ZORO X SANJI _ A Vᥱrdᥲdᥱιrᥲ Nᥲtᥙrᥱzᥲ D᥆ Prίᥒᥴιρᥱ Tιrᥲᥒ᥆

~Páginas Soltas ~

--- Pai, o que o Sanji tem afinal? --- Reiju embaralhava as cartas antes de distribui-lás ao pai .

--- Ele tem uma doença, que o deixa mais fraco a cada dia --- Jugde pegava as cartas agora analisando-às

--- Hmm , isso é estranho. O Sanji não parece nada fraco pra mim.

--- Bem , ele está tomando todos os remédios necessários.

" Eu nem sei que tipo de droga eles estão me fazendo tomar ... "

--- Pai, a quantidade de remédios que o Sanji toma não é normal, eu poderia ao menos confe--- é interrompida.

--- Não se intrometa em assuntos que não lhe dizem respeito Reiju. --- Jugde ainda ajeitava suas cartas em mãos.

Reiju só tinha a certeza de que as coisas estavam estranhas, decidiu que procuraria por conta própria, o motivo da tal " doença " de Sanji.

--- Sabe pai... Uma curiosidade sobre o poker, é que quando se cria uma distração você deixa seu oponente com a guarda baixa... Aí ele morre. O senhor estava tão focado em desviar meu interesse sobre a suposta doença do meu irmão, que nem percebeu que já havia perdido --- Reiju encarou o pai com um sorriso malicioso, e seu olhar fez o interior do rei temer, depositando suas cartas na mesa --- Royal Flush --- disse por fim.

Judge ficou impressionado com a habilidade da filha, e com um certo medo do olhar que havia recebido. Em seus mais profundos pensamentos, agradecia por não ter Reiju como uma inimiga.

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Do outro lado do castelo Zoro tentava convencer Sanji, a sair de seu quarto para ir até o consultório de Law.

--- Isso é totalmente desnecessário, acredite em mim Zoro. Meu médico disse que é uma doença muscular, não tem cura .

--- E se o seu médico estiver errado? Deixe o Law te examinar! --- Zoro estava perdendo a paciência com a teimosia do príncipe.

--- E porquê você se importa afinal? --- Sanji soltou e Zoro ficou estático. Nunca havia pensado à fundo. Por que se importava tanto?

--- Oras, eu sou seu guarda pessoal --- inventou uma desculpa, não totalmente mentirosa--- Meu dever é te proteger, não?

--- Sim, mas---

---Sem mas! --- tentou ser mais autoritário --- Eu realmente acho que você devia ir --- balbuciou.

--- Zoro...Você só quer que eu faça um exame, né?

--- Sim vossa alteza--- Zoro se pôs sobre os pés de Sanji em uma reverência --- Um exame e nada mais.

--- Levante-se --- ordenou--- Farei isso, mas quero que saiba que o resultado pode ser o mesmo. Não fique mal por mim, eu já aceitei a minha condição de saúde --- o príncipe deu um sorriso largo para Zoro, um sorriso bonito que de alguma forma fazia o esverdeado contradizer à tudo que já havia dito sobre o mesmo.

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Após ser deixada sozinha na sala do trono, onde anteriormente jogava com o rei, Reiju se locomoveu até os aposentos de seu pai. Desde a morte de sua mãe, nunca mais havia entrado lá. Trazia lembranças a ela.

A princesa se lembrava da mãe deitada em seu leito de morte, onde viveu seus últimos dias... Lembrava-se também, de situações anteriores, quando era pequena e sentia medo dos dias chuvosos, e dormia envolto aos braços dela.

Sentiu uma lágrima escorrer, mas a limpou imediatamente, não estava lá para lembranças. Precisava encontrar alguma coisa que pudesse dizer respeito à saúde do irmão.

Revirou o guarda roupas, a estante de livros, cômodas, baús e até debaixo da cama do rei , não havia nada que lhe fosse útil, concluiu que ficar ali seria inútil, decidiu que a biblioteca poderia ser de mais ajuda, se dirigiu até lá, mas seria impossível que encontra-se alguma coisa sozinha.

Era uma biblioteca enorme, com mais de 30 prateleiras e todas com seus 5 metros de altura. E infelizmente, a biblioteca também era um grande poço de lembranças da mãe.

Quando a mesma lia os mais belos contos, dos mais belos reinos de fadas. A história que Reiju e Sanji mais gostavam de ouvir, não era só um conto, mas retratava a vida de um príncipe e sua rosa. Reiju sempre viu Sanji no pequeno príncipe, um menininho preso em seu pequeno planeta, com apenas uma rosa como companhia. Sanji era bem parecido com esse príncipe, preso em um pequeno quarto , onde seu único refúgio eram as flores dos jardins.

Reiju queria tirar o irmão do pequeno quarto, queria que ele conhecesse o mundo. A princesa caminhou até a prateleira onde encontrou o pequeno livro, pegou e o folheou , mas Reiju não fazia ideia de que aquela poderia ser sua primeira pista. Dentro do livro, havia uma folha, que aparentava ter sido arrancada, com as seguintes palavras escritas nela.

02 de março deste ano 1982

O nascimento de meu terceiro filho. Sanji têm os cabelos dourados, como fios de ouro, e os olhos azuis como os meus... Pequenos oceanos em seus olhos. Meu filho é forte como um touro , eu diria que o mais forte dentre os seus irmãos.

Seu maná se equipara ao de três homens crescidos... Meu filho será um grande guerreiro futuramente como seu avô.

Reiju não estava entendendo onde sua mãe queria chegar, se o que estava escrito naquela folha era real, como Sanji havia se tornado o mais frágil dentre os cinco? Precisava encontrar as outras partes daquele diário, precisava saber o que havia acontecido com o maná de Sanji.

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--- Vamos começar --- disse Law , enquanto injetava uma agulha para colher uma amostra de sangue de Sanji.

--- Isso é mesmo necessário? Digo, o sangue, quer dizer ... Essa agulha --- Sanji apertava o tecido da calça como se estivesse com medo. E estava, agulhas nunca foram sua praia.

--- Sim, eu preciso de uma amostra de seu DNA --- disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

--- Oras, se essa é a questão, poderia ter sido meu cabelo ou saliva --- disse bravo.

--- Pronto. Terminei, vossa alteza--- disse de forma debochada.

--- O príncipe tem medo de agulha? --- o esverdeado zombou.

--- Não é isso! É que... Meu médico nunca fez nenhum exame assim comigo... --- balbuciou. Law fez uma expressão intrigante, na verdade ele estava ainda mais intrigado. Como ter conclusões sobre a saúde de uma pessoa sem examiná-la ?

--- E que tipo de exames você fez?

--- Não me lembro muito bem --- Sanji parecia tentar se lembrar de algo, mas a tentativa foi falha --- É estranho. Eu não consigo me lembrar.

Zoro e Law se entreolharam, a ideia de fazer um exame no príncipe, tinha sido a melhor no fim das contas.

"Não lhe direi as razões que tens para me amar, pois elas não existem. A razão do amor é o amor."

O Pequeno Príncipe