Héctor Pov:
(Finalmente)Héctor permaneceu quieto enquanto o motorista dirigia pela estrada. A está hora de uma manhã de domingo já não fazia mais ideia de quantas horas estava na estrada, Héctor teve que conter sua impaciência ao perceber a forma lenta como o motorista conduzia o carro, era sua própria culpa que houvesse escolhido usar o carro ao invés do helicóptero, poderia facilmente ter ordenado a seu piloto que o conduzisse a Minas Gerais, a curta distância. Mas não o fez, deixaria o homem pensar que estava passando os quatro dias em algum lugar com praias e boas festas, em vez de admitir que estava ali para dar uma olhada em Thiago.
O carro enfim parou e Héctor tratou de sair logo. Não carregava bagagem na mala do carro, apenas a inseparável maleta em que levava alguns objetos pessoais, assim como o laptop com que trabalhava. Héctor deu as costas para o carro e caminhou ao longo da rua principal, só percebendo naquele momento que não havia pensado em como chegaria a casa de Beatrice.
Sabia que a casa ficava bem escondida, Thiago havia lhe alertado quando se falaram dois dias antes.
Era uma cidade bem bonita e com bastante turistas Héctor devia admitir, a rua principal estava cheia de pessoas, um pequeno café acabava de abrir as portas e o cheiro de café era quase irresistível. No entanto, Héctor não estava com fome.
Mas como iria conseguir chegar no fim de mundo que Beatrice resolveu se refugiar? Ele não havia visto nenhum táxi mesmo com a demanda turística sendo grande, talvez tenha começado seu dia com má sorte naquela cidade e mesmo que houvesse algum, duvidava que estivessem rodando aquela hora da manhã. Ainda eram apenas oito horas e a cidade estava começando a se agitar.
Então no alto da rua, onde uma placa indicava que algumas trilhas ficavam a 7 milhas, viu uma caminhonete se movendo pesadamente em sua direção. Acenando para o motorista, explicou o seu problema não era tão difícil não saberem sobre uma jovem ruiva que se mudara a pouco, e depois de uma generosa quantia de dinheiro o homem concordou em levá-lo para onde quer que Beatrice tivesse se enfurnado naquela cidade.
Não foi uma viagem confortável. Para começar o caminhão não possuía suspensão, só ganhava velocidade nas retas e devia ter alguma engrenagem danificada quando fazia curvas. Isto fazia com que o veículo sacolejasse violentamente de um lado para outro e Héctor se alegrou de não ter cedido à tentação do café.
Pelo menos estava seguindo na direção correta. Sabia que o endereço de Beatrice ficava quase no meio de uma mata e quantos sítios em minas ocupados por uma jovem ruiva de 19 anos poderia haver ali? Pela descrição de Thiago, sabia que estava próximo.
O motorista era uma pessoa calada. Após ter o dinheiro de Héctor em mãos, mergulhou no silêncio. O único barulho na cabine vinha do rádio, sintonizado em uma estação que só tocava reggae. A cabeça de Héctor latejava no momento que chegaram do outro lado da cidade.
Aqui a estrada era de terra batida, amarronzada, iluminada pelo sol, apenas alguns ranchos e um casal de crianças brincavam com um cão na rua, lançando-lhe olhares inquisitivos enquanto caminhava.
Não pode ver imediatamente o lugar que parecia a entrada do sítio descrita por Thiago. No entanto não desejava pedir informações as crianças, em vez disso pendurou as alças da maleta nos ombros e seguiu andando, caminhou um longo tempo em uma estrada reta, deixando seus sapatos caros sujos de poeira, finalmente encontrou a entrada que Thiago tinha lhe descrito, uma alameda de rosas nós dois lados e um grande portal de madeira o aguardava...
E então ele a avistou.
Ela estava acabando de sair da piscina e ainda que estivesse um pouco distante, Héctor soube instintivamente que era ela. Evidentemente, estava dando um mergulho matinal e observou-a retirar o cabelo de seu rosto com as mãos.
As mãos de Beatrice pousaram no pescoço, e ele desconfiou que ela estava alheia ao fato de esta atitude fazia com que seus seios pressionassem o tecido fino que os cobria. Usava um biquíni preto que possuía um contrate lindo com sua pele branca, sua barriga aparecia, esbelta e mesmo pálida era inesperadamente sensual. Na verdade com seus cabelos ruivos sobre os ombros, cada linha delicada de seu rosto e do corpo expostos em perfil mais suas belas pernas completavam um quadro incrivelmente sensual.
Jurou furiosamente consigo mesmo: não se sentia sexualmente atraído por Beatrice, por Deus ela era apenas uma menina, não podia. Havia ponderado o que havia acontecido na noite em que Armando morrera, e em nenhum momento se permitiu atribuir a mais que um impulso aquele incidente, havia tirado a inocência de Beatrice percebeu assim que consumou o ato que a garota era virgem, atribuiu tudo o que aconteceu a sua mente nublada. Se ela havia desfrutado mais do que ele então talvez aquilo havia sido mais importante para ela que para ele. Se sentia um monstro por isso, viu em seus olhos a paixão de menina que sentia por ele.
Entretanto, enquanto a observava inclina-se para pegar a toalha que havia deixado na cadeira, sua virilha pulsou com a lembrança repentina. Havia sido tão bom como nunca havia sido como nenhuma mulher antes, era fato que Bea não tinha nenhuma experiência mas havia sido incrível enterrar seu membro completamente rígido na fenda úmida que havia encontrado entre as pernas dela, tão prazeroso sentir as pernas dela ao seu redor e os tremores compulsivos do primeiro orgasmo de Beatrice! De depende, soube que se houvesse oportunidade, ele o faria de novo. Não podia, mas não conseguia imaginar a garota ruiva nos braços de outro, a imagem lhe subia uma ira que não entendia e preferia permanecer neste escuro.
As mãos dela deslizaram quase instintivamente para a leve protuberância de seu estômago e por um momento ela parecia quase pensativa. Então seus dedos baixaram um pouco o short e a boca de Héctor secou. Deus, ela o estava tirando?
Mas não. Após um instante, as mãos da garota desviaram para a parte inferior das costas e ela curvou a coluna. Estava obviamente fazendo um alongamento após a natação e era problema dele estar atribuindo motivações sexuais para os movimentos dela. Estava ha muito tempo sem uma mulher de verdade, concluiu ele inflexível. Bea era apenas uma menina, não tinha interesse pela garota mimada.
Não sabia o que fizera com que ela o notasse naquele momento. De qualquer maneira, ela o havia visto, e por um momento algo semelhante a pânico surgiu na face da garota. Com um rápido movimento ela pegou a toalha e enrolou-a sobre os ombros, cobrindo-se com sucesso de seu olhar evidentemente inoportuno.
_O que você está fazendo aqui?__perguntou, quando era perfeitamente óbvio por que ele estava ali. E quando ele cobrou os poucos metros que os separavam:_De onde você veio?
_Eu não surgi do nada__respondeu ele rapidamente, ressentindo-se da hostilidade com que ela havia recebido sua mais inocente atitude._Como você acha que cheguei aqui Beatrice? Vim de carro do Rio. Eu também posso ser imprevisível.__ele lançou- lhe um olhar desafiar._Certo?
Podia perceber que ela queria dizer que não estava certo, que deveria tê-la avisado sobre sua visita e não tinha nenhum direito de aparecer ali sem comunicar.
_Thiago não te contou que falei com ele há dois dias?__Hector continuou enquanto ela calçava seus chinelos. Nunca notou como pés descalços podiam ser tão sensuais, só podia estar ficando louco, pensou irritado. Ainda que estivesse atento a tudo que dizia respeito a ela, da água da piscina brilhando em seus cílios aos dentes brancos que mordiscavam o lábio inferior.
_Ele pode ter dito__ela respondeu desta vez, como se qualquer notícia a seu respeito fosse indiferente para ela. Em seguida, como se repentinamente descobrisse outro trunfo:
_Você está sozinho?__ela olhou por trás dos ombros dele como se procurasse por alguma companhia.
_Com quem você está saindo no momento? Julie? Era Julie ou Júlia o nome dela, ela veio com você?
Ele planejava não ceder a provocação da menina.
_O que você está dizendo?__perguntou ele._Que se eu tivesse trazido uma namorada seria bem vindo? Se bem que me parece um lugar bem romântico para uma mini férias a dois.
Ela lhe lançou um olhar de soslaio, enquanto começava a caminhar, o que trazia sua opinião sobre aquela resposta. Uma clareira entre as árvores revelou uma linda casa, ele via agora. Depois, encolhendo os ombros levemente ela disse, num tom suave:
_Estaria mais de acordo com a sua personalidade, não acha?
O maxilar de Héctor se contraiu ao ouvir suas palavras. Com quem ele saia e quando não era problema dela.
_Talvez eu estivesse com receios dos seus ciúmes e de suas atitudes de criança mimada__ele zombou por fim, decidindo que, se ela tinha o direito de perturbá-lo, ele podia fazer o mesmo, mesmo sendo uma atitude nada madura de sua parte e ouviu a súbita respiração dela.
_Não... não ouse dizer isso a mim__afirmou ela com uma voz baixa, excitada._Não sou uma de suas... conquistas!
_E eu não sou seu namoradinho de escola!__ele a imitou, acompanhando o passo dela, que tinha o rosto em chamas.
_Vá para o inferno Mather!__ela retrucou, acelerando o passo e afastando-se dele ao passar pelo cinturão de palmeiras e começar a subir pelo gramado em frente a casa.
_______________||_________________
Book Trailler para vocês já disponível, espero que gostem 🤍
VOCÊ ESTÁ LENDO
Grávida em segredo || Henry Cavill
RomanceBeatrice apenas tinha 19 anos quando sua vida, virou de cabeça para baixo. Nem sempre estamos em busca de um grande amor, de uma grande paixão, mas nem sempre o destino está ao nosso lado, Beatrice descobriu tudo isso aos 15 anos, ao entrar no escr...