Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.
desconhecido
Estávamos na sala de ultrassonografia, era estranho estar de novo nesse tipo de ambiente.
Da última vez que eu e a Laura estivemos aqui foi para receber a pior notícia de nossas vidas.— você está bem?— perguntei baixo para que só ela pudesse ouvir.
— quer que eu minta?— entrelacei nossas mãos como se aquele gesto lhe fose dar força.
— o bebê está se desenvolvendo bem.
— o médico explicava sem desviar o olhar da tela.— podemos ouvir o coração?
— sim, só um minuto.
O som que eu a Marshall ouvimos tantas vezes, tomou conta do ambiente. A Evelyn e a Laura choravam, as duas trocaram sorriso.
Achei que seria impossível! mas as mulheres se conectaram de uma forma diferente.
— Vocês ouviram? era o som mais lindo.— a mãe do meu filho dizia extasiada enquanto saímos do consultório.
— espera até estar mais audível.
— poderia ser melhor ainda?
— muito mais.— as duas conversavam como se fossem velhas amigas— você precisa se alimentar direito.
— eu estou tentando, mas os enjoos são terríveis— fez careta como se lembrasse de algo nojento.
— vou te passar uma receitinha, na época minha médica passou para resolver um pouco os enjoos.
— seria ótimo
— não comemore, só dá uma leve reduzida mas ajuda e muito — as duas falavam alegres.
— será que podemos passar em algum restaurante japonês?
— os desejos já começaram?
— Aparentemente sim.
— Caio!— minha esposa me olhou
— Por que não leva a Evelyn para comer alguma coisa— eu olhei sem entender.— vem conosco Laura — a Evelyn consistiu — Eu Tenho tantas dúvidas.
— Eu adoraria ir , Só que tenho que estar em um compromisso... agora.
— olhou o seu relógio de pulso.
— mas Poderíamos marcar de de ir às compras.— eu gostaria!
— certo! só não Coma muito peixe cru- ganhei um beijo terno — te amo
— também te amo, tem certeza disso?
— sim.
"Rivalidade", será que poderíamos viver de boa, sem brigas, sem olhares de raiva? a criança poderia nos conectar?.
É como se o instinto falasse mais alto.— para quem eu dedico?
— Morales.— terminava a dedicatória
— o Caio não deveria estar aqui?
— minha amiga perguntou.— Não nascemos grudados sabia!
— Sara
— Belo nome.
— é para minha mãe, ela está hospitalizada.
— eu sinto muito
— me obrigou a vim— sorri— Ela é uma grande fã.
— eu agradeço, diz que eu mandei melhoras para ela e que torcerei pela sua recuperação.
— obrigada.
— Mas respondendo à sua pergunta
— meus olhos voltaram para paula
— ele não veio porque pedi que ele levasse a Evelyn para comer sushi.— você ficou maluca?
— Talvez um pouco, mas eu confio nele.
— não devia confiar nela.
autografava a última.
— É , pode ser pode ser.
— você foi abduzida ou alienada de algum modo?
— hoje ouvimos o coração do bebê.
— e você ficou bem com isso
— era como se eu voltasse no tempo, aquele som que eu escutava todas as noites antes de dormir, mesmo que aquele aparelho não funcionasse bem, ainda assim era o melhor som, e quando choramos.
— espera, vocês choraram juntas?
— exclamou enciumada.— não fica assim, você continua minha melhor amiga.
— é bom mesmo, porque eu não quero ter que esconder um corpo.
— isso nem me assusta, mas enfim acho que podemos deixar a rivalidade um pouco de lado e focar no serzinho que está mudando nossas vidas.
— E você! resolveu dar uma chance ao Jordan?— estou tentada a isso.
— para de ser tão difícil, fala logo para ele o que você sente.
— e o que eu sinto?
— Toda vez que você ver ele, fica com cara de boba.
— certeza.
— sim, se quiser eu filmo para você.
— virei uma bobona apaixonada!
— a abracei de lado.— não é tão ruim assim ter alguém para compartilhar seu dia a dia.
— é para isso que eu tenho você— me fez rir.
— é diferente, a sensação de esperar o outro chegar, o sorriso se abrindo ao vê-lo adentrando o seu quarto ou quando você se aconchega naquele corpo quente nos dias frios e em todos os outros.
— já entendi, eu fico com essa cara de bobona como você acabou de ficar aí?.
— fica, dá uma chance a ele, deixa ele te mostrar que mudou.
25 de novembro, uma data um tanto assustadora.
Era às 10:00 da manhã e eu ainda estava deitada na cama olhando para o teto, como se desejasse que o dia virasse de um dia para o outro, não que resolveria muita coisa.— chega de ficar encarando o teto!
— o homem mais lindo se encosta no batente da porta chamando minha atenção.
— eu preciso que vá comigo em um lugar.— caminhou em minha direção.
— por favor, vamos virar essa páginabeijou minha testa.
— Tá bom, eu vou tomar um banho
— certo, vou fazer algo para você comer.
— estou sem fome.
— não vou forçar a nada.
eu tinha noção para onde ele queria me levar.
— eu posso fazer isso , eu consigo
— falava em frente ao espelho embaçado pelo vapor da água quente.ao sair de casa paramos em uma floricultura e compramos Tulipas branca.
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Uma Segunda Chance
Любовные романыDe um lado um homem cheio de ressentimento do outro uma mulher arrependida. Um ceo que decidiu seguir com a vida depois de ser abandonado. Uma escritora luta para reconquistar um ex amor. A perda da filha fez com que seguissem caminhos diferentes d...