18. cruising is made for love

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Heloísa estava cumprindo devidamente o repouso que o médico havia mandado. Entediada? Sim. Porém, entendia que precisava daquele momento para descansar após o acontecido.

Retomada as sessões de terapia que havia sido orientada pela psicóloga da polícia, Helô se sentia mais tranquila para entender o que tinha acontecido, só que agora, tentava proteger Júlia e os demais há quem ela amava tanto com unhas e dentes.

A delegada reforçou a segurança no prédio, depois de muito contra gosto do síndico do condomínio. Deu ordens extremas para que Creusa ficasse atenta na rua, no mercado e até na escola da filha. Sabia que a quadrilha estava em maior parte presa mas temia pela vingança que eles poderiam armar contra ela, já que o Chefe estava preso.

O que era pra ser uma semana de licença, havia se tornado uma das férias atrasadas que ela tinha para tirar. Ficaria aquele mês todo em casa, rodeada pelas pessoas que mais importavam pra ela.

***

Stênio visitava a casa de Helô praticamente todos os dias. As visitas do advogado e do filho na casa da delegada eram constantes, a morena amava receber o namorado em casa, mas ninguém ficava mais feliz do quê Júlia.

Era horário de almoço e o grisalho se propôs a buscar as crianças na escola e levá-los para a casa dela, passariam o resto do dia juntos e ele contaria da surpresa que ele havia planejado.

— Tenho uma surpresa pra vocês! - Stênio contou ainda dentro do carro a caminho da casa de Helô.

— Sério? - os dois falaram uníssono.

— Sim! Mas só vou contar quando chegar na casa da Helô, porque ela também vai participar.

— Minha tia não gosta de surpresa, pai. - Pedro disse soltando um riso já pensando no que poderia acontecer.

— Essa eu quero ver. - Júlia disse concordando com o amigo.

Stênio sorriu observando os dois no banco de trás cochichando sobre a reação que a delegada teria. Helô não tinha muita paciência para certas coisas e o grisalho gostava de implicar com esse lado dela. O comentário das crianças o deixou mais ansioso para contar logo.

Chegando no apartamento o advogado foi recebido por Creusa que já estava a par da supresa e havia preparado um almoço especial para os quatro.

— Ela tá no quarto, Doutor Stênio.- a mais velha disse após receber um beijo do advogado.— Pode indo lá que eu olho os meninos!

— Tá ótimo, Creusinha. Obrigada! - Stênio disse caminhando até o quarto.

Helô estava sentada em uma das poltronas do quarto, lia alguns emails no notebook enquanto esperava o advogado e as crianças chegarem.

— Oi! - o grisalho disse após bater na porta.

— Ei, até que enfim! - ela disse colocando o computador de lado e levando o óculos para o topo da cabeça. — Achei que tivesse sequestrado minha filha!

Helô se levantou da poltrona e caminhou em direção ao namorado.

— Rá. Você é engraçada. Fazer piada com um negócio desse. - Stênio disse se aproximando da morena que estava em pé na sua frente.

Ela sorriu sem graça.

— Desculpa, foi mal - ela se aproximou e passou os braços pelo pescoço dele. — Senti sua falta! - Helô o beijou de forma casta.

— Hm, isso é bom! - O advogado sorriu e a puxou pela cintura.

O beijo que era pra ser rápido e talvez só uma provocação, se tornou intenso. Enquanto o beijava, ela passeava com uma das mãos pelo cabelo grisalho dele, já ele, a puxava com a mão livre pela nuca aprofundando mais a língua na boca dela. Helô arfava baixo entre o beijo, sentindo o corpo dela esquentar ao sentir o toque dele. Pensou em fechar a porta e terminar o que estava em sua cabeça e ele parecia querer o mesmo. Entre um beijo e outro, tentou chegar até a porta para fecha-la mas sentiu Stênio fincar os pés no chão.

one fine day | {steloisa}Onde histórias criam vida. Descubra agora