Capítulo 9

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Giuseppe 

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Giuseppe 

Tudo foi muito rápido, meus olhos costumavam acreditar que ali parada segurando uma arma, era a minha esposa que pensava estar morta. Meu cérebro demorou a raciocinar.
Confuso era como eu estava sentindo. Cada russo caiu, mas só me dei conta de que uma tragédia havia acontecido quando vi o corpo da Martina caindo em câmera lenta.
Reuni todas as minhas forças, e corri em sua direção. O choque de vê-la no chão em uma poça de sangue foi demais para mim, meu peito apertou em desespero quase me fez perder a cabeça.
Eu escutei os gritos de comando do Marcel, mas minha atenção estava toda na minha mulher.
Ajoelhei ao lado dela e a puxei para perto do meu corpo.
— Precisamos tirar ela daqui! — berrei.
— Uma das nossas ambulâncias já está a caminho, senhor— Marcel respondeu.
Encarei os olhos pálidos de Martina, mas pareciam distantes. Sua respiração está cada vez mais fraca. Era como se sua vida estivesse indo embora.
— Por favor, meu amor fique acordada. — pedi com um nó na garganta.
Naquele momento eu não era um mafioso temido por todos, eu era simplesmente um marido desesperado.
Tina começou a tossir sangue.
— Eu vou te amar pela eternidade. -- falando isso, ela fechou os olhos, o grito que saiu da minha garganta foi descomunal.
Os paramédicos da famiglia abriram caminho entre os meus soldados, e fui obrigado a soltá-la. Eles entram com ela na ambulância, e sigo entrando junto.
Chegamos ao hospital em tempo recorde. A equipe médica avançou pelos corredores com a maca.
— No dois— a médica ordena e vejo um homem fazendo massagem cardíaca na Martina.
— Preciso de um desfibrilador agora!— a médica grita novamente, e somem por uma porta onde está escrito 'Entrada proibida', e eu caio de joelhos no chão.
— Volta pra mim, Martina— falei com a voz embargada.
— Senhor?
— Minha esposa… eu não posso perdê-la de novo. — é tudo que eu consigo dizer.
Estou num estado de choque, tudo isso é apenas um pesadelo ruim.
— Vou comunicar os pais dela, senhor.
— Como? Como você encontrou ela? — pergunto, mesmo em estado de choque.
— Vittorio é o traidor, senhor— eu encaro ele sem entender. — Martina foi mantida em cativeiro, quando chegamos lá, ela já tinha matado metade dos soldados. Ela sabia que você estava indo direto para uma emboscada.
— Quero ele na gaiola. — digo friamente.
— Demônio da morte já está caçando ele.
***
Os pais de Martina chegaram, os dois pareciam desconsolados. Troquei um aperto de mão com o pai dela, e ganhei um abraço de sua mãe.
Cinco horas de cirurgia e notícias vagas de que os médicos estavam fazendo tudo para salvá-la.
— Nós não podemos perdê-la de novo! — a mãe dela diz chorando.
A médica surge às oito da noite em ponto com o semblante de exaustão.
— Como ela está? — perguntamos ao mesmo tempo.
— A cirurgia foi muito difícil, ela perdeu muito sangue e precisamos de várias transfusões. A bala se alojou muito próximo ao coração, Martina teve três paradas cardiorrespiratórias.
— Oh, meu Deus! — a mãe dela começou a chorar desesperadamente.
— Nós a colocamos em coma induzido para o corpo dela ter maiores chances de se recuperar.
— Podemos vê-la?— pergunto.
— Vocês só poderão vê-la amanhã. Ela está sendo encaminhada para o CTI agora. As primeiras horas do pós-cirúrgico serão definitivas, então vamos deixá-la descansar.
Lorenzo me chamou no canto para saber como tudo isso aconteceu, e quando relatei toda a história, sabia que ele jamais iria fazer nada para ir contra o meu plano de tortura pro Vittorio. Ele jamais vai perdoar o irmão por deixar a ambição ir contra a família.

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