capítulo 4 - Livre, personagens

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-- N137? - voz feminina foi-se ouvida, a voz asqueroza da carcereira ao chama - la, sendo assim a mesma levanta atraindo olhares das outras detentas que também estão ali presentes em conjunto no mesmo local.

-- Vistasse - joga um macacão laranja com o mesmo número que ela citou antes.
-- 10 minutos e sem gracinhas como da última vez, porque ou ao invés de te jogar água gelada e deixar aí nua, te coloco no porão com os ratos como bicho. - a mesma fala com desdém, a encara lo a seguir tentando passar um ar de superioridade.

E antes como a mesma falava que seu pai parecia um robô sem sentimentos... sim, mas nada comparado a Rebecca de hoje em dia.

Todas... detentas, vigías, policiais, todas a odiavam ali.
- isso tirava um risinho da mesma, pois, esse ódio era recíproco.

(...)

-- Tá falando sério? Como isso é impossível? - Torres é um advogado que a tia Rose contratou para ela, Rebecca nunca concordou com essa ideia dela. E hoje, a exatos um minuto avisou-a com uma informação repreensivel, mas não, impossível.

-- Não Senhorita Rebecca - diz afirmando. -- Estou falando apenas a verdade... tenho me empenhado em sua causa, mesmo a senhorita não cooperando e muitas das vezes não aceitando minhas visitas... isso foi um avanço e tanto, de fato não está livre... mas já é algo, e uma vitória para nós comemorarmos. - constata finalizando.

Notícia essa que vai ser solta antecipadamente por bom comportamento, mas é por um tempo determinado. Depois de quase cinco anos, finalmente, ser livre para por os pés fora daquele chiqueiro.

Com toda certeza é um teste. Eles vão estar de olho em mim lá fora, porque isso de bom comportamento eu não caio facilmente. - Só de uma semana para cá que Rebecca não arranja confusão com outras...

Ela odiava ficar com outras pessoas, por isso preferia a solitária, lá tinha ratos como toda aquela prisão, mas nada era tão nojento quanto aquela casa.

E desde esses 5 anos eles tentam ddescobir o que a levou matar esses dois homens "cidadãos do bem". Lógico que não descobriram nada, policiais... para dizer que não descobriram nada, descobriram apenas que o Jones era um corrupto, coisa que a mesma já sabia. Nada em relação a estrupo, ele era bom nesse serviço... se disfarçar de bom moço, e ter dinheiro para comprar pessoas com menos estado social que o mesmo... Rebecca sabia que tinham outras coisas envolvidas, porém não tinha provas... e quem acreditaria na palavra dela? Para si mesma isso não valia nada.

Agora o que mais lhe atormentava, vai viver e passar!

"Será que o Thomas reconhece a mãe dele? Será que me odeia por, praticamente, o deixar? Será que me perdoa? Será que terá medo de mim? eu sou um ser podre, mas... nunca o faria mal"

Ela nunca o machucaria ou o faria sofrer, ou deixaria alguém fazer isso. Mas ao invés de carinho e felicidade lhe entregou tristeza.

Tristeza em não ter uma mãe presente, e disto a mesma entende.

É tantas perguntas sem respostas... pois, tem medo das mesmas.

~

Rebecca Alencar

24 anos, mãe de um filho, órfã, atiradora de elite, mandona, corajosa, pessimista, orgulhosa, inteligente, introvertida, impaciente, justiceira, humilde, polícial, ex-presidiária, ex-viciada.

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