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Alicia 🌪️

Dizem que eu sou um furacãozinho de apenas um metro e sessenta e eu concordo.

Sendo fiel de um dos maiores bandidos do RJ, dono do Lins, eu metia marra mesmo. Estávamos juntos a uns dois anos, e do ano passado pra cá eu venho desconfiando dele, não sou boba não, ele fez e eu fiz igual, já me sentia solteira. Rara eram às vezes que eu aceitava transar com ele, e então ele vivia na rua, besta é quem não acha nada.

Com fotos e vídeos cassete meu amor, joguei na cara do bofe e ele ficou com uma cara de tacho, eu só contava tudo com o maior gosto, mas não falava um piu, não pagava de machão, sabia que tava no erro.

Hoje fazem dois meses que nos separamos, desde o primeiro dia eu não perdia um baile, um pagode, botava pra fuder com as minhas amigas e está tudo bem. Tive a consciência de que até eu não descobrir e nem desconfiar de nada, fui totalmente leal a ele, era uma paixão. Mas uma paixão tão rala, que quando eu "traí" ele, não tive um pingo de remorso e não fiz de vingança, eu já estava solteira.

Não pretendo me apaixonar por ninguém por agora, mas creio que tudo tem um tempo e hora certa. Enquanto isso eu curto a minha vida e vou cuidando de mim, sou nova demais.

Tenho apenas dezoito anos, trabalho como manicure. Atendo a domicílio, mas tenho o meu espacinho dentro de casa também e assim consigo me sustentar e sustentar minha coroa com uma certa estabilidade financeira.

Alicia: mãe tô saindo pro baile com as meninas tá, não se preocupa que eu volto pra casa.

Emília: vai com Deus, mesmo se não voltar manda mensagem.

Vou até ela beijando sua cabeça, que sorri para mim carinhosamente. Subo a rua, e o baile era na esquerda da minha esquina, bem perto mesmo. Entro na quadra toda montada, óbvio, os meninos ficaram tudo olhando depois que eu passei e eles pensam que eu não percebo.

Vejo as meninas em uma mesa cheia de bandidos, cumprimento todos que estavam ali sentados, mas um pretinho me chamou muito atenção. Ele tava ali todo posturado, uns cordões e relógios de ouro e de vez enquanto mexia no telefone pra disfarçar.

Alicia: quem é o amigo novo? — cutuco a Bea e ela me olha desconfiada

Bea: Boca. É novo aqui, os meninos que chamaram ele pra sentar aqui. — olho pra ela sorrindo — se quiser pegar, ele tá olhando pra você. — sussurra e desvia o olhar disfarçando

Olho para qualquer lado e vejo ele me encarando na cara de pau mesmo, nem sequer desviou quando olhei de volta. O homem era bonito. Boca rosinha, cabelinho na régua e a cara de quem não vale nada, tinha tudo que precisava para me atrair.

Pego uma ice que estava no balde e abro fazendo um boomerang e postando nos status. Desligo o celular e levo até a boca bebendo metade da garrafa tranquilamente, o bofe continua me olhando nessa agonia e eu continuo encarando até ele desviar e levantar da mesa.

Boca: tô te esperando na rua de baixo. — ele sussurra no meu ouvido me deixando fraquinha, não tinha nem como negar

Saiu tão rápido que quando eu olho para trás não tinha nem sinal do garoto. Era um bequinho escuro que as pessoas não gostavam muito de ir porquê passava gente por ali a todo momento.

Avisto ele e só o seu olhar me arrepia inteira. Ficamos bem próximos e ele posiciona a mão na minha cintura com força e já me tinha em suas mãos, podíamos sentir a respiração do outro enquanto minha mão estava em seu abdômen. Olho para baixo por um momento e rio fraco ao ver o volume na sua calça.

Alicia: você fica assim só com um toque? — solto uma risada abafada e ele me rouba um selinho

Boca: tu não se enxerga no espelho, não? — toma a minha boca em um beijo cheio de desejo e vontade, desce sua mão até minha bunda e eu arfo contra sua boca

Nossas línguas brigavam por espaço e eu já estava no céu a muito tempo. Se esse cara me leva pra cama eu ia ter que ir direto ao ponto, senão na primeira linguada já tinha gozado.

Boca: minha casa não é tão longe e meu carro está em frente a quadra. Bora?

Eu fiquei tão atrapalhada das ideias que nem conseguia mais responder, só confirmei e segui ele até o carro. Boca destrava as portas e eu sento no banco da frente encostando a cabeça no estofado de couro.

Sua mão vai até minha coxa e em um movimento rápido já estava circulando no meu clitóris. Gemi alto quando ele colocou um dos dedos dentro de mim e pela primeira vez vi um sorriso aparecer em seu rosto, levo a minha mão até seu membro que poderia resgar a calça a qualquer momento e ele fecha a cara.

Boca: tira a mão, senão eu vou te comer aqui dentro. — continuo massageando ele por cima e me sento em seu colo me esfregando sobre a calça — filha da puta, gostosa. — ele murmura e eu abro um sorriso safado

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