Capítulo Cinco - Olivia Gardner

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Aposta

Capítulo Cinco

Olivia Gardner's POV

Eu não devia ter provocado o Norton. Sei que foi um erro, um erro pelo qual vou precisar pagar mais tarde.

Quer dizer, o cara é como uma fornalha acesa, um vulcão em erupção, fósforo e gasolina.... Todas essas coisas quentes e explosivas. Eu estava esperando um joguinho de gato e rato, no máximo, mas depois que o provoquei só um pouco, ele já veio pra cima com tudo o que tinha, e tenho que admitir que foi bom demais.

Ter um homem como Norton Denner te desejando é bom demais.

Por outro lado, sinto que preciso frear essa coisa que está acontecendo entre nós. Eu conheço muito bem a fama que ele tem pelo campus e sei que, se eu me deixar envolver, vou me machucar.

Infelizmente, nunca aprendi a ser do tipo desapegada. Mesmo quando eu sei que devo levar numa boa, acabo me envolvendo demais, meu coração tomando as rédeas da situação e me fazendo de palhaça.

Não posso ser a palhaça de Norton Denner.

Respiro fundo, piscando com força para voltar à realidade. Já estou no segundo andar da casa, logo após uma fuga muito bem orquestrada das garras de Norton. Admito que na hora fiquei um pouco puta, mas agora que já me recuperei – lê-se o tesão baixou e me deixou pensar – devo admitir que preciso agradecer a interrupção.

Eu sei que teria sido capaz de me enfiar em um dos banheiros com Norton e implorar por ele.

Não é como se eu fosse uma tarada por sexo ou coisa assim. A verdade é que sou bem calma, mas tenho que admitir que o combo "Norton Denner + carência reprimida" está sendo demais para eu lidar. Estou solteira há dois anos e, durante todo esse tempo, sequer cheguei perto de um cara.

Se você considerar que só tive 1 namorado sério durante toda a minha vida, sou praticamente uma virgem.

Mas tudo bem, essa não é a questão do momento. Preciso me concentrar no agora, não ficar pensando no que poderia ter sido.

Entro no quarto e o cheiro de vômito me atinge. Faço uma careta para o cheiro azedo, sem conseguir segurar minhas reações. A porta do banheiro está aberta e escuto o chuveiro ligado.

Miranda deve ter levado a garota para mais um banho frio.

Vou em direção ao banheiro, ignorando a poça de vômito ao lado da cama. Miranda realmente está ali, totalmente encharcada enquanto apoia a garota que está meio de pé meio sentada embaixo do chuveiro, as costas apoiadas na parede e os olhos fechados.

– Quando ela acordou? – pergunto já me aproximando de Miranda.

Minha amiga me olha, a expressão endurecida.

Oh, sim, ela está puta. Aposto que não achou que sua noite acabaria desse jeito.

– Há uns vinte minutos. Vomitou umas duas vezes e então eu resolvi colocar ela embaixo do chuveiro outra vez.

Assenti, alcançando uma toalha e estendendo para ela.

– Você está toda molhada.

– Se eu soltar, ela cai.

Dei uma olhada na garota. Ela realmente parecia dormir enquanto Miranda a amparava.

– Tudo bem, chega de banho – eu resmunguei desligando o chuveiro – Se ela foi mesmo drogada, não vai ser uma água fria que vai fazer o efeito passar.

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