8. [conteúdo explícito]

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Sentamos no sofá de frente pra Hailey e Colson, tentando entender o que caralhos eles estavam falando.

— Não tem mais grão de areia... Como é, Colson?

— Tem mais grão de areia na terra do que planeta no céu, né?... Não! É, é, tem mais grão de areia na terra...

— Tem mais grão de areia na terra do que estrela no céu. — Ronnie interrompe.

— Tem mais grão de estrela na terra... — tento.

Colson me interrompe. — Não, não, não! Tem mais estrela no céu do que grão de areia na terra, gente!

— Grão de quê? — Ronnie pergunta.

— Areia! — diz Colson.

— Mais grão de areia no céu do que planeta na terra. — argumenta Ronnie.

— Não, tem mais estrela no céu do que grão de areia na terra.

— Pode ser, também. — diz Hailey, que não aguenta mais a discussão que ela mesma começou.

— O diálogo mais normal entre Aristóteles, Platão e Sócrates. — digo.

Papo vai, papo vem; uma garrafa de vinho foi e outra veio.

Hailey e Colson foram embora juntos quando percebemos que já eram duas da manhã.

— Puta merda, eu tenho jogo amanhã. — reclama Colson. — Acha que consegue me levar em casa?

— Vamos pra minha. Não é longe. E é óbvio que eu 'tô menos bêbada que você pra dirigir. — diz Hailey, que se levanta e tira as chaves do bolso. — Vem, você tem que descansar.

Nos despedimos, mas peço que Ronnie fique mais um pouco. Por mais que tenhamos bebido bastante, não me sinto bêbada; aliás, sinto que tomei umas doses de coragem.

— Você 'tá bêbado?

— Não. Bebi menos que vocês. E eu já sou calejado em questão a bebida.

Dou risada — Como assim?

— O álcool já não me faz tanto efeito quanto antes. — ele se senta no sofá e faz gesto pra eu sentar na sua coxa; obedeço. É difícil não obedecer sua autoconfiança. — Como foi seu dia?

Fico confusa quanto a pergunta repentina, mas respondo. — Foi... bom. A pesar de não ter feito o photoshoot, descansei um pouco e passei um tempo... — me desconcentro quando Ronnie começa a beijar meu pescoço enquanto pega na minha cintura com uma mão e minha coxa com a outra.

— Continua.

— Passei... um tempo com a Hailey e... caralho, Ronnie...

— E...? — ele aperta minha cintura com mais força e passa os dedos por baixo da minha saia na parte de dentro da minha coxa, perto da minha virilha.

— E eu... Ah, Ronnie, foda-se. — gemo e o beijo, montando em seu colo e ele me observa.

— Parece que você fica mais gostosa a cada vez que eu te olho. — diz ele ao parar o beijo.

Coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha e dou um selinho no tatuado. — Quer ir lá pra cima?

— Quero ir pra cima de você. — ele se levanta comigo no colo e me leva até meu quarto.

Ele tranca a porta e me joga em cima da cama, passando a mão pelo meu cabelo. — Fala de quem você é, amor. — ele me enforca de leve.

Fico em silêncio. Ele enforca mais forte.
— Sou sua, Ronnie. — gemo, sorrindo, e ele sorri também.

Ele me beija. Beija minha orelha, qual escuto sua respiração pesada, meu pescoço, qual ele continua com sua mão ao redor. — Vai precisar de ajuda? — pergunto.

Ele parece confuso com a pergunta, então saio de baixo dele — aliás, só quando me levanto percebo que estou sem saia e que minha blusa está acima dos meus peitos. — e abro minha gaveta onde tem cordas e algumas algemas. — Você prefere uma corda ou duas?

Ele pensa por um instante. — Duas.

Pego duas cordas e  jogo-as em cima da cama, Ronnie me pega no colo antes mesmo de eu me deitar. Ele me joga de bruços em cima da cama e amarra minhas mãos, ainda de pé. Me viro e encaixo minhas pernas em seu quadril enquanto ele tira a camisa; acredito que seja essa a visão do paraíso.

Ele esfrega seu membro na minha intimidade, ainda por cima da cueca e apoia o dedos no meu clítoris, que me faz gemer.

Ele bate na minha cara e eu respondo apenas com um sorriso. — Fica de quatro pra mim.

Fico de quatro e ele não demora muito a passar os dedos pela minha intimidade úmida. Ele segura a corda que amarra minhas mãos e pressiona seus dedos em mim.

— Porra, Ronnie. — praticamente grito. — Me fode logo. Por favor.

— Quero que os vizinhos saibam quem te come. — ele me dá um tapa e penetra seu pau em mim, devagar. Ele geme ao me penetrar e eu gemo seu nome involuntariamente. Ronnie puxa meu cabelo enquanto faz movimentos lentos dentro de mim. — Vem por cima. — ele manda.

Ronnie se senta na beira da cama e eu monto em cima dele, com meus pulsos atados ao redor de seu pescoço. A esse ponto, minha maquiagem já está borrada e lágrimas de dor/prazer (sinônimos);

— Scar... é melhor você parar com isso. Quero durar mais tempo.

— Porra, eu também.

Ele me pega no colo e me deita na cama; — Fica linda com a maquiagem borrada. — ele limpa uma lagrima do meu rosto, mas me dá um tapa em seguida. Ronnie passa os dedos pelo meu rosto e coloca o dedo na minha boca e eu o chupo. Logo depois, o moreno apoia minhas pernas em seus ombros, enquanto faz movimentos vai e vem lá em baixo.

Fecho os olhos, me concentrando para aguentar mais tempo.

— Olha pra mim, meu bem. Olha nos meus olhos. Quero que você veja quem é que te come desse jeito.

Os gemidos dele me deixam louca e percebo que não demorarei muito tempo.

— Eu... ai, Ronnie, eu não vou aguentar. — Sinto uma onde calor percorrer o meu corpo todo, que entra em sintonia com o dele.

— Scarlet, meu Deus. Eu te quero mais do que nunca, meu amor.

Nós dois chegamos ao fim. Cansados, acabados, desmontados; abatimento em sua melhor versão.

Ficamos tempos demais deitados, em silêncio, tentando nos recuperarmos. Mas não era um silêncio estranho ou constrangedor; era um silêncio extremamente — e estranhamente confortável. Quebro esse silencio perguntando se Ronnie queria uma camiseta para dormir, mas ele nega.

— Beleza. Eu vou tomar um banho. Quer vir junto?

— Claro que quero. Acha que vou perder alguma oportunidade de te ver pelada? — ele se levanta rapidamente. — Anda, 'vambora', porra. — Ele me ajuda a levantar enquanto da risada e me leva no colo até o chuveiro.

Ficamos um bom tempo no banho; a água realmente ajudou a recuperar um pouco da euforia.

Saímos do banho de toalha, e acredite se quiser: ele consegue ficar mais gostoso ainda com uma toalha amarrada na cintura e com o cabelo molhado.
Fica difícil não ter uma vida sexual ativa desse jeito.

Ele dormiu só de cueca e eu só com um camisetão largo, que geralmente uso quando estou passando por um episódio triste; a Hailey conhece essa camiseta como "A Camiseta Da Depressão", mas talvez seja hora de ressignifica-la. Dormi com Ronnie me fazendo o melhor cafuné que já recebi em vinte e poucos anos de vida.

𝗂𝗇𝖽𝗎𝗌𝗍𝗋𝗒; 𝕽𝗈𝗇𝗇𝗂𝖾 𝕽𝖺𝖽𝗄𝖾 Onde histórias criam vida. Descubra agora