28 - Yakuza

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PETE

Estamos prontos para ir embora, eu estava do lado de fora fumando um cigarro habitual, enquanto Kinn resolvia alguma coisa, seu pai estava esfregando na cara seu novo namorado, o velho mais hetero e preconceituoso da Tailândia, aceitava os filhos gay, mas sempre forçava Kinn a ir a encontros com alguma herdeira, o pai de Vegas não era diferente, o que me levou a jogar a bituca de cigarro longe, e desejar que essa ação fizesse aquele gramado pegar fogo.

Olhei meu celular tem algumas ligações de Vegas, mas nem uma mensagem, Nop me atualizando sobre Macau, e que Vegas estava em movimento e tinha acabado de sair de uma reunião com os líderes das províncias, mas não foi específico, sobre o assunto. Era tão difícil ele admitir que errou? Pedir desculpas, e vir atrás de mim? Eu sei, ele tem afazeres, ele tem que liderar a máfia Japonesa, mas eu preciso saber que realmente é isso que ele quer, ele me manteve no escuro por muito tempo.

Uma das coisas que eu não suporto é mentira, eu fui criado em um sistema rígido, minha mente sempre pensa no certo, e todas as vezes em que eu fiz algo errado, como usar drogas, beber demais e perder minha virgindade com um dos maiores mafiosos da asia, eu me punia todos os dias, não fisicamente, mas meu psicológico era fodido, por mais que eu soubesse o quanto sou bom em tudo que eu faço, minha insegurança é gritante, tenho ataques de pânicos corriqueiros, as mãos andam tremendo, e para um assinado como eu isso era imperdoável, ter algo fora do controle, e ter a mente com medo. 

Sem contar dos sonhos corriqueiros sobre aquela época em que fiquei preso pelo meu pai, eu ainda via os olhos daqueles homens sobre mim, eu sou bom em disfarçar, mas estava cansado, eu só quero uma confirmação, aquele alfa era meu, só meu e de mais ninguém, mas aquele beijo roubado estava na minha mente rolando, cocei minhas têmporas, minha cabeça começou a doer novamente, eu só quero ir embora e ficar sozinho um tempo, sem precisar forçar um sorriso, ou que estava bem.


-Você pensa demais irmão.


Eu ergui minha cabeça, e encarei a única pessoa que eu não queria agora, meu irmão. Ele tinha o mesmo sorriso de pá no rosto, aqueles olhos firmes, e a voz grossa, nem dava para dizer que ele era um Ômega, se não fosse seu corpo magro e delicado, mas eu sei bem que de delicado Sunn não tem nada.

Eu o encarei sem dizer nada, o que eu iria dizer? Vim de outra pais para destruir seja lá que plano pá esteja envolvido? Pouco me importa que ele durma com aquele velho, ele é um Ômega, o que ele faz com o corpo dele é problema dele, mas isso também me deixa puto, antes de Vegas eu não tive nem uma relação homoafetiva, eu tinha que me manter virgem, uma moeda de troca, mas Sunn era livre, ele foi para escola que quis, faz a faculdade sem julgamento, vive se expondo sem pudor, já eu? Fui vendido por alguns Bath, porque não era mais virgem.


-O que faz aqui irmão, no meio de tantos mafiosos, está acompanhando Kinn ou veio em nome daquele que não se deve falar? – Sunn sabia sobre Vegas, e isso realmente me tirou do estado neutro em que estava.

-Não tente jogar comigo Sunn, não pense que sabe algo sobre mim.

-Somos irmãos, deveríamos sentar todos os dias junto no jantar, e eu apenas sei umas fofocas aqui e ali.

-O que você quer?

-De você eu não quero nada, apenas fique longe dos meus negócios, é a única coisa que vou te dizer, como irmão.

-Está me ameaçando? Vai usar Saito contra mim? E para de me chamar de irmão, posso ser filho daquele velho, mas não ache que somos da mesma laia.

-Estamos do mesmo lado phi, acredite você ou não.

YAKUZA - VEGASPETEOnde histórias criam vida. Descubra agora