Toda História tem seus conflitos, em um obra onde duas jovens em fase de descobrimento se relacionam, dois mundos quase que opostos se misturam, problemas estudantis, pressão familiar e a própria dificuldade da vida podem ser avassaladoras nessa rel...
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POV. Larissa
08\03
Segunda feira, nem lembrava que dia era, estava com a cabeça no sábado, afinal eu teria o segundo jogo e agora precisava da vitória para recuperar minha confiança. Saí de casa um pouco mais cedo e acabei chegando bem antes da Agatha.
As malditas provas iriam acabar finalmente na quarta, quando a última prova,a de filosofia, fosse passada. Enquanto eu mexia no meu celular e arrumava minha mesa vi Agatha chegando, ela veio em direção a carteira sem nem olhar para os lados, largou sua mochila ao lado da cadeira e se virou para mim:
- Preciso de ajuda - Foi a primeira coisa que ela disse.
- Bom dia pra você também... o que é que você precisa?
- Eu...eu não faço a menor ideia do que fazer - ela disse enquanto jogava um papelzinho sobre minha mesa e empurrou para perto de mim- Isso me pegou de surpresa, preciso que você me ajude.
Peguei o papel, reconheci a letra de Anne e não tive reação imediata para o que estava escrito
"Então Agatha, eu quero muito te encontrar, te achei muito linda desde o dia que te vi na boate, queria sair com você" e no fim o número dela, que eu tinha decorado
"Isso não pode estar acontecendo. Ela não faria algo assim. Ela não se importa mais comigo? E aquela história de que ela estava ocupada"
Eu não fazia a mínima ideia do que deveria ser feito, porém em uma epifania eu decidi o que Agatha teria que seguir:
- E ai? o que devo fazer? - Ela interrompeu meus pensamentos.
- Não vá, Agatha a Anne é uma pessoa bipolar e descontrolada, tenho medo do que ela pode fazer, ela pode te magoar ou te chatear, além de que ela não faz seu estilo. Tipo olha bem ela é uma mecânica toda rústica e esquisita é totalmente o seu oposto.
- Mas se eu ignorar ela não vai ficar chateada?
- Não, ela supera - eu disse enquanto empurrava o papelzinho de volta para ela e abria um sorriso cínico.
- Se você diz - Sua voz parecia de culpa, e seus olhos se desviaram, dei uma passada da minha mão no cabelo dela para acalmá-la.
É óbvio que se ela ficar chateada, quem vai consolá-la será eu
Logo após esse curto diálogo a professora de português entrou na sala e começou a sua aula.
Parecia que o assunto tinha morrido, por mais que a Agatha tentasse disfarçar eu sentia que ela se sentia culpada de não ir, porém me mantive firme na minha posição, eu tinha pensado em falar com Anne sobre isso mas ela ficaria irritada em saber que fico xeretando a vida dela, acho que eu ficaria triste se ela parece de demonstrar carinho por mim, não deixar a Agatha ir é a melhor opção. "Mas e se, se eu tivesse que dar bola pra frente, e esquecer isso tudo" Infelizmente, essa dúvida surgiu na minha cabeça.
