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— AH! JINX VAI COM CALMA. — Eu implorava para ela.

— Humm, deixa eu pensar... NÃO! — Ela solta uma gargalhada jogando um travesseiro na minha cara.

— FILHA DA PUTA. — Nem terminei de falar e já fui atingida com outro travesseiro na minha cara.

Já se passaram quatro anos desde que buscamos a Jinx, agora nós duas temos dezenove anos, o Ekko tem vinte, e a Pandora tá com onze aninhos, impressionante como a Panda se apegou a Jinx e ao Ekko também! Oque é ótimo. Ele não gostava muito dela, mas finalmente ele começou a dar um pouco de atenção e agora não desgruda mais dela.

— Isso é uma árvore de verdade? — Escutamos uma voz feminina estranha lá em baixo. Tiro minha faca de dentro do elástico da minha joelheira, sim, eu continuo usando a mesma roupa, fazer o que, a gente não tem esse tipo de mordomia para ficar escolhendo roupa.

— Quem será? — Jinx me perguntou enquanto eu tomava coragem para abrir a porta do nosso quarto.

— Eu não sei, mas pega minha máscara que 'tá em cima da minha cama, eu vou lá ver. — Falo para ela e ela vai correndo até minha cama pegar o que eu pedi.

— Toma. — Ela me entrega e eu coloco a máscara e o capuz.

— Se eu morrer, já sabe! Toma conta da Panda e do Ekko, não faz nenhuma merda, e se cuida tá? — Falo para ela e a mesma me agarra em um abraço apertado beijando meu ombro.

— Eu vou com você! Eu não vou deixar você morrer sem mim, se você morrer eu morro também. — Ela fala quase chorando.

— Não você não vai! Você não vai comigo e não vai morrer tá? Cala a boca, eu já volto. — Falo abrindo a porta do meu quarto e simplesmente não acredito no que vejo.

Era ela, era a Vi! Ela estava com uma menina alta de pele clara e cabelos azuis-escuros. Fecho a porta do meu quarto com medo da Jinx saber que ela estava lá e ainda com outra menina! Ekko estava junto então eu guardei a faca no mesmo lugar de sempre, pego meu skate e desço um pouco afastada da onde eles estavam.

Fico parada olhando até que Vi nota minha presença, ela se aproxima de mim e fica me encarando. Como se já soubesse quem estava por baixo daquela máscara.

— Pode tirar! Tá de boa. — Ekko me fala de longe.

'Tá legal Lux, tá de boa. Começo a tirar o capuz, revelando meus cabelos loiros, logo depois tiro a máscara. Ela me olha com uma cara de surpresa.

— Ah! chefinha! — Ela me abraça tirando meus pés do chão e me girando no ar.

— Senti muita sua falta loira do cabaré. — Sim, ela me chamava de loira do cabaré, pois em uma noite de ano novo eu beijei 3 meninos e 3 meninas completamente desconhecidos. Observação: eu tinha 11 anos.

Ela finalmente me coloca no chão e me solta do abraço apertado. Ela volta a me encarar e eu apenas dou um sorriso de canto.

— Senti sua falta também maromba. — Digo abraçando ela mais uma vez, esse abraço despertou algo em mim. Sensação de conforto e segurança, eu acho.

— Ah, loira! Essa é Cupcake. — Ela me mostra a menina de cabelos azuis-escuros, ela alta para caralho, puta que pariu viu.

— É Caitlyn! É um prazer conhecer?...- Ela fala esperando a minha resposta.

— Luxanna. — Ela estende a mão para mim e eu aperto, vou tirar minhas conclusões sobre essa garota. Primeiro: é do lado alto, com toda a certeza ela é defensora! Segundo: não é tão mimada quanto parece, só por ela aceitar vir aqui e estender a mão para mim já é alguma coisa, não é toda pessoa de fora que faz isso.

Can You Remember The Rain?Onde histórias criam vida. Descubra agora