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Já tinham se passado um mês desde o acidente do conselho.

Um mês sem notícias da Vi, da Caitlyn e do Heimerdinger.

Um mês sem xerife e conselheiros.

A única notícia que tínhamos era que Silco e a turma dele tinham sido presos por serem os responsáveis pelo acidente.

Agora, quem está liderando Zaun somos nós, mesmo que ninguém saiba quem somos, a gente está fazendo de tudo por Zaun.

Jinx anda cabisbaixa, não se alimenta direito, não faz mais invenções, nem terminou de consertar o hoverboard que ela prometeu 'pra si mesma que ia estar pronto em duas semanas.

Eu 'tô cuidando dela como uma criança doente mesmo, e tentando animar ela também, às vezes convido ela 'pra passear em algum lugar, 'pra comer junto com todo mundo, 'pra criarmos alguma coisa juntas, mas ela só fica deitada e diz "não".

Às vezes penso que Jinx não demonstra, mas ela quer que Vi volte, que venha buscar ela, que dê carinho a ela, Jinx só quer ter uma vida normal com sua irmã.

Agora, aqui estou eu, tentando fazer Jinx almoçar.

— Jinx, a última coisa que você comeu foi o almoço de ontem, e ainda comeu pouquíssimo, se continuar assim vai ficar doente. — Digo olhando 'pra ela que só vira a cara 'pra mim.

— Por que você se importa? Foda-se que eu 'tô doente! Ninguém liga.

— Eu me importo porque você é minha melhor amiga, e eu ligo se você 'tá doente, quero que você fique bem. — Digo fazendo carinho no enorme cabelo azul-claro dela.

— Não deveria, eu vou estragar sua vida, você vai ver. — Ela fala tirando minha mão de seu cabelo.

— Você não vai estragar, a gente é amiga a quinze anos. E vou te contar uma coisa, você melhorou minha vida. — A última frase digo sussurrando no ouvido dela.

— Você só 'tá falando isso 'pra me fazer comer, mas saiba que eu não caio nesse papinho de melhorar vidas. — Ela se vira 'pra mim e revira os olhos.

— Bom eu vou deixar a comida aqui, se você quiser comer, coma. Eu não vou te forçar, mas saiba que 'tá uma delícia.

O almoço era arroz, feijão, batata frita e carne, e eu coloquei em um copo o refrigerante favorito da Jinx, que era de uva.

Deixo a comida do lado dela e saio do quarto, mais tarde venho ver se ela comeu.

— Ela 'tá melhor? — Ekko me pergunta logo que eu fecho a porta do nosso quarto.

— Na mesma. Deixei a comida lá, mais tarde volto ver se ela comeu.

— E se ela não comer? Você vai jogar fora? — Ele me pergunta me guiando até o quarto dele.

— Não né doido, eu esquento e como. — Quando chegamos no quarto dele, eu me deito em sua cama.

— Nós comemos, né senhorita? Tava tão bom que eu queria comer de novo. — Ele deita ao meu lado.

— É claro que 'tá bom, fui eu que fiz. — Eu digo e ele dá um tapa no meu braço.

— Para de se achar Luxanna! — Ele diz rindo.

— Inclusive, você não quer me ajudar em fazer um bolo de chocolate com recheio de doce de leite 'pro café da tarde? — Eu digo me sentando na cama.

— Só se tiver cobertura de chocolate com granulado colorido. — Ele diz sentando-se na cama também.

— Pensei que isso tivesse meio óbvio.

Can You Remember The Rain?Onde histórias criam vida. Descubra agora