🍶segundo

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PAPAI POR EMPRÉSTIMO
capítulo dois: pera, nós vamos...?
...

Hoseok

Depois da conversa com Yoongi eu preferi voltar para casa, estava um pouco confuso e queria receber conselho de alguém, porém se eu ligasse para o meu pai ele iria me mandar criar vergonha na cara e engravidar logo o ômega; meu pai é desses alfas das antigas que vivem presos no passado. Se eu ligasse para minha mãe ela ia jogar na minha cara que eu não deveria sair de casa para caçar sarna em Seul, na verdade eu não vim caçar sarna, eu só vim junto com a companhia de dança que eu encontrei e acabei me encantando, sou muito feliz com a vida leve que eu vivo. Mas voltando... Se meus pais estavam fora de cogitação, minha irmã mais velha também estava, já que ela acabou de ser promovida no trabalho e está até o talo de coisas para fazer. Então a única solução viável era eu falar com Taehyung. Ele é dois anos mais novo que eu e acreditem, mesmo sendo um crianção ele já tem um filho. Seokjin tem três anos e é um bebê bastante calminho, o que não é muito normal visto que Jeongguk parece ligado nos 120 e Taehyung nos 220.

Eu não sabia como chegar ao casal e falar “ah o Yoongi disse que quer ter um filho comigo” eles iriam pirar e ir correndo lá na casa do baixinho interrogá-lo. Parei o carro duas quadras antes da casa dos Kim e fiquei ouvindo Its Now Or Never tocar na rádio com a cabeça encostada no volante e a mente no Yoongi. Eu o conheço a cerca de seis ou sete anos, ele sempre deixou bem claro que seu sonho era ter um filho, mas também deixou bem claro que nunca teve vontade alguma de se relacionar com um alfa, Yoongi até teve um caso com um beta, mas não durou mais que quatro meses, segundo o Min, Youngjae era grudento demais. Meu amigo não pode mesmo deixar seu sonho passar sem ao menos tentar, e eu quero muito ajudar; mas eu não sei que tipo de relacionamento nós vamos ter depois que o filhote nascer. Meu medo era apenas Yoongi se afastar com medo de que eu tire o filhote de si – isso realmente costuma acontecer bastante – eu tenho medo de que ele pense assim de mim. Claro que eu vou querer ter contato com o filhote, vai ser meu filho também e eu não quero de forma alguma ficar longe dele, dela. Como alfa eu sei que meus instintos de proteção irão ficar bastante fortes em relação ao Min e o bebê, e isso é mais uma coisa que eu não quero que ele entenda errado.

Suspirei e voltei a dirigir, dessa vez ao maravilhoso som de Wonderful. Parei o carro na frente da casa dos Kim, as luzes estavam todas acesas e eu conseguia sentir o cheiro de espaguete que eles deveriam ter feito. Tranquei o carro e acionei o alarme meio em slow motion, eu não queria muito ter essa conversa com os mais novos, mas eu precisava de uma opinião que não seja minha. Com o rabo entre as pernas e a maior cara de coitado do mundo eu toquei a campainha duas vezes e dei três toques na porta, eles sabem que sou eu porque eu sou a única pessoa com espírito de criança suficiente para fazer essas coisas. A porta abriu e eu arregalei meus olhos com a visão de um Taehyung todo sujo de molho vermelho.

– Hoseok! Finalmente deu as caras aqui, achei que teria que mandar mais noventa mensagens para vir. – Ele forçou um sorriso maníaco, mas quando notou que eu não mudei minha expressão voltou a ficar sério. – Aconteceu alguma coisa?

– Sim... Posso entrar? – Ele murmurou que sim e me deu passagem, assim que entrei vi Jeongguk sofrendo para vestir uma blusa em Seokjin, o garotinho não parecia muito feliz com aquela blusa horrorosa de lã. – Oi Jeon.

– Oi, e aí? Essa cara de... O que é essa cara abatida?

– Vai colocá-lo para dormir? Eu falo depois. – Ele assentiu e Taehyung disse que voltaria a fazer o jantar dos adultos. Seokjin havia comido sua papinha de abóbora com arroz e linhaça. Nojinho. Coitado do meu afilhado. Sentei no sofá e peguei meu celular para passar o tempo enquanto o casal de betas estava ocupado.

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