🍶 décimo terceiro

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Papai por empréstimo
Capítulo treze: um olá lupino

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Jimin odiava hospitais, sempre que precisava ir em um deles era em uma situação no mínimo traumatizante, como a vez que precisou remover o apêndice ou quando teve uma crise de gastrite tão forte que todos pensaram que ele tinha uma úlcera estomacal muito perigosa.

Esta também é uma vez traumatizante no hospital. A marca de Namjoon em seu pescoço indicava uma vida que ele não queria ter, e ele sabia que o alfa ainda desejava outros ômegas mesmo que não os tocasse para que ele não seja afetado.

Aquilo era ainda pior. Jimin conseguiria lidar com um total traição, mas lidar com aquela falsa consideração de Namjoon era muito pior. O jeito que seu pescoço inteiro queimava quando o desejo do lupus aumentava, e então a dor excruciante começava porque Jimin se recusava a chegar perto dele quando sabia que o desejo de Namjoon era pelo novo assistente dele, um ômega fofinho de olhos grandes e cheiro de damasco. Aquele era um cheiro mais interessante que o seu de cereja.

— Você está chorando de novo, hyung. — Jeongguk disse segurando o rosto de Jimin com as duas mãos para secar as lágrimas insistentes dele. O beta estava bastante preocupado com a situação do amigo, quando Hoseok contou o que havia acontecido, Taehyung se encheu de ódio, mas no fim não fez nada, porque eles não deveriam se meter, além do mais, Hoseok já havia dado o soco que Namjoon merecia. — Você quer que eu busque um pouco de água para você?

— Não precisa. Eu não quero te preocupar nem nada, o choro é algo comum desde que ele me marcou. Eu rejeitei a marca mas ele é lupus, então ela não rompe, isso deixa meu corpo sensível e minhas emoções muito à flor da pele. — Jimin suspirou, encarando seus pés, ele estava usando seus sapatos verdes favoritos, combinavam com seu cardigã de crochê que foi presente de uma das mães de seus alunos. — Os médicos disseram que eu poderia consultar um psiquiatra para tomar reguladores de humor, mas eu não quero depender de remédios para conseguir segurar minhas emoções mais fortes.

— Talvez você devesse pensar na possibilidade, mas só se ficar realmente muito ruim. — Jeongguk disse com um sorriso ameno, tentando mostrar para o ômega que não tinha problema algum se ele precisasse daquilo em um futuro próximo ou distante.

— Park Jimin? — O médico chamou na porta do consultório e ele se levantou, seguindo até lá com Jeongguk servindo como sua sombra. — Boa tarde, Jimin, como está se sentindo hoje?

— Muito mais sensível. Acho que está piorando, eu chorei porque meu amigo disse que tinha um compromisso e não poderia vir aqui comigo. — O ômega confessou envergonhado — Eu não consigo controlar as ondas de pensamentos e sentimentos quando são ruins e mais fortes. Não consigo me tirar do ciclo.

— Eu vou fazer um teste para medir a circulação na área, se tiver espaço suficiente, eu posso fazer uma microcirurgia paliativa para amenizar os efeitos da marca, mas vai voltar a abrir em poucos dias e você precisa se resolver com ele, vocês estão marcados para sempre, ele é um lupus. — O ômega usando um jaleco e óculos com uma armação única disse. — Você tem um e-mail ou número que eu possa falar com ele? Acredito que ele também esteja tendo problemas por causa da marca, mas ele está escondendo um pouco melhor que você. Vou entrar em contato com ele e tentar convencê-lo a vir, depois nós três e a psicóloga do hospital podemos pensar juntos em uma forte de amenizar a marca.

— Doutor Hirawa, me desculpe por isso, mas eu não acho que seja bom você falar com ele. Namjoon é um completo galinha e é capaz de que ele queira dobrá-lo nessa mesa invés de se tratar.

— Jimin! — Jeongguk disse chocado com as palavras que saíram da boca do ômega, mas o mais impressionante era quão azuis seus olhos estavam. Ele parecia com raiva, ou com ciúme por Asai ter mencionado falar com o alfa.

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⏰ Última atualização: 4 hours ago ⏰

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