18 - Yakuza

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VEGAS

Acordei com meu celular tocando, eu nem consegui abrir meus olhos direitos, meu corpo estava pesado, foi quando as memórias da noite anterior vieram a minha mente, abrir meus olhos ansiosamente agora, verificando a veracidade daquele peso sobre meu corpo.

Eu quis chorar, um Yakuza pode chorar? Nunca me dei esse direito, de sentir de mais, ou demonstrar alguma fraqueza, mas dês do dia em que conheci Pete, ele me tirou dos trilhos do meu destino, ele me tirava tanto do sério ao ponto de me deixar obcecado. Respirei aliviado por um tempo, eu sei que o que tivemos ontem, foi no calor do momento, eu conheço meu Ômega, que assim que despertar vai sair fugido desse quarto, e eu terei que persuadi-lo muitas mais vezes, mas eu não ligo, eu estou disposto a tudo por Pete.

Afastei seu cabelo que caia sobre seu rosto, e beijei o topo da sua cabeça, ele parecia tão fofo assim, frágil e entregue a mim, nunca ninguém dirá que ele é um Ômega mortal, dominador e frio, mas eu conhecia todos os lados desse homem, eu venho o observando não de muito longe há muito tempo, e vê-lo em meus braços, parecem irreal. 

Novamente meu celular tocou, eu o peguei e me incomodei com a claridade da tela, eu não fazia ideia de que horas eram, o quarto estava completamente escuro...


NOP: Sensei, os filhos estão em casa.

Vegas: Ok...

Vegas: Nop, Macau está no quarto?

-NOP: Hi, sensei.


Eu precisava conversar com ele sem Pete por perto, eu precisava saber quem era o filho da puta que o iludiu, se era um amor mútuo eu podia aceitar, mas Macau estava grávido e ele o deixou só, e isso eu não posso deixar passar. Ainda estou tentando pensar na melhor solução, em como lidar com os outros líderes.


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As vezes eu esqueço como eles são silenciosos, mas pelo barulho eles estavam anunciando que estavam de volta. Eu os chamo de filhos, porque cada vida ali me deve um favor, e eles me seguem porque acreditam na minha liderança, eu os treinei pessoalmente, eu dei a eles uma chance de viver, e eles fazem da vida deles a minha.

Nem Nop sabia o passado deles, cada um ganhou um nome novo, e não tinha contato com o mundo externo, apenas o clã estava em sua lista, eles podiam viver uma vida falsa, mas era a mim que eles deviam lealdade, ao seu líder a quem eles tinham que estar disponíveis, isso pode parecer cruel, mas cada um deles ali me traiu da pior maneira, e eu poderia ter ceifado suas gerações, seus pais, seus filhos, e os torturados para sempre, mas eu aceitei cada perdão, cada entrega a mim, e os mostrei um outro caminho, ainda teria dor, anda teria morte, mas agora eles teriam motivos para fazer o que eles sabem fazer de melhor.

YAKUZA - VEGASPETEOnde histórias criam vida. Descubra agora