Mumu gastou toda a sua coragem em uma só frase

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[ALERTA DE GATILHO: BREVE MENSÃO A PROBLEMAS COM O PRÓPRIO CORPO E BAIXA AUTOESTIMA!]

     A cena de Feng Xin no colo de Mu Qing, principalmente sendo ele a dar comida na boca do segundo mencionado, devia ser interessante de assistir. No entanto, foi tão ... confortável. Não soou nenhum dos alarmes internos do platinado. Até ajudou-o a permanecer dentro de si, presente no momento, da mesma forma que abraços apertados o fazem.

     Ele não queria que aquela semana acabasse.

     Certo, é mentira. Ele queria a sua mãe, e o colo dela. Queria ela ali consigo, fazendo piada e conversando e lhe dando carinho e sendo cuidada por si. Mu Li merecia ser mimada naquele hotel de todas as formas possíveis.

— Quer mais alguma coisa, Coisinha Linda?

     Piscou repetidas vezes.

Hmmm ... não?

— Certo. — inclinou-se para o lado, apoiando-se sobre o peito alheio e passando um braço pelo ombro enquanto sorria ladino — Qual a sensação de ter o seu namorado gostoso nos seus braços?

— De que ele fica ainda mais gostoso quando ele não fala merda. — revirou os olhos com força — Ou quando não age como um merdinha.

— Poxa. Quanta delicadeza.

     A obsidiana encontrou o mel. A intensidade fez o outro arrepiar-se em seus braços.

— Você parece gostar dessa delicadeza, A-Xin.

     O sorrisinho debochado que recebeu fez seu coração dar um "tchubirau-daum-daum" dos grandes.

— Você parece gostar de agir delicado assim comigo, .

     Retribuiu o sorriso de forma bem lenta. Beliscou a pele da cintura alheia, forte o suficiente apenas para encher o saco dele. Ganhou um suspiro curto e surpreso pela ação.

— Só porque você deixa, A-Xin. Foi por isso que quis sentar no meu colo?

     Nem o próprio platinado acreditou que teve coragem de falar aquilo.

     Antes que pudesse empurrar Feng Xin e enterrar a si mesmo na areia, Hua Cheng os interrompeu:

— Esta é uma praia de família. Deixem essa sua sem-vergonhice p'ra cama.

     E, agora, Xie Lian e Feng Hui olharam diretamente para o casal mais recente. Mu Qing, que sentiu-se entrar em combustão espontânea, escondeu o rosto no ombro do namorado.

— Sang Lan, deixa eles. — pediu, fazendo cafuné no maior e vendo-o derreter com o carinho — Eles nem se beijam na boca. O que ia ter de indecência?

     A parte sobre o beijo nada fez para ajudar o platinado. Engoliu um grito frustrado, e Feng Xin passou os braços por seus ombros com o intuito de ajudá-lo a esconder o rosto e se acalmar.

— Então o meu menino decidiu ter um namoro de corte? — Feng Hui pareceu bem surpresa, mas encantada.

— Não, Mãe. É bem mais complicado do que isso.

— Homofobia?

— O crápula do pai dele.

     O silêncio penetrou em todos como milhares de agulhas grossas. Depois de segundos que mais pareceram anos, tentaram mudar de assunto:

— Ainda 'tá cedo p'ra ir p'ra piscina. — Xie Lian estava bem entretido fazendo trancinhas no cabelo do namorado — Querem voltar pro mar?

— Vocês acabaram de comer, e não foi pouco. Não é legal fazer esforço físico logo depois de se empanturrar.

Finge Que (NÃO) QuerOnde histórias criam vida. Descubra agora