Unidos pela vingança

CAPÍTULO 8

Pois cada palavra que eu ouvi ser dita
Desde que você se foi, parece uma rua vazia
Me disseram, me disseram para te tirar da minha cabeça
Mas espero que eu nunca perca as feridas que você deixou pra trás
“Bruises- Lewis Capaldi”

BÁRBARA REIS

Hoje acordei um humor do cão.

Faz três dias desde meu último pesadelo. Estou tentando manter minha cabeça no lugar.

Esqueci de fazer as compras do mês e não tem nada para tomar café. Então vou comprar alguma coisa na cafeteria no caminho da academia.

Descido ir a pé para fazer uma cárdio. Quando chego na rua vejo o carro dos cães de guardas do Arthur. Tô sem paciência pra eles hoje.

Pego minha chave na braçadeira em meu braço esquerdo e abro o canivete que tem no chaveiro. Chego perto do carro e vejo que eles estão dormindo –Idiotas– e furo os dois pneus traseiros do carro.

Eles se despertam e abrem as portas do carro com a mão para trás pronto para pegaremos suas armas quando me veem.

—Droga, senhorita Bárbara. Os pneus são novos. —Ele reclama.

—O chefe de vocês é rico. Ele compra outro. —Digo e guardo o chaveiro na braçadeira novamente. Me preparo para correr até a cafeteria. —Não quero ninguém me seguindo e vocês sabem disso.

—Mas... —não espero a resposta e começo a correr.

Chegando na cafeteria diminuo a velocidade e pego meu celular que não para de vibrar. Tenho certeza que é Arthur.

Entro na cafeteria e abro o app de mensagem para começar a ler as broncas.

Príncipe: Você furou os pneus? Tá maluca Bárbara?

Eu: já falei que não quero seguranças. Você insiste porque quer.

Príncipe: Quando você chegar aqui eu vou matar você, furadora de pneus.

Aperto o botão de áudio e começo a gravar.

—Arthur, de manhã cedo e você já está enchendo meu saco? Porque você não vai dá 30 minutos de cu com o relógio parado, hein porra?!

Envio o áudio e chega um dele logo em seguida.

—É assim que você fala com o grande amor da sua vida, princesa? Depois de tudo que faço por você? É uma ingrata mesmo.

Não consigo segurar e dou um risada. Dígito uma resposta para ele.

Eu: Te amo, foi mal pelos pneus. (Foi mal nada, vou furar de novo se eles continuem no meu pé)

Ele manda um áudio.

—Eu também te amo princesa. Mesmo você me fazendo raiva. Se cuida, saudades.

Dígito que também estou com saudades e que logo volto pra visitar nossa casa.

Pago meu pedido e saio caminhando. Escuto passos apressados atrás de mim e fico em alerta.