Chapter 6 - Smooth operator.

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Após aquele dia caótico ao lado de uma das minhas bandas prediletas, da minha melhor amiga e das duas pessoas pela qual estou loucamente apaixonada, voltamos para casa dos pais dela.

— Olha só, parece que a lei da atração realmente existe. — disse Erika, deitada de barriga para baixo em sua cama, balançando as pernas enquanto enrolava os dedos entre seus cabelos cor de ouro.

— Não começa, vagabunda. — respondi, de maneira seca. Era aparente o quão vermelha eu estava ao citar sobre eles.

— Amiga, às vezes me pergunto o que há em você que faz as pessoas ficarem encantadas por ti... Talvez a sua falta de noção do perigo? — entre risos e sorrisos, olhou para o meu rosto que estava coberto entre o travesseiro em meio as minhas pernas, para esconder o vexame que passei naquele prédio.

— Amiga, eu não tenho culpa se às vezes você só tem uma oportunidade na vida. — bufei, enquanto olhava para a parede, com o olho brilhando de tanto segurar o choro. O nervosismo tomou conta da minha ansiedade, me fazendo desabar.

— Eu sempre quis vê-los, foi um sonho distante durante anos onde só podia vê-los na tela de uma televisão, do meu computador e do meu celular. É difícil lidar com tamanho estresse pela euforia de querer beijá-los e agarrá-los para nunca mais soltar. — soluçando, acabei botando essa emoção que tanto me angustiava pra fora, por poder compartilhar emoções e carícias com deles. Ser de épocas diferentes acaba fodendo sua mente, e ver que a oportunidade de uma vida inteira está diante dos meus olhos, me faz chorar.

— Hey... Não fique assim, eu só estava brincando... Até parece que se passaram mais de 10 anos desde que a banda existiu. — sarcástica, tentou quebrar o clima pesado. Mal sabia ela que palavras como essas me faziam querer gritar. Ela não sabe como é ter gostos presos no passado, numa época onde você nem sequer saiu da escola primária, até mesmo da creche.

— Se você soubesse.. — parando aos poucos o choro, sussurrei em meio aos meus próprios pensamentos. — Saber do que? Amiga, você tá meio estranha ultimamente.. parece até que você não é daqui. Será que de tanto ser uma "Alien" te abduziram? — curiosa e pensativa, questionou Erika.

— Ha ha ha, muito engraçadinha você... — enxugando minhas lágrimas, dou uma leve risada. — Se eu te contasse, capaz de me taxar de maluca ou perguntando se usei algum tipo de droga..

— Ah, que isso. Nisso eu já sei que você é maluca, não vejo problema nisso! — sorrindo inocentemente, olhou diretamente para os meus olhos, curiosa pelo que eu poderia dizer para ela.

— É complicado, não sei se é uma boa ideia.. — nem sequer consegui terminar a frase após levar uma travesseirada na cara. — Vaaamooos, conte, por favor! — fazendo seu olhar de cachorro abandonado, tentou ganhar a minha confiança. Falhou miseravelmente.

— Não, não tô me sentindo bem pra contar sobre isso agora. Você nem sabe o que rolou hoje... — perdendo totalmente a sua postura, levantou Erika me olhando diretamente olho no olho, preocupada com o que aconteceu hoje no encontro com os meninos.

— Fizeram alguma coisa contigo???? Me diz, alguém te machucou ou algum velho pedófilo te abusou no meio da multidão..?

Só faltou tremer de nervoso, de tão ansiosa que ela estava de contar a situação constrangedora que passei.

— Nada a ver, não se preocupa com esse assunto. — acariciando sua cabeça, sorri gentilmente com a postura mais calma e serena, demonstrando confiança para que situações assim jamais acontecessem. — É sobre...

Interrompida novamente, Erika gritou.

— O TOM????? — Com as mãos em sua boca.

— Eh... Deixa eu terminar de falar, por favor? — cocei a minha bochecha, enquanto continha a vontade de rir.

Twisted Desires - A Tom and Bill Fanfic.Onde histórias criam vida. Descubra agora