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Alicia🌪️

Segunda vez que eu amanheço ao lado do mesmo cara, não estava nos meus planos mas eu viciei. Por que ao em vez de sair pegando Deus e o mundo eu não fiquei quieta na minha curtindo meus bailes? Não que eu esteja sentindo alguma coisa por ele, sem chances.

Pego meu celular na mesinha de canto vendo as horas e relaxo por ser oito da manhã ainda. Ele dormia feito pedra virado pro outro lado, contornei a tatuagem de tigre que ele tinha na barriga e ele se mexeu e eu senti sua mão acariciando os meus cabelos e logo depois sendo surpreendida com uma tapa.

Alicia: tá drogado? Oxe.

Boca: nem minha ficante tu quer ser pra eu tá fazendo cafuné na tua cabeça. — ignoro ele e continuo contornando a tatuagem — depois vai se envolver e eu vou te botar pra ralar.

Alicia: emocionado demais, misericredo. Vou embora, tenho que fazer compras lá pra casa. — me espreguiço levantando e ele continua deitado numa boa — sem querer abusar da tua bondade, me dá um bonde até o mercado?

Boca: vai a pé, pô. Na primeira noite tu não quis pagar de envergonhada? — fala me fazendo rir

Alicia: as primeiras vezes são sempre assim.

Boca: quer tomar um banho aqui não? Te empresto uma cueca, sem caô.

Alicia: pode ser. — dou um sorriso amigável e ele passa por mim entrando no banheiro e fica me olhando — que foi?

Boca: não vai vir?

Alicia: ah não, pode ir primeiro. — nem é que eu não queria, só sabia que não ia sair dali tão cedo

Ele fecha a porta e eu fico fazendo hora ali que nem uma chapada, quando ele sai pego minhas roupas e entro no banho ajusto a água botando no quente muito abusada eu. Quando saio procuro por uma toalha e não acho e ainda tinha a parte debaixo que ele ia me emprestar.

Alicia: garoto, você não me deu uma toalha e nem a cueca. — falo alto pra ele escutar e ouço a maçaneta girar era ele com as coisas — valeu, colega.

Me olho no espelho e sorriso vendo que a boxer tinha ficado linda na minha bunda, coisas estranhas que eu reparo. Termino de me vestir e faço um coque no cabelo, vejo ele sentado na cama só de short e quando me vê levanta a cabeça.

Boca: bora, tenho um corre pra fazer agora. — fala todo apressado e eu levanto a sobrancelha mas não falo nada apenas passo a sua frente

Ele me deixa lá rapidinho, me despeço dele com apenas um tchau. Pego as coisas que tinha que pegar, me irrito com mona abusada que fica me olhando de rabo de olho e vou pra fila outro estresse, a única verdade é que quando a gente cresce quer voltar do início puta merda.

Pego a sacola com as compras e subo o morro, eu amodeio esse Sol tem dias que não dá e eu só queria pegar uma praia tenho unha sempre e minha mãe trabalha até seis da tarde também, pobre é foda.

Chego em casa e vou direto pro formo para almoçar e dar tempo de descansar antes de ir a luta. Resolvo fazer um macarrão que é o básico só pra não demorar muito e faço em uma boa quantidade para dar pra mim e minha mãe mais tarde.

Almoço e fico vendo as fofocas daqui pelo twitter, a baixaria rolava solta nesse morro e eu ficava por dentro de tudo com umas páginas assim que encontrava. Geralmente o Th punia todo mundo, descobria rapidinho o língua solta e dava madeirada quando a gente tava junto era só mentira sobre mim. Mas agora que tudo acabou eu gosto é de ver os outros sendo explanados.

Viro a rua que dava na casa da garota e encontro Beatriz, ela me vê e já vem cheia de gracinha pulando e cantando.

Bea: cara, não dá mais atenção pras amigas, né?

Alicia: dou, é só muito trabalho e coisas de casa...

Bea: e macho! — brinca com a minha cara e eu viro o olho — nada contra, só não te querendo largando a mão das colegas por causa de homem.

Alicia: não tô, fica tranquila que na próxima eu vou. Hoje também tô sem nada pra fazer, se quiser dormir lá em casa.... Te mando mensagem assim que sair da casa da Tatiana.

Bea: vou sim, me comunica e pega as fofocas que ela contar pra gente comentar sobre depois.

Alicia: sempre tem, te amo. — fico rindo que nem idiota e bato na porta da garota que logo atende com um sorriso meio falso meio verdadeiro no rosto

Tati: entra aí amiga. — me dá espaço e eu forço um sorriso também passando — quer água ou alguma coisa?

Alicia: quero não, valeu.

Tati: tá bem, vamos começar. — ela se senta na mesa de frente pra mim e eu começo analisando o último alongamento que ela fez, da um tempinho e eu já tava sabendo do Lins inteiro, impressionante — ai né, dizem que essa tal Débora vai ser a próxima fiel dele, sabe? Se prepare pro afronte.

Alicia: se a vier afrontar vai falar sozinha, eu já me esqueci desse bofe tem é tempo. Estando com ele ou não sempre fiz minhas coisas e fiquei longe de fofoca, não é agora que puta vai cantar de galo pra mim não.

Tati: é das minhas, só que eu já puxo o megahair das mona daqui com tudo, deixo só na Ana Maria Braga. Os homem que é casado trai e eu levo a culpa, quer vir fazer barraco na rua aqui na porta de casa garota, são abusada.

Alicia: socorro. — gargalho e ela continua contando os babados tacando o conteúdo nos meus peitos

Não sei quem é mais fofoqueiro, o povo do Lins ou da Rocinha que disputam quem tem a maior língua de tapete, Deus de glória.

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