Capítulo três

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Ray acordara às três da manhã pelo barulho irritante das notificações de seu celular, quem era o filho de uma puta que insistia tanto, assim?
Agarrou o celular, irritado. Ele mandaria um áudio gritando "se toca porra, não vê que horas são?", mas...
Oh, era Henry. O moreno não entendeu muito bem o porquê, mas, pelo fato de ser Henry, deixava muito menos irritante o ruído das notificações incrontroláveis de mensagens que o loiro estava enviando.

Henry: Ray, socorro, não consigo dormir
Henry: E SE A CHARLOTTE TIVER RAZÃO, CARA?
Henry: E SE A MINHA FAMÍLIA COMEÇAR A ACREDITAR QUE EU E VOCÊ ESTAMOS JUNTOS?
Henry: ai meu deus
Henry: AIMEUDEUS
Henry: AI.MEU.DEUS
Henry: EU TO SURTANDO RAY EU TO SURTANDO
Henry: AAAAAAAAAAAAAA
Henry: RAY
Henry: E SE ACONTECER, O QUE A GENTE FAZ?
Henry: FALA ALGUMA COISA!
Henry: CÊ TA ONLINE, RESPONDE LOGO!

Como o loiro continuava mandando diversas mensagens sem parar, Ray começou a digitar rapidamente, com medo de seu celular começar a travar e nunca mais funcionar, ainda que fosse uma metáfora que, com certeza, ficaria apenas em sua cabeça.

Ray: oi Henry

Henry: OI TA ACORDADO?

Ray: tira do caps lock, parece que ta gritando

Henry: E VOCÊ ACHA QUE EU NÃO QUERO GRITAR?

Ray: se acalma

Henry: EU TO SURTANDO

Ray: E você quer que eu faça o quê?

Apareceram três pontinhos em baixo do contato de Henry, e logo desapareceram. Ficou nesse mesmo some e volta durante uns três minutos, quando finalmente enviou a mensagem.

Henry: Sei lá.

Ray: só se acalma, se acontecer não tem problema, a gente resolve, a gente sempre resolve.

Novamente os três pontinhos sumindo e voltando.

Henry: você tem razão, eu acho. Vou tentar voltar a dormir

Ray: boa noite Kid

Henry: Eu tenho que mudar esse nome, nem sou mais uma criança

Quando Ray se tocou que não seria enviada mais nenhuma mensagem do loiro, tentou voltar a dormir, mas acontece que o moreno também estava com um pouco de receio.

.

- Mas que droga! - Esbravejou.

- Nossa, Ray, o que houve aí? - O elevador se abre, revelando Henry.

- Essa porcaria de máquinha não pega! Eu já pedi cinco vezes - abriu cinco dedos da mão, gesticulando para dar ênfase no número - cinco! Eu já pedi cinco vezes a droga do café e a máquina pede para eu repetir!

- Deixa eu tentar... - empurrou Ray, ocupando seu lugar em frente à máquina de lanches. - Um café! - praticamente gritou

Nada.

- A máquina não pediu para repetir. Ela me ignorou.

- Tanto faz o que a máquina faz, o que importa é o que ela não faz! Cade o meu café? Cadê?

- Você quer tanto esse café pra quê? Vai morrer se não tomar cafeína?

Ray suspira.

- Eu não consegui dormir depois das suas mensagens.

- Por quê? Você mesmo me disse para eu me acalmar e que se acontecesse alguma coisa a gente resolveria.

- Nããããão, não é isso. Eu só... perdi o sono.

Henry concordou com a cabeça

- Tá.

Ok. É claro que ele não acredita nisso.

Namorados de mentirinha(ou não) [ Henray ]Onde histórias criam vida. Descubra agora