"Merda." Chay sussurra baixinho assim que eles abrem a porta da casa.
Hia está sentado à mesa da cozinha, com um cigarro apagado entre os dedos, batendo impacientemente no tampo da mesa. Todas as janelas da casa foram abertas, deixando entrar uma brisa fresca pela qual Chay agradece. A casa ainda está saturada de... bem, deles.
Hia não está sorrindo. O que já é bastante alarmante. Ele também não está olhando nos olhos de Chay e, em vez disso, está olhando para suas mãos unidas, e para a camisa enorme que Chay está vestindo, que obviamente não é dele.
Ele quer correr e dar um abraço em Hia, mas pela primeira vez em sua vida, ele não tem certeza de como seria recebido.
"Chay, venha aqui." Hia diz friamente.
A falta de calor em seu tom faz Chay se aproximar de Kim, o que faz com que Hia estreite ainda mais os olhos. "Chay, venha aqui." Hia repete.
A mão de Kim aperta a de Chay de forma tranquilizadora enquanto ele balança a cabeça lentamente.
"Por que não nos sentamos e conversamos sobre isso?" P'Kinn sugere.
"Por que você não fica fora disso?" Kim se vira para dizer, previsivelmente irritando os dois irmãos.
Há um aumento tão grande de feromônios alfa no cômodo que Chay precisa se apoiar em Kim apenas para se manter são.
De alguma forma, Chay convence todos eles a se sentarem na mesa da cozinha, que não é grande o suficiente para abrigar todos esses egos alfa. Chay age como uma zona de neutralidade entre seu irmão e Kim. "Você pode nos contar sobre o que está acontecendo em casa?" Chay pergunta, tentando quebrar o silêncio tenso.
"Tem sido difícil." P'Kinn começa a dizer, atualizando-os sobre os principais eventos que estão acontecendo na cidade enquanto eles estão fora.
Embora Chay não reconheça muitos dos nomes mencionados, Kim está ouvindo atentamente. Chay pode dizer pela ligeira curvatura de sua boca que não é a notícia que ele queria ouvir.
"E o pai?" Kim pergunta.
"Estável." P'Kinn responde. "Ele ficou no hospital por um tempo, mas agora está de volta em casa. Os médicos dizem que ele deveria ir com calma, diminuir as horas de trabalho e as fontes de estresse."
Kim faz uma pausa prolongada para responder, um raro lapso de incerteza. "Ele transferiu mais responsabilidade para você?" Ele pergunta a P'Kinn, que acena com a cabeça.
"Infelizmente sim. Está demorando mais do que esperávamos para limpar a casa." Diz P'Kinn. "Pa tem muitos velhos aliados dentro de nossas redes. Como você sabe, politicamente é... desafiador para mim sair por aí e começar a questionar a lealdade das pessoas."
"Isso é porque você tem esse desejo irreal de ser querido por todos." Kim revira os olhos, incitando protestos altos dos outros dois alfas na mesa. "O quê, você se lembrou de nós agora que precisa de alguém para entrar e bancar o vilão?"
Chay duvida que seus irmãos os deixaram aqui por tanto tempo de propósito. Faz sentido para Kim voltar e assumir a tarefa impopular. Esse sempre foi o papel dele na família, não é? O executor nas sombras?
"Precisamos que você volte e faça o que faz de melhor." P'Kinn admite. "Estou bastante ocupado com as operações diárias do negócio. Preciso que você elimine as cobras."
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(KimChay) Este Jogo Que Jogamos
FanfictionQual é a sensação de ser o meio-irmão secreto de um dos chefes da máfia mais proeminentes de Bangkok? Bem, isso não afeta o dia a dia de Chay. Até o dia em que seu irmão chega em casa com o coração partido. Chay acha que Hia teve seu coração partido...