Uma cidade...
Genilaz.
Uma vida...
Respirando.
Uma pessoa...
Mulher.
Alice...
Esse era o seu nome.
Ingênua, humilde e linda... antes de todos os acontecimentos de sua vida.
Ela era tão feliz... continuava com um enorme e lindo sorriso, mesmo seu coração estando em apenas cacos ao chão... a mesma mantinha aquele sorriso apenas por "ela".■
Todos...
Todo mundo em geral.
Não importa a crença, etnia, sexo ou até mesmo... cheque bancário da conta. Todos, sem exceção, sabemos que a vida é uma merda, certo?
Pois bem, a minha vida sempre foi uma merda.
O por quê?
Simples...
Porque existem humanos... ou melhor, porque somos humanos.
Tudo gira em torno da humanidade, da benção e do erro que fomos, e somos.
Odeio pessoas no geral, não consigo lidar com pessoas boazinhas... elas perdoão facilmente, enchegam o perdão com uma coisa nobre... que todos tem que perdoar para ser perdoado.
Pode até ser...
NNão para mim, não comigo.
Nenhum ser humano é perfeito.
Eu não sou perfeita...
Ninguém é perfeito...
Ódio, tristeza, medo, sentimentos...
Amor? Dizem ser um sentimento lindo e único...
Deus?
Ouvi sobre ele. Entregou e passou o seu amor por onde ia, mas, em troca recebeu traições, odio, e desigualdade. Com certeza ele sofre em ver que deu sua vida na terra para nada! quer dizer, nada não... para obter mais pecadores, destruições, desrespeito, mortes, orgulho, raiva, etc... o ser humano consegue ser tudo, de tudo para pior.
Poucos tem a sorte de nascer em berço de ouro, ter dinheiro, nunca passar fome, nunca nem precisar trabalhar, suar, ser humilhado como se fosse um lixo... como se nem fosse um ser humano como todos.
Eu só queria que todos fossem... bons, que ajudassem, que...
Tem pessoas que precisam de ajuda mesmo não demonstrando.
Se existisse mais dessas pessoas, talvez, talvez eu não passasse pelo oque passei...
Por que tem que ter pessoas más no mundo?
Muitos se sentem deuses por terem tudo, ao mesmo tempo não tendo nada.
Deveria acreditar nesse Deus? nesse mesmo Deus que enviou seu único filho a terra para sofrer por nós... meros humanos? Bom... essa resposta eu não obtenho.
Nunca falei, citei, senti, ou orei por ele. Só ouvia falar... as histórias dele ao passar na terra, morrer e ressuscitar. Ouvia também as outras crianças orando para ele as ajudá-las, orando não, implorando. Mas... não mudava nada... não mudou.
Só que, de tanto elas implorar para algo mudar ou acontecer, sim... mudou e aconteceu.
O que me mantinha viva não era minha fé, ou coisa do tipo, mas sim, o medo em primeiro lugar e logo a seguir a vingança, apenas por isto estava viva... meu objetivo.
Como citei, a vida é uma merda e uma hora ou outra a vida deles "ricos" fica uma merda. Mesmo que demore anos, uma hora chegará... porque é assim que funciona, não importa ser rico ou não.
A vida sempre vai continuar uma merda para humanidade, porque a humanidade já é uma merda em si.
Sabe o porquê estar falando isso tudo?
Sou Rebecca Alencar, nunca fui rica, já fui bastante humilhada, espancada, quase decapitada, acediada, vi a morte ao meu lado em vários momentos da minha vida.
Vida... isso eu ainda tenho.
Continuo respirando, mesmo não sabendo como.
Eu sei o que é passar fome, chorar 18 horas por dia, passar frio, medo, dor... fisicamente e psicologicamente falando, "dormir" com ratos...
Dormir... dormir?
O que é dormir?
Chorei tanto a minha infância inteira que não tenho mais lágrimas para derramar.
Sei o que é o fundo do poço, literalmente, e para sair e seguir em frente sozinha, é difícil mas não impossível.
-- Mamma não me deita, plo favo, Mamma! - me acordo rápido que quase bato minha cabeça na cama acima.
Acordar...? aqui não se pode dormir, nem se eu conseguisse.
E novamente essas lembranças...
Thomas...
Quem é Thomas?
Simplesmente a primeira pessoa humana, com quem tenho e sinto amor de verdade.
Um amor verdadeiro, que nunca conheci antes.
Na verdade, não sabia o que era essa palavra "amor", até o Thomas aparecer na minha mísera vida.
O meu Thomas...
Meu filho.
Ele foi minha luz ao fim do túnel, ou melhor, ao fim do poço que me encontrava.
Ele só tinha 3 aninhos quando, praticamente, o abandonei com a minha tia Rose.
Eu não tinha o que fazer... será que estava ficando louca? Será que estou louca?
As vezes penso, penso... penso que deveria ter meu filho em primeiro lugar naquele momento.
Em ter pensado nele antes de matar aquele filho da puta...
Pensar avançado, mais a frente, como uma pessoa normal, pensar em como seria sua vida sem sua mãe... sem mim. Em passar os dias das mães sem mim... em ser zuado na escola por ter sua mãe na prisão.
Não.
Sei que não pensei direito em relação a meu filho... mas eu não poderia deixar um verme daquele acima do chão, respirando, fazendo mais vítimas inocentes... como eu era, como eu fui. Esse peso me corroia por dentro, eu estava ficando louca... não conseguia dormir a noite sabendo que ele estava vivo.
Eu tinha que fazer algo a respeito...
Fiz.
☆
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PRESA A VOCÊ ⛓️(REVISANDO)
ActionRebecca se vê em uma vida suicída, com o único instinto martenal que a mantém viva de não querer seu único filho no meio dessa grande bagunça, meio impossível, contudo, não imaginava que iria despertar uma certa curiosidade no chefe da márfia. SE V...