- Você foi bem demais! CARALHO! Você é muito rock 'n roll! - Ryan exclama enquanto segura meus ombros.
- OBRIGADA! - Capto sua energia. - Agora é vocês de novo, não é?
- Sim, agora o show de verdade vai começar. - Jacky o encara - O... o nosso! Nosso show de verdade vai começar. - Dou uma risada diante sua ingenuidade.
- Vão lá, meninos. Quebrem tudo! - Falo enquanto sirvo shots de vodca em alguns copos de dose.
- Ah, depois o Ronnie vai fazer uma resenha na casa dele. Bora? - Pergunta Max, baixista que ainda não havia dirigido a palavra a mim.
- Claro! Só preciso do endereço. - Olho para Ronnie, que agora se levanta da cadeira de maquiagem com a maior cara de cu. Ele com certeza não queria que eu fosse, mas eu também com certeza não vou por causa dele.
Eles entram no palco e eu fico, novamente, assistindo do backstage – coisa que eu não faria normalmente. Se fosse só o Ronnie cantando, eu provavelmente só iria embora.
Durante o show, perdi as contas de quantos shots eu virei e de quantos copos de uísque eu bebi.
Em algum momento, Jacky, que estava mais perto da porta do backstage me puxa pelo braço até o palco e a plateia começa a gritar. Ele coloca a correia da guitarra ao redor do meu pescoço e eu começo um solo de guitarra aleatório, mas que na minha cabeça tinha ficado ótimo.
Ryan, que estava mais perto do Ronnie, faz sinal com as mãos para que eu me aproxime e assim eu faço; ele coloca o microfone na minha frente e eu canto uma parte de "the drug in me is you" com Ronnie, que parece estar prestes a quebrar o microfone na cabeça de alguém - mas isso é o normal.
"I got these questions always running through my head / So many things that I would like to understand / If we are born to die and we all die to live / Then what's the point of living life if it just contradicts?"
Volto pro backstage e espero os meninos lá mesmo. Não conseguia pensar direito, talvez por conta da adrenalina de fazer um solo de guitarra improvisado na frente de milhares de pessoas ou por conta da vodca.
Quando voltam para o show, repito o processo de dar um high-five em cada um e de revirar os olhos quando Ronnie me ignora.
- Ow, galera... - Falo meio tonta - Vocês acham que tem como eu ir com vocês? Vocês 'tão com van, né?
- Claro que pode. - Max parece querer rir da minha cara e Ronnie revira os olhos, mas eu estou zonza demais para me importar.
- Valeu, meninos... - Levanto uma garrafa de uísque como se estivesse propondo um brinde. - VIVA O ROCK 'N ROLL! - Por que eu disse isso?
Fico sentada esperando os meninos pegarem as coisas para irmos embora; eu pego meu celular e entrego a chave do meu carro para meu segurança.
- Pode levar o carro até minha casa amanhã?
- Claro.
Ok, uma preocupação a menos.Jacky coloca meu braço esquerdo ao redor de seu pescoço - 'Vambora.', diz ele.
Continuo segurando a garrafa vazia de uísque na minha mão direita, e só larguei quando cheguei na van. Max me ajudou a entrar na van depois de Ronnie, logo sentei entre Ronnie e Max e já estava quase pegando no sono. Ouvia umas conversas paralelas dos rapazes que não pareciam estar cansados.
- E você, Scarlet? Começou com o hábito de beber a pouco tempo, não foi? - Ouço a voz de Ryan atrás de mim e não consigo interpretar as palavras.
- Oi?
Chegando na mansão do Ronnie, eu só lembro que Jacky passou meu braço ao redor de seu pescoço novamente e de subir umas escadas. Mais nada.
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𝗂𝗇𝖽𝗎𝗌𝗍𝗋𝗒; 𝕽𝗈𝗇𝗇𝗂𝖾 𝕽𝖺𝖽𝗄𝖾
Hayran KurguOnde Scarlet Beckett precisa de uma banda para abrir seu primeiro show de festival. ou Onde Ronnie Radke se sente desafiado por perder os holofotes para uma nova figura na industria - e não fica feliz quando é obrigado a abrir seu show.