6. A primeira entrevista.

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Eu acordei com a luz do sol entrando pelas persianas que estavam se abrindo automaticamente, olhei para o lado e estava sozinho na cama. Eu tinha consciência do que tinha feito na noite passada, mas não sabia a razão que me levou a fazer, será que posso culpar o vinho? Vou culpar o vinho.

Já no meu quarto, tomei um banho e sai em busca de algo para comer. A casa estava um completo silencio, não tinha ninguém. Era normal para um domingo. Procurei o Bible e não o encontrei em lugar nenhum, mas na mesa tinha comida pronta. Meu telefone então tocou e eu atendi.

- Como assim você foi embora do seu apartamento, está morando com um ator famoso e namorando com ele? Era o Tong, meu melhor amigo.

- Eu esqueci completamente de te contar, eu me casei. Falei rindo. - É uma longa história.

- Eu tenho tempo. Eu gastei um tempo contando tudo a ele, sabia que ele nunca contaria para ninguém, eu confiava nele totalmente.

Conversamos por mais algum tempo e assim que eu desliguei meu telefone tocou novamente.

- Eu já contei tudo que tinha para contar, você não vai conseguir mais nada de mim. Atendi o telefone achando que era o Tong.

- Mas você ainda não me contou nada.

- Quem é?

- Achei que reconheceria minha voz. É o Jeff. Eu sabia que conhecia aquela voz, mas não queria errar novamente.

- Ui desculpa, eu achei que era meu amigo, eu acabei de desligar com ele.

- Tudo bem, o que você vai fazer hoje? Queria te chamar para conhecer meu estúdio.

- Eu estou sem carro e acredito que o Bible saiu com o motorista.

- Eu vou te buscar, em uma hora eu chego aí.

Ele desligou e eu fui me arrumar, menos de uma hora eu ouvi o barulho do carro chegando no portão, então fui ao encontro dele.

- Oi Build. Ele me cumprimentou assim que eu entrei no carro.

- Oi Jeff, boa tarde.

Fomos conversando sobre música, ele me perguntou sobre a adaptação a nova vida e me deu algumas dicas para lidar com os fotógrafos. Não demorou muito até que chegássemos ao seu estúdio, era muito bonito e bem equipado.

- Que bonito. Eu elogiei assim que entrei.

- Eu ou o estúdio? Ele falou rindo.

- O estúdio. Eu estava examinando cada canto daquele lugar, admirado pela sua beleza, os instrumentos e tudo que tinha ali.

- Eu posso? Perguntei a ele assim que vi um teclado encostado no canto da sala.

- Claro. Eu comecei a tocar.

- Você é muito bom.

- Meu pai me ensinou quando eu era pequeno, hoje sempre que toco lembro dele.

Ficamos por ali conversando e tocando alguns instrumentos. Ele me mostrou um pedaço da música nova que estava escrevendo e não vimos a hora passar, quando eu me dei conta já era tarde da noite, procurei meu celular para ver se tinha perdido alguma ligação, mas ele estava descarregado.

- Eu não vi a hora passar, você pode por favor me levar de volta? Eu pedi.

- Claro.

O SOM DO AMOR - BIBLEBUILD.Onde histórias criam vida. Descubra agora