Capítulo 2 - O passado

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Com 19 anos uma jovem chamada Rebecca foi presa por assassinato.

Injustamente? não.

Homicídio culposo.

Matou seu próprio pai.

"pai" ela não o chamava assim... ele era podre. Um ser podre infelizmente existente nesse mundo, que virou inexistente.

Não só ele... assim como ele existia, muitos por aí ainda existem.

Dois, homicídio duplo planejado. Jones... um vereador reeleito da pequena cidade chamada Gelinaz, onde a mesma nasceu... isso é oque a mesma acha.

Assim como o seu passado é segredo para muitos, para si mesma também é.

Não se arrepende ou sente remorso se quer, isso é como fraquejar para a mesma, ela prometeu a si não ser mais uma franca. 

Feliz... esse foi sentimento com a morte deles, tão feliz que riu vendo os corpos mortos e sem vida dos mesmos. Era como se visse uma roda gigante... estava fascinada com a cena, isso causou raiva para os olhos dos cidadãos presentes. Como? tão nova... pensaram ser problemas psicológicos, talvez... tentaram a tratá-la, não funcionou... a mente de uma estrategista, inteligente e manipuladora e até o que tudo indica... normal e sã, porém indícios de psicopatia.

"No começo eu me sentia sufocada, como se estivesse em um mar... não se afogando, mas já afogada... a morte menos dolorosa é afogamento... adrenalina subia a cada facada executada, meu sangue mais quente do que de costume... quando vi e senti que eles não respiravam, foi como se o ar no qual sempre me faltava a anos, no qual sempre quis... voltasse."

Era uma cena horrível, ela encharcada de sangue, no qual deveria ter nojo, pois, tinha do pertencente, mas não, era como se aquilo fosse seu triunfo, não tirou o sorriso largo e macabro dos seus lindos lábios nem um segundo se quer.
Sempre os quis mortos, ansiava por isto, na verdade, nem era para eles existir. Não se importava se eles tiveram um passado triste, se por serem pecadores eram queridos de Deus, ou receberiam o perdão do mesmo, apenas os queria ver cobertos por sangue... antes disso os torturaram.

Queria vê os corpos dos seus estrupadores sem vida.

Os dois a fizeram tão mal... a fizeram se odiar, a machucaram, fizeram ter nojo não só deles mas de si mesma por muito tempo.

Rebecca quando mais nova era abusada frequentemente por seu pai, ele nem ao menos se importava em ser sua filha de sangue e uma criança... No começo a mesma colocava a culpa na bebida, ele bebia muito... um alcoólatra, ela não queria acreditar que aquilo realmente estava acontecendo, que seu próprio pai estava fazendo aquilo, sempre o primeiro estágio é a negação.

A mesma ao menos entendia o que era aquilo...

Com o tempo percebeu, percebeu que ele era sem álcool, era o mesmo... ele fazia por estar com vontade, por prazer.

Brigas, tapas, murros... eram apenas machucados... iria passar, era só uma fase... só que, não eram simples machucados comum que poderia sarar depois de 2 semanas... ele feriu sua alma... isso não passa ou cura, e não tem volta, isso destruiu aquela pequena garotinha.

"Eu era inocente, não sabia o que era certo ou errado."

Esse é, e continua sendo o único erro em ser criança...

Depois de culpar a cachaça, passou a achar que aquilo não tinha nada demais, afinal, ele era meu pai... e ela tinha que o obedece-lo. Se acaso não deixasse ele fazer o que queria, era espancada.

"Eu não gostava daquilo... doia, eu era só uma menininha que tinha medo de ficar só, medo do escuro, da solidão."

Não queria ser espancada... doía muito a fivela do cinto em sua carne, doía muito os chutes... os puxões de cabelo, os dentes quebrados...

PRESA A VOCÊ ⛓️(REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora