55 - Yakuza

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PETE

Eu pensei que finalmente eu teria aquele alfa em meus braços, mas o destino continua teimoso comigo, aquela noite, as crianças subiram na minha cama, eles acharam que eu estava dormindo, mas eu só estava pensando em como sair do quarto, e em como esbarrar com aquele alfa gostoso.


-Ele está tão magro...

-Papa continua bonito, gostei do cabelo curto, meio tigela, fofo...

-Ele parece mais novo ainda, será que... Paki espera...

-Eu vou me deitar, ele nem vai perceber, papa sempre teve o sono pesado.


Eu senti a cama que era enorme, começar a ficar apertada, eu não precisava abrir os olhos, para saber quem era quem ali, minha menina estava da minha frente, e o irmão gêmeo atrás dela, e meu mais velho nas minhas costas abraçando minha cintura, os três continuavam a cochichar, e eu tive que rir.


-Papa você está acordado...

-Eu estava dormindo, mas vocês não para de falar...

-Desculpe papa, vamos embora. – Venice foi o primeiro a se mexer, mas eu puxei seu braço, toda a solidão que eu senti nesses anos, estavam preenchidas por eles agora, eu nunca conseguia dormir tranquilamente, sempre com sonhos confusos, e a mente em branco, mas agora eu reconheço seus cheiros, seus tons de voz, e mesmo sem lembrar eu sei a personalidade de cada um.

-Não gosto de dormir sozinho, vão me deixar aqui, tem certeza?

-Viu bobão, papa não mudou nadinha.


Paki me abraçou mais fortemente, eu deveria repreender ela por chamar o irmão daquela forma, mas nem um dos meninos retrucou, eles são crianças e sofreram muito mais que eu. Viver sem memoria é horrível, mas não consigo imaginar como eles se sentiram quando eu sumi, quando eles leram a carta, pensaram que eu os abandonei?

Meu coração bateu mais forte ainda, por que aquela mulher que já não consigo mais chamar de mãe fez isso comigo? Ela tem tudo, por que ela me odiava tanto?

Nem vi quando adormeci, mas no meio da madrugada, eu senti uma mão afastar meu cabelo da testa, e arrumar a coberta, novamente não precisei abrir os olhos, seu aroma, seu toque eram tudo que eu queria, Vegas Saito.


- Descanse enquanto pode meu amor, quando voltarmos para casa, você não vai sair do quarto por um mês.


O toque delicado nos seus lábios, na minha bochecha, quase tirou toda a minha sanidade mental, mas logo aquele peso na cama foi embora, e eu seu aroma indicava que ele já tinha ido. Por Buda, pela primeira vez eu fiquei com medo, eu sei que não sou virgem, estou abraçando meus filhos, mas eu não me lembro de fazer sexo, e eu nem preciso pensar muito, Vegas Saito é o líder da Yakuza, porra, ele deve foder como um animal, tive que apertar meus olhos mais firmemente para poder voltar a dormir, meu corpo estava pegando fogo, e toda essa ansiedade estava me deixando enjoado.


-Papa, você está bem?


Eu não consegui responder, meu corpo estava estranho, eu abri meus olhos estava de dia agora, pelo visto amanheceu, eu levantei correndo direto para o banheiro vomitando, e novamente meu corpo tremia, isso vem acontecendo tem uns dias, eu acabei de recuperar minha família, não vou morrer agora.

YAKUZA - VEGASPETEOnde histórias criam vida. Descubra agora