhares. Talvez, não tenha sido uma boa ideia beber para esquecer ela na véspera do ano novo.

    Já era primeiro de janeiro, e eu sentia falta da jovem cacheada como se ela tivesse ido embora ontem. Meu peito ainda apertava da mesma forma ao olhar alianças, que agora estavam guardadas a sete chaves dentro do meu guarda-roupa. Eu ainda sentia meus olhos marejarem ao deitar naquela cama sozinho e não poder abraçar ela, ou ao não sentir seus braços me rodeando por trás, enquanto fazia um carinho com a ponta do seu nariz no meu pescoço. Ainda sentia a sua falta nos banhos depois de um dia estressante, cheio e corrido. Ainda sentia falta dos beijos com gosto de café mocha e Marlboro Gold. Ainda sentia falta do cheiro do seu café pela manhã e o barulho estranhamente reconfortante da cafeteira. Ainda sentia falta dos seus chamegos pela manhã. Sentia falta da sua manhosidade em dias especiais. Sentia falta dela.

    Suspirei e fechei os olhos  os esfregando por alguns segundos para tentar espantar pelo menos um pouco do sono e do cansaço que eu sentia. Me levantei na cama em um impulso, tendo que me apoiar na parede por alguns segundos quando a minha pressão caiu e minha visão ficou turva e escura. Caminhei para dentro do banheiro, agarrando a minha toalha para tomar um banho gelado, na esperança de que a ressaca largasse um pouco do meu pé. Retirei as minhas roupas, entrei no box e liguei o chuveiro em baixa temperatura, sentindo a água quase que congelante escorrer por todo o meu corpo, arrepiando a minha espinha intensamente.

    Era cedo. Muito cedo. Eu estava me achando idiota por ter esquecido de desligar o meu despertador exatamente no dia em que eu não tinha compromisso pela manhã. Mas, por outro lado, tinha a esperança de que acordar cedo e tomar um banho frio me ajudaria com o mal estar que eu sentia enquanto dormia, me dando mais algumas horas de sono e, dessa vez, um pouco mais confortáveis, e que me fizessem descansar devidamente.

    Sai do box quando terminei meu banho rápido, me enrolando rapidamente na toalha enquanto sentia todo o meu corpo trêmulo pela temperatura gelada da água. Sequei minha pela com pressa, andando rapidamente até o quarto, abrindo o guarda-roupa para escolher uma roupa quente e confortável. Agarrei uma blusa de frio fina e de gola alta, e, para cobrir as minhas pernas, peguei uma calça da Adidas que eu não usava a muito tempo.

    Era uma das suas roupas preferidas no meu guarda-roupa.

    Balancei a minha cabeça para afastar os pensamentos, logo me vestindo e voltando novamente para debaixo das cobertas quentinhas.

    Pela exaustão, meus olhos começaram a pesar novamente, indicando que logo eu voltaria a dormir profundamente. Meu corpo relaxou e a minha respiração ficou cada vez mais pesada. E, mais rápido do que conseguiria admitir, eu havia adormecido.

BREAK TIME

    Entrei no palco acenando para a plateia enquanto dava o meu melhor sorriso (o melhor que eu conseguia). Eu sabia exatamente o que seria questionado a mim nesta entrevista, e, sendo sincero, não estava nem um pouco afim de responder perguntas inconveniente que apenas se tratavam sobre o meu término trágico e repentino com Olivier. O que me deixava com mais raiva, era saber que noventa porcento daquelas pessoas odiavam a Laurent apenas pela sua nacionalidade e, na sua maioria, apenas forçavam a simpatia com a jovem.

BAD ROMANCE - Bill Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora