Presa Ao Don da Máfia ( Homens frios-03)

Capítulo 31

Deméter Massino

A agonia tomou conta do meu ser. Pela primeira vez na minha vida paralisei diante de uma situação. Na qual o castelo aonde cresci, e vivi toda a minha vida nele está agora em chamas, labaredas de chamas no primeiro andar aonde fica localizado os quartos. Queimando tudo a sua volta.

Minha esposa está possivelmente lá em cima.

Cai de joelhos sobre a grama molhada pelo orvalho da noite gélida. A escuridão no céu junto com o vazio em meu coração me deixaram totalmente sem rumo nos próximos cinco minutos. Aonde assisti jatos de água serem jogados sob as chamas por carros de bombeiros, o barulho da sirene também chegava a deixar meus ouvidos surdos.

Estava retornado para casa mais cedo, não pude continuar minha viagem para Palermo, preocupado com minha esposa na reta final da sua gestação, sei que só estava marco para o bebê nascer na próxima semana, porém quando fui avisado que ela entrou em trabalho de parto, larguei tudo e retornei para casa nas próximas horas.

Greta consegui me avisar que Beatrice havia dado à luz.

A mensagem que recebi de texto da esposa dizia:

" Nossa baby, cor de rosa nasceu"

Sou pai de uma menina, no momento em que li a mensagem meu coração transbordou de alegria.

Tinha certeza que nossa filha era uma linda menina, bela como a mãe, doce como o próprio nome dizia " Mel", algo com Melanie ou Melina, decidiríamos assim que eu retornasse.

Em momento algum imaginei que encontraria toda a minha felicidade em chamas, em ruínas. Minha bela esposa e minha doce filha, presas naquelas chamas, por mais que tentasse ignorar todos, e tudo, tentei entrar no castelo por diversas, vezes, mas Rossi sempre leal, sempre atento a me impedir, a me segurar com ajuda de alguns soldados.

— Senhor, é muito perigoso que entre, não há mais nada pelo o que lutar — ele referia-se a pequena possibilidade de que minha filha e minha esposa estivessem vivas

Como também Greta, e a minha sogra. Ambas não foram mais vistas, algumas empregadas apavoradas, chorando, alertaram-nos sob a invasão. Mais uma vez fui traído, alguém invadiu o meu lar, minha propriedade, matou meus homens armados, e possivelmente renderam minha esposa e colocaram fogo na casa, sei como esses pilantras trabalham, fazendo parecer que tudo foi natural, quando na verdade almas impiedosas cometem atrocidades a sangue frio.

Quem sou eu para criticar a mente manipulosas deste infelizes, quando muitas vezes já pratiquei atos piores, sem nenhuma piedade tirei vidas, destruir pessoas, porém todas merecedoras dos castigos que elas mesmo se submeteram ao entrar no meu caminho.

Mesmo assim se existe força dívida, e eu sei que existe. Estou sendo castigado por ter sido um homem cruel, como dizia minhas vítimas " um dia você pagará pelo que fez", nunca acreditei em pragas, nunca pensei que seria castigado desta maneira.

Em um única noite na qual eu deveria está em casa perde a minha mulher e a minha pequena filha, por um descuido meu, tudo isso é culpa minha, mereço está passando por esta noite traiçoeira, no entanto minha esposa e minha filha não merecem ter vivido este destino cruel que lhes foi reservado.

Rossi era como um pai para mim, sempre ao meu lado nos momentos bons e principalmente nos mais difíceis. Diante do meu sofrimento, na qual não pude evitar derramar lágrimas pela minha esposa, a nossa bebê após ver que as chamas foram apagadas, e os bombeiros não encontraram nenhum sinal de vida no andar do incêndio.

Quando era criança tinha medo deste castelo, eu dizia que ele era assombrado, meu pai era um bom homem, mas arrogante, não queria ver o filho de cinco anos com medo de lendas urbanas, já a minha mãe até aonde consigo me lembrar dela, sempre carinhosa, me abraçava sempre que tinha um pesadelo e garantia que tudo ficaria bem, infelizmente ela me deixou muito cedo, um garoto solitário sem a mãe, eu era considerado fraco por meu avô, até iniciar o treinamento que ele e meu pai me submeteram para ser um grande líder.