Já faziam quase 12 horas que Heloísa havia desaparecido. A delegacia havia virado um grande QG para começar a procura pela delegada.
A primeira coisa que Yone fez após comunicar Barros foi ligar para Stênio e Creusa, os dois estavam desesperados antes mesmo de ser comprovado que a policial havia de fato sido sequestrada.
– Doutor, o senhor precisa manter a calma. Até agora não temos muitas informações mas assim que tiver aviso vocês. - A parceira de Helô tentou tranquiliza-lo.
– Eu tô indo pra casa dela. Pelo amor de Deus, não me deixa sem notícias. E acha ela logo! - Stênio disse já com a voz embargada do outro lado da linha.
Após terminar a ligação Yone voltou para a mesa onde estavam organizando a operação, junto com Barros pediram que trouxessem Sabiá, precisavam arrancar qualquer informação do braço direito do chefe da quadrilha.
Todas as provas que eles possuíam sobre a quadrilha estavam reunidas, haviam nomes de pessoas do alto escalão ali, um dos nomes foi conhecido pela policial, lembrou-se da conversa com Helô uns dias antes.
– “Prates”, conheço esse nome de algum lugar. A delegada falou comigo sobre esses dias. - ela disse tentando buscar na memória.
– Tem certeza? - Barros questionou.
– Sim, acho que ele é advogado. Parece que ele e o namorado dela não se dão muito. - Yone explicou por alto.
Imediatamente Barros pediu para que ligassem para Stênio, afim de saber o que ele sabia sobre o tal homem, talvez, aquilo ajudasse nas buscas.
Não demorou muito para que o advogado chegasse na delegacia, esbaforido e sem jeito. O espanto em seus olhos era inegável. Quando Stênio recebeu a ligação foi inevitável não pensar no pior diante daquela situação.
Forneceu toda a ajuda que pôde, não houve nenhum espanto de sua parte quando o nome do desafeto foi citado pela equipe de Helô. Conhecia o histórico de Prates, sabia que ele não prestava. Ele não só soltava pessoas de índole duvidosa como também se aliava há elas e era sobre isso que aquela situação se tratava.
Não se sabia o quanto ele estava envolvido no desaparecimento de Heloísa mas aquilo era o início de alguma coisa.
POV: Heloísa
Minha cabeça dói. Não me lembro como cheguei aqui, a última lembrança que me recordo é de quando saí da delegacia. Não era possível. Lembro-me de colocar a chave na ignição do carro e depois tudo virou um grande blackout.
Me pergunto há quantas horas estou amarrada nessa cadeira de ferro. O local fede a maresia e não consigo identificar se é uma casa, um galpão, só consigo identificar que provavelmente é próximo há alguma praia ou algo parecido.
Eles me pegaram. Não é possível que dei um mole desses.
Tento desatar o nó da corda que agora machuca meu pulso mas não consigo de forma alguma, nem ao menos afrouxar. Que ódio!
– OW! TEM ALGUÉM AI? TÔ COM SEDE, PÔ! - grito na esperança de alguém me escutar.
Longos minutos depois ouço a porta atrás de mim sendo aberta.
– Acordou doutora? - o homem pergunta irônico.
Conhecia aquela voz.
Senti o momento em que viraram a cadeira de ferro sem nenhuma delicadeza e me deparei com a imagem do homem barbudo à minha frente.
Era o infeliz que eu estava procurando a semanas. Marajá. Bem que o Sabiá havia avisado que ele tinha olhos em todos os cantos.
– Você deve tá com muito desesperado mesmo pra fazer uma besteira dessa né?
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one fine day | {steloisa}
Romanceessa fic é um adaptação do filme: um dia especial. mudanças: eles nunca foram casados. é totalmente diferente do enredo da novela. espero que vocês gostem. Os dois primeiros capítulos eu vou falar sobre eles. A história tem bastante coisa parecida...