Ocorre a Chay que, quando Hia o chama de mimado e dramático, ele pode ter razão.
Há uma sensação inegável de poder que canta sob sua pele quando ele tem toda a delegacia andando em ovos ao seu redor. Ele se pergunta se é assim que Hia ou Kim se sentem quando sabem, sem dúvida, que comandam a sala.
Talvez haja, apenas talvez, uma pequena parte dele que queira ver até onde ele pode ir.
Olha, ele nunca fingiu que era perfeito.
É um comportamento de busca de atenção? Talvez. O que é mais importante é que ele mostre o que veio fazer aqui. Que as pessoas não podem ditar o que acontece com ele sem consequências.
Os policiais ficam mais agitados a cada segundo que passa.
Bom.
Tentam oferecer-lhe chá, comida, um assento mais confortável. Chay recusa tudo em favor da espera.
Ele não precisa esperar muito.
A cavalaria, quando chega, é mais um ruído sussurrado do que uma marcha ruidosa. Guarda-costas regimentados em ternos imaculados assumem a estação, trancando as portas e cercando os policiais.
É a compostura silenciosa que assusta a todos, mais do que se eles viessem carregando armas. É o suspense que acompanha o silêncio, o desconhecido.
Chay permanece sentado e considera as opções de jantar. Talvez ele possa convencer Kim a tirar a noite de folga e passar algum tempo ininterrupto com ele.
Kim entra na delegacia em um terno impecavelmente cortado, confiante e mortal.
"K'Kim." O diretor que tentou varrer a situação para debaixo do tapete antes sai correndo e se curva em uma saudação, que Kim ignora para marchar em direção a Chay com um propósito singular.
Seu rosto está neutro quando ele se aproxima, apenas Chay pode ver a tempestade de emoções em seus olhos. A única demonstração externa de preocupação é a mão que ele pressiona contra a nuca de Chay, aproximando suas testas antes de soltá-lo.
"P'Kim," Chay se permite encostar no braço de Kim. "Este é o homem que me prendeu."
Prisão é um pouco de exagero. Chay escolheu vir, um fato que ele tem certeza de que já foi divulgado. O que pode ser a única razão pela qual Kim não entrou no local com armas.
"Sob qual acusação?" P'Kim se vira para perguntar ao oficial, que parece ter perdido a bravata que era tão comum antes.
"Bem." O policial estufa o peito, apesar dos gestos de seu diretor aconselhando-o a se retirar. "O carro que ele dirigia se envolveu em um incidente suspeito em um de nossos casos. Precisávamos fazer algumas perguntas a ele. É uma parte perfeitamente normal da investigação..."
Ele não consegue terminar de descrever o processo de investigação antes de P'Kim acenar para um guarda-costas, que acerta o rosto do policial com um soco rápido.
"Você não tem coragem de me investigar completamente, então você se arrisca em um alvo fácil, certo?"
Kim pergunta, mas ele não dá espaço para uma resposta. "Parece o trabalho de um policial preguiçoso."Então, em um movimento que Chay não teria previsto, o policial pega sua arma. É corajoso e incrivelmente idiota. Ele mal põe as mãos no coldre antes que os guarda-costas corram até ele e o derrubem completamente, os braços torcidos dolorosamente atrás das costas.
"Você não pode fazer isso!" O oficial protesta em voz alta, mesmo quando os guarda-costas de Kim esmagam seu rosto contra o chão. "Eu sou um oficial da lei! Eu trabalho para proteger a segurança pública! Você não pode se safar dessa para sempre!"
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(KimChay) Este Jogo Que Jogamos
FanfictionQual é a sensação de ser o meio-irmão secreto de um dos chefes da máfia mais proeminentes de Bangkok? Bem, isso não afeta o dia a dia de Chay. Até o dia em que seu irmão chega em casa com o coração partido. Chay acha que Hia teve seu coração partido...