(KimChay) Este Jogo Que Jogamos

Capítulo 27

“Ok, então eles trabalham na Bulgária. E nós não gostamos deles porque?” Chay ergue os olhos do fichário em que está estudando.

“Porque eles tentaram nos enganar uma vez e depois se recusaram a admitir que fizeram algo obscuro.” 
Diz Kim. “Essa família também está instável desde que o tio-avô assumiu as operações, mas vamos mantê-los em nossa lista de contatos para ver onde a liderança termina. Se a irmã alfa mais nova conseguir assumir, podemos considerar uma nova parceria. Ela mostra promessa."

Assentindo, Chay faz anotações nas margens antes de virar para uma nova página e repetir o processo, lendo o histórico por conta própria e pedindo detalhes adicionais a Kim. 
Personagens e conexões, disse Kim, são a parte mais importante de sua educação. Chay passa a maioria das noites em casa, sentado ao lado de Kim em seu escritório doméstico, estudando sozinho com Kim por perto, caso precise de uma consulta.

A enorme quantidade de informações faz sua cabeça girar. Mesmo que Kim repetidamente garanta a ele que não há prazo para memorizar tudo. É natural demorar um pouco para recuperar o atraso, quando o resto deles teve a vida inteira para aprender a navegar nesses relacionamentos complexos. Mas Chay não quer ir devagar, não quer demorar para se ajustar devagar. Ele já se sente tão atrasado e odeia ser a pessoa com menos conhecimento na sala.

Entre seus trabalhos universitários regulares e seus estudos adicionais, Chay costuma ser aquele que ainda está em seu laptop até tarde da noite. Mais de uma vez, Kim é quem termina seu trabalho primeiro, gentilmente guiando Chay para longe da mesa para evitar que ele fique acordado até tarde.

“Por que você não revisa o fichário doméstico novamente antes de passar para o internacional?” Kim sugere. 
“Você pode achar o conhecimento útil neste fim de semana.”

"Este fim de semana?" Olhando por cima de suas anotações, Chay olha para Kim com curiosidade. Uma oportunidade de colocar seu conhecimento em uso? Hia sempre fez o possível para manter Chay longe de seu trabalho que ainda surpreende Chay quando ele é permitido, até mesmo encorajado a participar ativamente.

“Há um jantar de caridade, se você estiver interessado.” Kim diz, puxando uma página da web em seu próprio computador para Chay olhar. “Para uma das bolsas, nossa família financia por meio de uma de nossas fundações. É uma multidão mista, bolsistas, mídia, empresas locais e alguns de nossos parceiros.”

Fácil para Chay mergulhar os dedos dos pés.

"Parece muito... público." Chay pondera sobre isso.

Eles não estão escondendo seu relacionamento, não exatamente. Mas para alguém da posição de Kim, eles certamente pularam os anúncios e recepções oficiais que seriam esperados. Ele suspeita que a cerimônia de união terá que ser um assunto completo, o que pode ser parte da razão pela qual ele continua adiando falar sobre isso.

“Sim, espero que haja muitas fotos.” Kim diz, pegando a mão de Chay e puxando-o para fora de sua cadeira. “Gostaria de apresentá-lo a algumas pessoas.”

"Apresentar-me como?" Chay acaba caindo no colo de Kim, a cabeça apoiada em um ombro com os braços do alfa em volta dele.

“Como meu futuro companheiro de vínculo.” Kim diz sem hesitar, esfregando o polegar no osso ilíaco de Chay.

Ele sempre se irritou com a ideia de ser conhecido como pertencente a um alfa. De ser conhecido como pertencente a alguém e não à sua própria pessoa. Mas ao ouvir Kim dizer isso, ele acha que não se importaria de Kim se apresentar como o alfa de Chay. Ele gosta, até, da ideia de que as pessoas saibam que esse alfa está comprometido e que eles pertencem um ao outro.