Capitulo 03.

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Helena

Três meses..Três fudidos meses se passaram desde o dia em que descobri sua morte,tentei a todo custo descobrir em qual cemitério ele estava enterrado,mais ninguém foi capaz de me dizer,todos diziam que eu tinha que o deixar descansar..(Respiro fundo notando meu reflexo pelo computador,minhas olheiras estão profundas devida a falta constante de sono..Pisco algumas vezes voltando a encarar a vida em volta)..Eli está quase a se jogar sobre a mesa de um dos clientes regulares daqui,forço meu sorriso ao notar alguém se aproximar do caixa..(Preciso ao menos parecer apresentável para os clientes)..

-Vou querer algumas rosquinhas com calda de caramelo e se puder seu número..(Encaro o homem mais baixo que o convencional,seus olhos azuis combinavam perfeitamente com seus cabelos castanhos quase em um loiro,sorrio amarelo servindo as rosquinhas sobre um pequeno pires rosa)..

-Aqui está suas rosquinhas,(O encaro antes de anotar sua escolha no sistema),e agradeço a tentativa de chamar minha atenção..(Sorrio um pouco ao ver seu rosto ficar avermelhado)..

-Um dia ainda terei seu número!(O homem diz convicto antes de voltar a se sentar perto a janela)..

Alguns homens soltam algumas leves cantadas ou até mesmo me agradar com alguma conversa..(Ainda não estou pronta para assumir qualquer outra coisa com alguém,tenho que me recuperar por completo antes de tal ato)..Nego algumas vezes sentindo a mesma sensação que venho a sentir a alguns dias..(Me viro algumas vezes procurando quem quer que seja..Ninguém...)..A sensação de ser vigiada é constante...(Respiro fundo voltando a me concentrar em meu trabalho)..

-Helena,(Uma voz mais que conhecida me chama),sorria um pouco ou vai assustar os clientes!!(Meu gerente me adverte e antes que o responda meu celular vibra mostrando o fim do meu expediente)..

-Até amanhã Robert..(Agarro minha mochila em baixo do balcão saindo sem me despedir de Eli)..

A lua desapareceu nessa noite escura,a única coisa que tenta iluminar nem que seja um pouco dessa escuridão são os postes de luz..(Caminho devagar pela rua deserta que leva até minha casa)..Agarro meu celular discando o número da minha mãe..(Sempre ligo pra mesma ao fim do meu expediente)..Ela demora mais atende..

-Oi mãe,(Digo tentando a todo custo mostrar nem que seja um pouco de animação),como está??(Ouço um choro alto sobre a ligação e tenho certeza que seja uma das grandes birras do meu irmão)..

-Oi filha,(Sua voz está claramente embargada),tenho que resolver umas coisas ta,depois te ligo..(Concordo de leve ouvindo a mesma desligar,algo deve ter acontecido com ela e meu padrasto..)..

-Também te amo..(Digo ao vento guardando meu celular mais uma vez em meu bolso)...

Nosso relacionamento ja foi pior..(Principalmente quando ainda morava em sua casa,toda a pressão de ser uma boa filha e ter que agradar a todos...)..Agora morando sozinha sempre sinto sua falta,mais de forma alguma penso em voltar para la..(Não posso voltar para o lugar que foi tão difícil de sair...(Algo estrala atrás de mim,me viro assustada notando uma gatinho preto a rolar uma lata vazia de atum)..

-Oi meu pequeno,(Ofereço minha mão em sua direção a procura de carinho,o mesmo resiste antes de notar algumas bolachas na mesma),qual o seu nome em??(Pergunto ao gato ouvindo ronronados vindo do mesmo)..Você se parece com uma bola de lã e..(O gato se vira rosnando alto para mim,o encaro sem intender antes de me virar notando uma figura alta a alguns passos de mim,me viro tentando correr mas mãos fortes agarram meu corpo cobrindo meus lábios com algo molhado...Me debato com força notando que o mesmo não da um único passo....Com força chuto o meio das suas pernas logo sendo solta pelo mesmo..Meu corpo se encontra com força contra o chão)..Não..(Choro ao notar que meu corpo não quer se mover..)..

-Te peguei..(A voz de quem quer que seja agarra o meu corpo mais uma vez,com força ele me carrega até um carro preto muito bem escondido sobre o beco escuro,com cuidado ele  aconchega meu corpo contra o banco de couro escuro..)..Acho melhor não tentar nada,(Mais uma vez ele aproxima aquele pano enxarcado com algo perto do meu nariz e boca),não temos muito tempo..Tento a todo custo mais sou vencida pela falta de ar..A última coisa que vejo é uma máscara perto ao meu rosto enquanto suas mãos cobertas por luvas pretas não me deixam me mover..Meus olhos pesam se fechando aos poucos)...Boa garota..(É a última coisa que ouço antes do carro sair acelerando como um louco e a risada do homem ecoar pelo carro..)..

Deuses me ajudem..

Boa leitura❤

Aos Olhos Do Morto..Onde histórias criam vida. Descubra agora