Capítulo Vinte - Olivia e Norton

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Capítulo Vinte


Olivia Gardner POV's


Estou viajando para Sidney hoje, para participar do meu Congresso. Eu e Norton ainda estamos em Ohio, o que significa que, daqui, ele segue de volta para a Califórnia e eu sigo para a Austrália.

Meus pais vieram nos trazer, mas precisavam voltar para o trabalho, então nos deixaram faz quase uma hora. O pai de Norton também estava aqui, mas seu voo para Miami partiu faz uns vinte minutos.

Desde hoje pela manhã, Norton tem se mostrado um pouco sensível sobre nossa "separação". Entendo que a situação está um pouco complicada pelo fato em que meu voo de volta é na madrugada do dia da final do campeonato de hóquei universitário, mas vou fazer de tudo para estar presente.

Mas meu namorado não parece muito conformado.

– Não acredito que vou ficar quase uma semana inteira sem te ver – Norton resmunga pela décima vez, me fazendo olhar para ele.

Nossos voos partem com quinze minutos de diferença, por isso, estamos sentados no saguão, esperando o início do embarque. Norton está com um de seus braços sobre meus ombros e as pernas cruzadas com um dos tornozelos em cima do joelho. Ele não está me olhando nos olhos. Seu olhar continua vagando pelo saguão do aeroporto.

Apenas rio baixo, balançando a minha cabeça. O abraço pela cintura e enfio meu rosto em seu pescoço, deixando um beijo sobre a pele quente. Ele me aperta mais contra si, mas não deixa de olhar para a frente, um biquinho adorável nos lábios.

– Vai passar rapidinho – é o que digo para tentar consolá-lo.

Ele bufa, ajeitando o boné virado para trás que esconde o cabelo loiro.

– Não vai não. Você tem certeza que vai conseguir chegar para a final?

– Prometo que vou correr muito, gatinho.

Norton finalmente joga os olhos para mim. Ele aumenta seu bico manhoso, me fazendo esticar meu sorriso e beijá-lo no rosto.

– Não fica assim. Vai dar tudo certo.

– Preciso de você lá. Você é meu amuleto da sorte. Se você não aparecer, eu vou jogar mal.

– Para com isso, Norton. Você não vai jogar mal. E aquele papo de que você é bom em tudo que se propõe a fazer, hum?

– Minha eficiência ficou condicionada a você desde que entrou na minha vida.

Reviro meus olhos, mas não consigo deixar de sorrir.

Norton é fofo quando está fazendo manha.

– Eu vou estar lá.

– Promete?

– Prometo.

Ele abre um sorrisinho satisfeito e esmaga seus lábios contra os meus.

– Eu já sabia, só queria ouvir você dizer. É claro que não vai perder uma final em que seu namorado está jogando. Você não perderia a oportunidade de me ver arrasar.

Dou um soquinho nele, o que só o faz rir ainda mais.


(...)


Uma semana depois, exatamente como prometido, estou correndo como uma louca.

Meu voo pousou faz uma hora. A final começa em vinte minutos. Assim que desci do avião, peguei um táxi e praticamente voei em direção à arena onde vai acontecer o jogo. Deixei uma quantia extra com o motorista para que ele levasse minhas malas para a casa do Norton e posso apenas torcer para que ele seja um homem honesto e não roube todas as minhas coisas. Achei que teria algum tempo para passar em casa e ao menos tomar um banho, mas o voo atrasou mais de duas horas, o que ferrou completamente minha programação, me deixando quase louca. Por isso, estou vestindo a mesma roupa que escolhi para viajar. Minha sorte é que algum anjo me iluminou e, antes de sair do hotel em Sidney, fiz uma maquiagem básica e escovei o meu cabelo, muito diferente de como costumo viajar.

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