51 - Yakuza

317 50 19
                                    


VEGAS

Cada soco que eu dava no traidor a minha frente eu lembrava do passado. Eu vivi em isolamento distante de tudo e de todos no Japão minha vida toda, até o dia em que decidi parar, e deixar meu poder para algum outro sucessor, então os líderes das províncias me deram cinco anos para viver uma vida normal, como um ser humano normal, eu nunca deixei de ser o líder da máfia.

Mesmo morando nos estados unidos, eu lidava com drogas, e subornos, Kinn também viu uma oportunidade para fugir do que os velhos tinham decidido para nossas vidas.

Outro maldito soco, e ainda me lembro da voz de Kinn no telefone me dizendo que queria desistir de tudo, mas que nunca conseguiria, então a faculdade foi um caminho quase livre desse destino de merda. Posso dizer com toda certeza de que assim que bati os olhos em Pete eu fiquei desesperado, porque minha parte animal, meu lobo, disse "nosso", algo que ele nunca tinha feito, eu ignorei isso em minha mente, até aquele dia no bar.

Onde eu vi a rebeldia de um guarda-costas totalmente entediando vendo seu chefe se divertir, ele não se intimidou comigo, enquanto as pessoas evitavam ficar muito perto, Pete estava lá dizendo sempre demais com sua boca.

Quando o tomei no quarto, ele estava entregue, nunca me importei se alguém estava bêbado ou não, eu nunca fui um cara de dormir com muitas pessoas, eu tenho minhas necessidades de alfa, e era forçado a fazer negócios, mas com Pete foi uma necessidade, fiquei obcecado com seu jeito de encarar meus olhos sem medo.

Nunca deixei ninguém dormir no meu peito, ou beijar minha boca da forma que ele fez, do abraço que ele me deu, nunca ninguém teve permissão de me tocar, mas lá estava eu deixando Pete me arranhar inteiro, morder cada parte minha, enquanto gemia meu nome.

Quando despertei e vi sangue nos lençóis, achei que tinha sido violento, e eu fui, mas ele nunca disse para parar, nem uma das vezes que fizemos sexo aquele dia. Mas assim que cheirei seus feromônios, eu entendi que ele era virgem, meu lobo dentro de mim, uivava feliz, como se tivesse dado a ele o que ele tanto queria. Foi quando entendi que Pete não seria qualquer um na minha vida.

Olhei para minhas mãos cheias de sangue agora, e fiquei irritado, o único sangue pelo qual amei ver, foi o que saia da bunda de Pete aquele dia, foi ali que ele levou meu coração e todo meu destino.


-Eu não tenho pressa, Big.

-BASTARDO, EU NÃO DIREI NADA!

-Você sempre foi fiel a mim, amigo de Pete, me diga o pau do meu pai dentro de você é tão bom assim?


Ele cuspiu em mim, então cortei mais um de seus dedos. Ele não era o único traidor, mas eu já estava sem paciência, Pete sumiu e um ano depois minha mãe desapareceu por completo, eu respeitei a decisão de Pete, porque ele me fez prometer que eu respeitaria o que ele escolheu para vida dela, por isso fiquei tocando minha vida, como ele disse que eu deveria fazer.

Tráfico de armas, drogas, cassinos, isso leva tempo, isso levou toda minha sanidade, que quase perdi o amor dos meus filhos.

Olhei para Big que ainda sorria, me fazendo lembrar do dia em que entrei da mansão da família maior pela porta da frente. Porsche ainda estava lá, com Prapai, mas tinha lagrimas nos olhos, e não comia direito a dias.

Kinn Parecia um louco, Tawan estava ao seu lado, Kron do outro, e Chan atrás, não dava dois passos longe do velhote. Como consegui matar quase todos quele dia? Simples, uma refeição bem-feita, para os guardas, enquanto marquei uma reunião para o dia seguinte, ninguém morreria logo, mas o veneno entraria lentamente no corpo de cada um, os fazendo perdes os sentidos, sofrendo com febre e desidratação.

YAKUZA - VEGASPETEOnde histórias criam vida. Descubra agora