1- Uma segunda chance?

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Saudade é não querer saber.Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

Martha Medeiros

Eu me chamo Laura Marshall tenho 28 anos , sou uma escritora de romance,  é eu sei é uma grande ironia

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Eu me chamo Laura Marshall tenho 28 anos , sou uma escritora de romance,  é eu sei é uma grande ironia.

Tive um romance arrebatador, daqueles que fazem você perder horas o admirando ou planejando um futuro para os dois porque ele lhe dar a certeza que será para sempre.
No entanto ô  deixei escapar por entre minhas mãos como se fosse água, meu marido ou melhor dizendo meu ex-marido era a personificação de um homem apaixonado tínhamos nossas diferenças como todo casal  mas viviamos uma vida feliz.

Mas como tudo tem um começo também tem um fim, a dor e a solidão me escolheu ao invés do amor.

Aos 28 anos viajei por inúmeros países escrevendo inúmeras histórias de romance e cada ano que se passa me faz querer voltar ao passado e reviver aquele amor novamente.

Seria possível!  termos uma segunda chance? ele jamais me perdoaria, nem eu me Perdoei, mesmo assim aqui estou eu arrumando minhas malas nesse quarto de pousada   pitoresco.

Ouço batidas na porta

— Laura posso entrar querida?

— Entre Susy

— Trouxe um presentinho para você

Suzy é uma senhora de  60 anos, bem conservada para sua idade, seus cabelos avermelhados na altura dos ombros, seus olhos verdes e sua pele clara e sua alegria contagiante.

  Ela e o esposo administra a pequena Pousada em uma cidadezinha perto da Itália, eles têm uma história e tanto, um amor que mesmo depois de quatro décadas separados e ainda assim na primeira oportunidade que se reencontraram se reenderam a esse sentimento avassalador " Quando se tem amor vale a pena lutar " palavras dela.

Será que tenho direito de lutar por esse amor mesmo eu sendo a pessoa errada que o abandonou.

— Cheguei com uma mala e sairei com mais de uma— Demos risada— obrigada eu amei

— Poderá dormir com o seu amado quando o reencontrar —

Ao decorrer da minha estadia contei um pouco da minha história.
A manta de  tecido macio e fofinho da cor branca e vermelha parecia antiga.

— Essa manta era da minha bisavó.

— Su, eu não posso aceitar

-— Aceite por favor — Insistiu colocando  em minhas mãos

— Passou de geração a geração, minha mãe dizia que ela era mágica, como eu não posso mais ter filhos e você tem uma história parecida com a minha e ainda é jovem, logo você e o Caio terão muitos bebês — sorriu —  e assim poderá repassar para eles.

— Eu acredito em superstições, só não sei se isso será possivel.

—Tenha um pouco de fé, tudo voltará ao seu devido lugar.

— Eu vou ter, obrigada Su— Recebi um abraço caloroso e apertado que me vez desejar ter minha mãe de volta. — Obrigada pela estadia e quando o livro for publicado você e o Josef serão meus convidados de honra.

— O prazer foi nosso de ter nossa história escrita por uma escritora renomada.

— Aí estão vocês! me perguntei o porque do silêncio — O senhor de cabelos brancos e olhos castanhos adentrou o quarto.

— Josef,  não é o melhor jeito de dizer que gostamos de conversar— Su reclamou 

— Sim minha bela—  Concordou dando um celinho— Laura já fazendo as malas?

— Eu tenho que dar um pouco de paz a vocês.

— Não digas isso, és uma boa companhia, esses meses foram um dos melhores.

— Ôh! fico agradecida Josef

De dentro do trem que me levará ao centro da Itália, com um leve aceno me despeço mais uma vez do casal de mãos dadas,  o que tornará a cena melancólica e linda ao mesmo tempo

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De dentro do trem que me levará ao centro da Itália, com um leve aceno me despeço mais uma vez do casal de mãos dadas,  o que tornará a cena melancólica e linda ao mesmo tempo.

Despedidas são dolorosas mas também significa recomeço e eu pretendo ter minha segunda chance, mesmo sabendo que será difícil e cruel com os nossos sentimentos.

Uma Segunda Chance Onde histórias criam vida. Descubra agora