Capítulo 28

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Bea

O mais difícil em uma gravidez não é o parto, e sim tudo o que vem antes dele. Trabalhei diretamente com gravidez por quase dois anos, antes de ser transferida do setor da maternidade para casos de clínica gerais, é só tenho uma coisa a dizer, nada me assusta mais que um parto.

Como eu posso dizer se trabalhei na área da medicina? Exatamente por isso posso afirmar que é um trabalho muito difícil, que requer uma ótima equipe médica, um auxílio de qualidade. Quando soube que terei meu bebê em casa, não me assustei pelo fato de ser em casa, mas caso eu não conseguisse ter normal, toda equipe estaria preparada para uma eventual cesária?

São tantos medos e receios que se passam na cabeça de uma grávida. Lamentavelmente ninguém te diz isso quando tentam romantizar a gravidez em propagandas, novelas, filmes, vídeos motivacionais. Me entenda bem, não estou dizendo que não é um momento magico e único, muitos chama o amor de magia, quando na verdade o que motiva uma gravidinha é somente o amor que ela já sente pelo bebê.

Eu amo o meu bebê mais que tudo neste mundo.

Com seis meses de gestação cada vez mais se aproxima o dia em que conhecerei o meu bebezinho, ou bebezinha.

O mais divertido durante esta semana foi ver meu marido se esforçar para montar o berço branco que só será redecorado após o nascimento, para isso ele me deu seu cartão black para gastar como quisesse na compra do enxoval, foi muito bom poder comprar tudo o que eu queria, nas duas opções, menino ou menina, e quando nosso bebê nascer posso doar tudo o que ele ou ela não for usar.

Está sendo uma experiência incrível é única, movida oitenta por cento por amor, mas aquele vinte por cento trás tantas incertezas, medos, ansiedades, e em alguns momentos pavor, será que eu serei capaz? Está e a dúvida que invade os meus pensamentos as duas da manhã quando ninguém mais está acordado, somente eu e o bebê chutando em meu ventre.

— Meu Deus, eu deveria ter contratado um montador — Deméter está sem camisa, a linda visão do seus músculos são colírios para os meus olhos.

Estou sentada em uma poltrona no centro do quarto com um pote médio de soverte de napolitano em mãos, já na quinta ou sétima colher, não penso em dividir, a gravidez tende a me deixar mais gulosa, e também a gostar de alimentos que não dava muito sabor ao meu paladar, anteriormente. Sempre retirava o morango do napolitano, neste momento estou comendo está parte como se ela fosse a mais gostosa.

Soverte de napolitano lembra a minha tia, sempre quando ia a casa dela, tinha um pote na geladeira. Me trás boas recordações.

— Porque? O que você fez de errado?

— Além de ter invertido os lados, não sei sou capaz de concertar

Gargalhei vendo a confusão no seu lindo rosto, como ele está apetitoso e ainda mais sem camisa, mostrando todos os gominhos que ele faz questão de malhar todos os dias, outra coisa que colocarei na minha rotina após ser mãe, pretendo fazer exercícios físicos todos os dias, viver mais saudável para minha filha. Diz a mãe que está tomando soverte agora, porém não me julguem, a minha médica liberou sempre que eu sentisse desejo, faz bem para meu estresse diário.

Porque parece que esse neném nunca vai nascer, a cada manhã é como se ficasse mais distante para este pequeno nascer.

— O que importa querido é que você tentou — rir mais uma vez

— Pode rir, até porque você não me ajudou nada, então não sabe o quão ardo está sendo meu trabalho

Fechei o semblante mesmo ele não tendo se expressado com raiva, isso fazia parte da minha gravidez, tudo me irritava, até mesmo o vento.

Presa Ao Don da Máfia ( Homens frios-03)Onde histórias criam vida. Descubra agora