Capítulo 11

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"Hia." Chay respira, sacudindo em estado de choque.

Porsche se empurra contra o carro no qual está encostado, jogando o cigarro no chão e esmagando-o com o pé. "O que é que você fez?"

Merda. Por um segundo, Chay realmente pensou que tinha escapado impune. Que ele poderia voltar para seu condomínio e estar de volta ao campus na segunda de manhã, matricular-se no próximo semestre e Hia não saberia de nada.

“Hia!” Chay pula para frente e joga os braços em volta de Porsche, enterrando o rosto no peito do irmão. Apesar de saber que está em um mundo de problemas, Chay ainda anseia pela proximidade da família depois de passar tanto tempo longe.

Os braços o envolvem eventualmente, esfregando brevemente suas costas em um movimento calmante antes de Hia se afastar. Ele está encarando, o que não pode ser um bom sinal. “Por que recebi uma ligação de um dos meus homens dizendo que eles realizaram com sucesso a operação em Bangna, quando não me lembro de ter dado as ordens?”

Certo, ele pode falar sobre isso. Hia o ama, Hia passou anos mimando-o e dando a Chay tudo o que ele queria. “Sinto muito por faltar à universidade.” Chay tenta, querendo agarrar o braço de Hia.

Pela primeira vez na memória de Chay, Hia recusa o contato físico dele. Franzindo o nariz, Hia cruza os braços e dá um passo para trás. “Você quer falar sobre por que você fede a alfa? Ou você quer falar sobre por que você quase quebrou uma trégua de décadas e começou uma guerra territorial?"

Não. Ele não quer falar sobre nenhuma das duas coisas. 

"Senti a sua falta." Chay diz. E não é apenas para tentar dissipar a raiva de Hia.

“Entre no carro.” Hia abre a porta do passageiro, seu tom não deixando espaço para discussão.

Chay entra e cruza as mãos no colo, olhando nervosamente para Hia durante a viagem. O incêndio no armazém talvez ele pudesse explicar. O fato de ele ainda estar saturado com o cheiro de Kim? Qual a probabilidade de Hia aceitar a explicação de que ele fugiu para ficar com um namorado, mas desde então voltou a si e nunca mais fará nada tão estúpido?

"Espere, para onde estamos indo?" Chay pergunta quando eles passam pela saída de seu condomínio.

“Casa segura. Desligue o telefone." Hia diz, com o maxilar cerrado. “Você percebe que metade da cidade está procurando o 'mentor' por trás do incidente em Bangna? Você sabe qual família você acabou de antagonizar? Usando meus homens?"

Chay definitivamente sabe que família. Especificamente os escolheu, de fato. Mas Hia provavelmente não ficará muito feliz em saber disso. Eles dirigem até deixarem as luzes brilhantes da cidade, parando em uma rua tranquila.

“Isso é realmente necessário? Eu posso me esconder nos dormitórios por…” Chay sabiamente se cala quando vê o olhar furioso no rosto de Hia.

Os móveis da casa estão cobertos por lençóis, claramente vazios há muito tempo e não preparados para os habitantes. Hia entrega uma mochila enquanto eles se sentam no sofá empoeirado. Pelo menos as luzes ainda funcionam.

"Estou tão perto de colocá-lo em um avião e mandá-lo para fora do país." Hia diz, parecendo precisar de uma bebida.

"Eu sinto muito." Chay pede desculpas. Não pelo que ele fez, mas porque parece ter causado a Hia muito mais problemas do que o previsto.

(KimChay) Este Jogo Que JogamosOnde histórias criam vida. Descubra agora